quarta-feira, 22 de junho de 2011

NOTÍCIA: MECANISMO MOLECULAR QUE REGULA A CAPACIDADE INVASIVA DE UM TUMOR

Descoberto mecanismo que aumenta capacidade invasiva do câncer
A Gazeta (ES), 21-06-2011

A descoberta foi feita pela equipe dirigida pelo Instituto de Biomedicina e Biotecnologia da Cantábria (IBBTEC), com a colaboração do Instituto de Pesquisa do Câncer de LondresAgência EFE

Cientistas espanhóis e britânicos descobriram um mecanismo molecular que favorece o deslocamento das células cancerígenas e, com ele, a capacidade invasiva e de metástases do câncer, informou nesta segunda-feira a Universidade da Cantábria (UC), no norte da Espanha.

A descoberta, publicada na revista "Nature Cell Biology", foi feita pela equipe dirigida pelo Piero Crespo no Instituto de Biomedicina e Biotecnologia da Cantábria (IBBTEC), com a colaboração do Instituto de Pesquisa do Câncer de Londres.

O trabalho demonstra que o movimento das células cancerígenas é regulado pela proteína RasGRF, cuja ausência provoca aumento da capacidade invasiva das células.

Em seu comunicado, a UC explica que, quando os níveis dessa proteína caem, o movimento das células cancerígenas passa de alongados para amebóides, o que a torna mais rápida e mais eficaz na hora de ultrapassar obstáculos, como macromoléculas, e outros pequenos espaços que podem surgir no espaço extracelular.

A UC lembra que existem trabalhos comprovando que os cânceres com maior número de células com deslocamento amebóides são mais agressivos e que indicam que a proteína RasGRF está ausente nos tumores mais virulentos.

A equipe de Piero Crespo identificou agora que é essa mesma proteína a que modula a mudança de movimento das células cancerígenas, já que, quando seu nível é alto, se inibem as funções da enzima Cdc42 e as células mantêm movimento alongado.

Por outro lado, quando a RasGRF não está presente, a enzima Cdc42 fica hiperativa e muda o tipo de movimento das células.

Esta pesquisa revelou "o mecanismo molecular que regula a capacidade invasiva de um tumor tão agressivo e difícil de tratar como o melanoma e, graças a isso, no futuro se saberá onde apontar a busca de novos medicamentos moleculares para tratar este tipo de tumores".

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