Saúde da pessoa com
deficiência
(Portal Brasil)
Inclusão
Estima-se que 14,5% dos
brasileiros tenham alguma deficiência física ou mental. Para que consigam viver
com autonomia, como o restante da população, é preciso derrubar um conjunto de
barreiras.
Barreiras físicas, como
degraus, desníveis nas ruas, portas estreitas demais para cadeiras de rodas,
elevadores sem controles em Braille, ônibus e trens sem espaço reservado e
meios de comunicação impróprios. Barreiras sistêmicas, como escolas despreparadas
para receber e ensinar quem não enxerga, não ouve ou não anda. E barreiras
culturais, vindas da atitude de cada um, como o preconceito, os estigmas e
estereótipos sobre quem é “diferente”.
Infelizmente, faz poucos
anos que as políticas públicas de acessibilidade começaram a incluir as
necessidades das pessoas com deficiência no planejamento. Órgãos como o Conade
e a Subsecretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD),
antiga Corde, são responsáveis por elas em nível nacional.
As novas políticas de
inclusão vêm para promover mudanças integradas. Estão na pauta ações de
prevenção e eliminação de toda forma de discriminação, exploração, violência e
abuso contra a pessoa com deficiência, além de incentivos ao respeito pela
autonomia e a equiparação de oportunidades.
Por exemplo, na cidade de
São Paulo, a legislação prevê rampas e elevadores nos novos prédios e
acomodação para cadeirantes em estádios de futebol e ginásios esportivos. O
Selo de Acessibilidade é concedido a quem constrói espaços e transportes
acessíveis. Na maior cidade do país, há ainda o ATENDE, serviço especial de
transporte gratuito para esse público. A legislação federal também prevê o
direito ao transporte público coletivo e o voto em urna eletrônica
acessível.
Mesmo com a política
nacional de cotas, que obriga empresas com pelo menos 100 funcionários a
preencher 2% a 5% de seu quadro com deficientes, a maioria permanece fora do
mercado de trabalho.
Na opinião de Steven Dubner,
ativista nessa área há mais de 30 anos e cofundador da Associação Desportiva
para Deficientes (ADD), a educação tem o potencial de incluir todas as pessoas
no mercado de trabalho, de modo igualitário. “Se você dá educação, nivela por
cima”, diz Dubner.
Ele conta que, quando
começou a trabalhar com inclusão, as empresas se surpreendiam com a animação
dos primeiros funcionários com deficiência que contratavam, preparados pela
ADD. “Três meses depois elas me ligavam, dizendo: ‘me manda mais dez’. Eles são
muito motivados quando têm oportunidade”.
Fontes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário