ONU
lança site para divulgar pesquisas sobre o combate à Aids
(Portal Brasil: Fundação
Palmares - 28/02/2013)
A plataforma também conta
com espaços interativos para debates e discussões, além do acesso as novidades
dos jornais científicos internacionais.
O Programa Conjunto das
Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) lançou um novo site que reúne pesquisas e
artigos sobre o combate à Aids. O “HIV this week” tem o objetivo de registrar e
arquivar a grande quantidade de informações mundialmente relevantes, produzidas
sobre o HIV.
Após analises dos estudos
referentes sobre o tema, a Organização resolveu publicar as pesquisas. Em 2012,
foram mais de 14 mil artigos científicos publicados. A ideia é centralizar os
conteúdos de todo o mundo a fim de promover avanços nas pesquisas. A plataforma
também conta com espaços interativos para debates e discussões, além do acesso
as novidades dos jornais científicos internacionais.
A cada mês, cada um dos
artigos serão analisados e os 20 que se mostrarem mais interessantes serão
compilados no mensal ‘HIV this month’. Em um segundo momento, editores
convidados esclarecerão os conteúdos mais comentados, mostrando sua perspectiva
sobre a razão do estudo ou descoberta ser importante e onde ele se encaixa no
contexto das pesquisas a respeito do vírus.
Cenário mundial
A preocupação da Organização
das Nações Unidas (ONU) em relação à Aids está nos elevados índices de
contaminação. Em relatório de 2012, o Unaids indicou que 34,2 milhões de
pessoas vivem com HIV no mundo: 30,7 milhões de adultos, 16,7 milhões de
mulheres e 3,4 milhões de menores de 15 anos. A África Subsaariana registra o
maior número de pessoas infectadas, com 23,5 milhões.
Na Ásia Meridional e
Sul-oriental com 4,2 milhões têm a doença, Oceania apresenta a menor estimativa
com 53 mil infectados. Já na América Latina, 1,4 milhão estão contaminadas. O
documento destaca ainda que, em 2011, 2,5 milhões de novas infecções foram
identificadas no mundo, sendo 2,2 milhões em adultos e 330 mil em menores de 15
anos, moradores das áreas mais vulneráveis do planeta.
Modelo brasileiro
A fim de reverter o cenário
que mostra os dados dos infectados no Brasil, o País se dedicou a adotar
medidas e a garantir avanços científicos para tratar a questão, se tornando
pioneiro entre os países em desenvolvimento na luta no combate à Aids.
Como política pública, o
País adotou a oferta da terapia antirretroviral no âmbito do Sistema Único de
Saúde (SUS) servindo de referência para os demais países. Um esforço para
expandir ainda mais as ações nos países e apoiar a responsabilidade mútua, foi
feito pela União Africana que lançou o “Mapa para Responsabilidade
Compartilhada e Solidariedade Global para Aids, Tuberculose e Malária” na
África, antes da XIX Conferência Internacional sobre Aids, em Washington DC.
O mapa aponta o caminho para
um financiamento mais diversificado, equilibrado e sustentável para responder à
meta estabelecida pela ONU nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio até
2015.
O Brasil que já fabricava o
coquetel anti-HIV para atender a sua população decidiu exportar a tecnologia e
hoje produz os medicamentos também em Moçambique, na África, uma das nações com
as mais altas taxas de presença do vírus HIV no mundo. Lá, a cada três
habitantes uma pessoa é infectada, ou mais de 30% da população.
A iniciativa foi
concretizada em 2012 pelo Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos),
que pertence à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e está vinculado ao Ministério
da Saúde. A proposta é tratar a doença em infectados de Moçambique e ampliar o
tratamento à região de modo a atender, até 2015, a toda África Subsaariana.
Parte do investimento de R$ 200 milhões foi feito pelo governo brasileiro com a
colaboração de empresas do setor privado, como a Vale.
O maior acesso ao tratamento
antirretroviral vem ajudando a reduzir novas infecções por HIV. Os efeitos
positivos do tratamento, ao suprimir a carga viral em pessoas vivendo com HIV,
estão ajudando a interromper a transmissão do vírus. Porém, as mulheres entre
15 e 24 anos continuam sendo o grupo mais vulnerável à contaminação.