quarta-feira, 29 de junho de 2011

NOTÍCIA: SURTO DE SARAMPO E BACTÉRIA LETAL NA EUROPA

ALERTA AOS VIAJANTES: Surto de sarampo e de bactéria letal na Europa preocupam; saída é a prevenção

O GLOBO, 12/06/2011. p.43

O passaporte é o documento indispensável para quem pretende viajar ao exterior. Porém, se o destino for a Europa, a caderneta de vacinação em dia e a adoção de algumas medidas de prevenção de infecção são o melhor salvo-conduto. Com epidemia de sarampo e surto de bactéria letal, transitar no Velho Continente sem proteção é, hoje, uma aventura arriscada. São mais de 6,5 mil casos de sarampo em 33 países, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o que caracteriza epidemia. E a bactéria que provoca diarreia severa e problemas renais já se alastrou por 13 países, matando 31 pessoas.

O país mais atingido pelo sarampo é a França, com 5 mil casos da doença e seis mortes. A Espanha, que registrara apenas dois casos em 2004, soma pelo menos 1.300 este ano. Diante desse quadro, o Ministério da Saúde reforçou que os brasileiros que pretendam viajar para fora devem estar vacinados contra o sarampo (a tríplice viral inclui ainda rubéola e caxumba).

A orientação vale também se o destino for Estados Unidos e outras nações das Américas, devido à grande circulação de turistas europeus nessas áreas. Para se proteger da forma rara e letal da bactéria Escherichia coli, cujo foco é a Alemanha, onde foram registradas 30 das mortes, a recomendação das autoridades sanitárias nacionais é redobrar os cuidados com a higiene pessoal e evitar a ingestão de alimentos crus.



O Brasil não registrou nenhum caso da bactéria letal. Este ano, o país teve apenas 11 casos de sarampo, todos eles importados, segundo o ministério.

- O sarampo é grave, de notificação obrigatória no mundo - alerta Flávia Bravo, coordenadora do Centro Brasileiro de Medicina do Viajante. - O problema é que muita gente não se lembra se tomou a vacina ou teve a doença, especialmente adultos. Se for viajar e não tiver certeza, é melhor se vacinar.

Flávia lembra que há outras viroses na infância com sinais na pele que se confundem com o sarampo.

Boa higiene protege contra bactéria

Quem já estiver lá fora e suspeitar que tem sarampo deve procurar um médico antes de retornar. O mesmo vale para a bactéria.

O Ministério da Saúde oferece a vacina tríplice para pessoas de até 39 anos. Isto porque, acredita-se, acima desta faixa etária é pouco provável que o indivíduo jamais tenha contraído sarampo.

- O ideal é tomar a vacina até dez dias antes de embarcar (prazo mínimo para produzir imunidade). Mas mesmo para quem já perdeu esse prazo, recomendo a vacina. Não necessariamente o viajante vai chegar e entrar em contato imediato com um infectado. E, mesmo quem tiver a doença, pode apresentá-la de forma mais branda - diz o diretor de Vigilância Epidemiológica do Ministério da Saúde, Claudio Maierovitch.

Ele reforça que não se deve tratar sarampo como simples virose. Além de ser de fácil transmissão, pode evoluir para meningite e pneumonia:

- Quem voltou do exterior e está com sintomas de febre, mal-estar, manchas e conjuntivite deve ligar para seu médico.

Antes da inclusão da vacina nos programas de imunização, ocorriam surtos de sarampo a cada três a seis anos no Brasil. A última grande epidemia aconteceu em 1997, com mais de 53 mil casos e 61 óbitos, 60% menores de 5 anos. Na Europa há quem atribua o atual surto aos grupos que se denominam "movimento antivacina". Segundo o Centro Europeu para a Prevenção e o Controle de Doenças, são pessoas que acreditam que doenças transmissíveis na infância reforçam as defesas, ou apenas não tomam as vacinas como gesto de militância contra a indústria farmacêutica.

- Este movimento está atrasando a eliminação de doenças como o sarampo - disse José Bayas, presidente da Sociedade Espanhola de Imunização, em entrevista ao "El País".

Com relação à bactéria letal, os atuais suspeitos são os brotos vegetais. A dica é lavar as mãos antes das refeições, depois de usar banheiro, de ter contato com animais e ao preparar e tocar os alimentos. Também se deve evitar comer em ruas e feiras. O ideal é usar água potável e cozinhar os alimentos acima de 70 graus.


Prevenir é o melhor remédio!!!

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