Crédito
de carbono
(Por Brasil.gov)
A partir dos anos 2000,
entrou em cena um mercado voltado para a criação de projetos de redução da
emissão dos gases que aceleram o processo de aquecimento do planeta. Projetos
de reflorestamento relacionado aos créditos de carbono já foram aprovados no
Brasil.
Trata-se do mercado de
créditos de carbono, que surgiu a partir do Protocolo de Quioto, acordo
internacional que estabeleceu que os países desenvolvidos deveriam reduzir,
entre 2008 e 2012, suas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) 5,2% em média,
em relação aos níveis medidos em 1990.
O Protocolo de Quioto criou
o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que prevê a redução certificada das
emissões. Uma vez conquistada essa certificação, quem promove a redução da
emissão de gases poluentes tem direito a créditos de carbono e pode
comercializá-los com os países que têm metas a cumprir.
“O ecossistema não tem
fronteira. Do ponto de vista ambiental, o que importa é que haja uma redução de
emissões global”, ressalta o consultor de sustentabilidade e energia renovável,
Antonio Carlos Porto Araújo.
Durante a última Conferência do Clima (COP
17), realizada em 2011, na África do Sul, as metas de Quioto foram
atualizadas e ampliadas para cortes de 25% a 40% nas emissões, em 2020, sobre
os níveis de 1990 para os países desenvolvidos.
“Isso pode significar um
fomento nas atividades de crédito de carbono que andavam pouco atraentes”,
disse Araújo, autor do livro “Como comercializar créditos de carbono”.
O Brasil ocupa a terceira
posição mundial entre os países que participam desse mercado, com cerca de 5%
do total mundial e 268 projetos. A expectativa inicial era absorver 20%.
“Nós temos histórico nesse
mercado. Somos um dos países destaque no MDL em qualidade e em números de
projetos”, afirma a diretora do Departamento de Mudanças Climáticas do
Ministério do Meio Ambiente, Karen Suassuna.
Ainda segundo ela, o
mecanismo incentivou a criação de novas tecnologias para a redução das emissões
de gases poluentes no Brasil.
Cálculo
A redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) é medida em toneladas de dióxido de carbono equivalente – t CO2e (equivalente). Cada tonelada de CO2e reduzida ou removida da atmosfera corresponde a uma unidade emitida pelo Conselho Executivo do MDL, denominada de Redução Certificada de Emissão (RCE).
A redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) é medida em toneladas de dióxido de carbono equivalente – t CO2e (equivalente). Cada tonelada de CO2e reduzida ou removida da atmosfera corresponde a uma unidade emitida pelo Conselho Executivo do MDL, denominada de Redução Certificada de Emissão (RCE).
Cada tonelada de CO2e
equivale a 1 crédito de carbono. A idéia do MDL é que cada tonelada de CO2 e
não emitida ou retirada da atmosfera por um país em desenvolvimento possa ser
negociada no mercado mundial por meio de Certificados de Emissões Reduzidas
(CER).
As nações que não
conseguirem (ou não desejarem) reduzir suas emissões poderão comprar os CER em
países em desenvolvimento e usá-los para cumprir suas obrigações.
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