Por: Douglas Corrêa, da Agência Brasil, 03/06/2012.
Rio de Janeiro – Depois de 34 anos de funcionamento, o
Aterro Sanitário de Gramacho, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi
fechado hoje (3) e no local será construída uma usina de Biogás. Ela vai ajudar
no desenvolvimento sustentável da região, que passará a usar o biogás produzido
a partir do lixo em vez do gás natural. O fechamento, em clima de festa, teve
as presenças da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, do prefeito do
Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e de centenas de catadores que durante décadas
trabalharam na coleta do lixo no aterro.
A ministra disse que o fechamento do aterro sanitário é
mais um passo importante para acabar, até 2014, com todos os lixões, conforme a
Política Nacional de Resíduos Sólidos. “Nós estamos trabalhando duro para isso.
Agora, lembro que a responsabilidade é dos prefeitos. É um desafio imenso.
Vocês devem ter observado que a Marcha dos Prefeitos este ano, em Brasília,
trouxe os resíduos sólidos como tema central das prefeituras. Eu acho que
durante o debate das eleições esse tema virá para a mesa (de negociação), e nós
temos de buscar o compromisso de erradicarmos e solucionarmos a questão do lixo
em relação àquilo que a lei estabelece”, disse.
Eduardo Paes declarou que a prefeitura do Rio, ao fechar
o Aterro Sanitário de Gramacho, encerrou hoje o crime ambiental que cometia
contra a Baía de Guanabara e contra o município de Duque de Caxias. “A
prefeitura do Rio vem sendo criminosa há 30 anos depositando os resíduos
sólidos da cidade em outro município e às margens da Baía de Guanabara. Para
nós é uma vitória muito importante deixar de cometer esse crime ambiental na
cidade”, destacou.
O secretário do Ambiente, Carlos Minc, também presente ao
evento, informou que até o fim do ano a secretaria deverá fechar todos os
lixões existentes no entorno da Baía de Guanabara. O secretário disse que já
foram fechados os lixões de Itaoca, em São Gonçalo; o do bairro Babi, em
Belford Roxo; além dos de Miguel Pereira e Tanguá. Segundo Minc, agora é a vez
de fechar o lixão de Guapimirim. “Até o final do ano acabam todos os lixões que
jogavam chorume na Baía de Guanabara”, prometeu.
Os catadores que trabalhavam no aterro começaram a
receber, desde sexta-feira (1º), o cartão da Caixa, que permitirá a cada catador
retira os R$ 14 mil de indenização a que têm direito.
A partir de agora, todo o lixo coletado na capital
fluminense terá como destino a Central de Tratamento de Resíduos, CTR Rio, em
Seropédica, a mais moderna da América Latina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário