Para empresário, coordenador da Nossa São Paulo, Cúpula
dos Povos representa contraponto à inanição dos governos e constrangerá quem
não discutir alternativas sustentáveis
Por: Virgínea Toledo – Rede Brasil Atual. Publicado em
31/05/2012
Para o coordenador da Nossa São Paulo, sociedade civil
vai constranger quem não acredita em outro modelo de desenvolvimento (Foto: Roosewelt
Pinheiro/ABr)
São Paulo – Governos e sociedade civil oferecem
diferentes perspectivas para um balanço da Rio+20, acredita o coordenador da
Rede Nossa São Paulo, o empresário Oded Grajew. Para ele, otimismo e pessimismo
têm a ver com a perspectiva com que os grupos de participantes se voltam para a
conferência. Para Grajew, o evento deve ser visto não como etapa de chegada,
mas, ponto de partida para se buscar avanços.
"Na questão dos governos, é necessário um consenso
geral, uma unanimidade. Enquanto a Cúpula dos Povos vai mobilizar uma coisa
muito positiva, com diferentes pontos de vista. E isso pode criar um
constrangimento para quem não faz nada ou diz que é impossível fazer",
ressaltou. O empresário, um dos fundadores do Fórum Social Mundial, participou
hoje (31) de debate online promovido pela Empresa Brasileira de Comunicação
(EBC) sobre a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável,
a Rio+20.
Na visão de Grajew, a expectativa em relação aos governos
é baixa por conta da dificuldade de encontrar um acordo global, porque países
com características diferentes chegariam, no máximo, a um denominador comum
"medíocre". Em contrapartida, o papel da sociedade civil na Cúpula
dos Povos significa uma mobilização de entidades e empresas que pode dar maior
visibilidade a diferentes referências e exemplos.
Segundo ele, isso faz com que se crie um constrangimento
a quem não faz nada ou quem diz que é impossível de se fazer. "Será uma
cúpula bastante crítica dos modelos atuais. Será um lugar onde haverá não
apenas uma proposta, mas muitas. Para que ninguém possa dizer que não há
modelos e mudanças para um novo desenvolvimento", ressaltou.
A Cúpula dos Povos, evento organizado pela sociedade
civil, ocorrerá paralelamente à Rio+20 e às negociações oficiais coordenadas
pela ONU. A cúpula baseia-se nas denúncias estruturais da crise, na tentativa
de estimular organizações e movimentos sociais a articular processos na luta
contra o atual modelos de desenvolvimento.
SAIBA MAIS (CÚPULA DOS POVOS): http://cupuladospovos.org.br/
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