terça-feira, 19 de março de 2013

NOTÍCIA: UNAIDS - NOVO SITE SOBRE AIDS


ONU lança site para divulgar pesquisas sobre o combate à Aids
(Portal Brasil: Fundação Palmares - 28/02/2013)  

A plataforma também conta com espaços interativos para debates e discussões, além do acesso as novidades dos jornais científicos internacionais.

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) lançou um novo site que reúne pesquisas e artigos sobre o combate à Aids. O “HIV this week” tem o objetivo de registrar e arquivar a grande quantidade de informações mundialmente relevantes, produzidas sobre o HIV.

Após analises dos estudos referentes sobre o tema, a Organização resolveu publicar as pesquisas. Em 2012, foram mais de 14 mil artigos científicos publicados. A ideia é centralizar os conteúdos de todo o mundo a fim de promover avanços nas pesquisas. A plataforma também conta com espaços interativos para debates e discussões, além do acesso as novidades dos jornais científicos internacionais.

A cada mês, cada um dos artigos serão analisados e os 20 que se mostrarem mais interessantes serão compilados no mensal ‘HIV this month’. Em um segundo momento, editores convidados esclarecerão os conteúdos mais comentados, mostrando sua perspectiva sobre a razão do estudo ou descoberta ser importante e onde ele se encaixa no contexto das pesquisas a respeito do vírus.

Cenário mundial

A preocupação da Organização das Nações Unidas (ONU) em relação à Aids está nos elevados índices de contaminação. Em relatório de 2012, o Unaids indicou que 34,2 milhões de pessoas vivem com HIV no mundo: 30,7 milhões de adultos, 16,7 milhões de mulheres e 3,4 milhões de menores de 15 anos. A África Subsaariana registra o maior número de pessoas infectadas, com 23,5 milhões.

Na Ásia Meridional e Sul-oriental com 4,2 milhões têm a doença, Oceania apresenta a menor estimativa com 53 mil infectados. Já na América Latina, 1,4 milhão estão contaminadas. O documento destaca ainda que, em 2011, 2,5 milhões de novas infecções foram identificadas no mundo, sendo 2,2 milhões em adultos e 330 mil em menores de 15 anos, moradores das áreas mais vulneráveis do planeta.

Modelo brasileiro

A fim de reverter o cenário que mostra os dados dos infectados no Brasil, o País se dedicou a adotar medidas e a garantir avanços científicos para tratar a questão, se tornando pioneiro entre os países em desenvolvimento na luta no combate à Aids.

Como política pública, o País adotou a oferta da terapia antirretroviral no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) servindo de referência para os demais países. Um esforço para expandir ainda mais as ações nos países e apoiar a responsabilidade mútua, foi feito pela União Africana que lançou o “Mapa para Responsabilidade Compartilhada e Solidariedade Global para Aids, Tuberculose e Malária” na África, antes da XIX Conferência Internacional sobre Aids, em Washington DC.

O mapa aponta o caminho para um financiamento mais diversificado, equilibrado e sustentável para responder à meta estabelecida pela ONU nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até 2015.

O Brasil que já fabricava o coquetel anti-HIV para atender a sua população decidiu exportar a tecnologia e hoje produz os medicamentos também em Moçambique, na África, uma das nações com as mais altas taxas de presença do vírus HIV no mundo. Lá, a cada três habitantes uma pessoa é infectada, ou mais de 30% da população.

A iniciativa foi concretizada em 2012 pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos), que pertence à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e está vinculado ao Ministério da Saúde. A proposta é tratar a doença em infectados de Moçambique e ampliar o tratamento à região de modo a atender, até 2015, a toda África Subsaariana. Parte do investimento de R$ 200 milhões foi feito pelo governo brasileiro com a colaboração de empresas do setor privado, como a Vale.

O maior acesso ao tratamento antirretroviral vem ajudando a reduzir novas infecções por HIV. Os efeitos positivos do tratamento, ao suprimir a carga viral em pessoas vivendo com HIV, estão ajudando a interromper a transmissão do vírus. Porém, as mulheres entre 15 e 24 anos continuam sendo o grupo mais vulnerável à contaminação.

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