segunda-feira, 4 de junho de 2012

NOTÍCIA: REMÉDIO T-DM1 PODERIA SUBSTITUIR QUIMIOTERAPIA

Novo remédio poderia substituir quimioterapia
Medicamento permitiu reduzir o tamanho de tumores e aumentar a esperança de vida de pacientes com câncer de mama
O Estado de São Paulo, 25-05-2012
O presidente da divisão latino-americana da farmacêutica Roche, Jörg-Michael Rupp, afirmou que um novo remédio da companhia poderia substituir o tratamento de quimioterapia em casos de câncer de mama.

Rupp disse, durante um fórum de saúde no Rio de Janeiro, que o remédio T-DM1 permitiu reduzir o tamanho dos tumores e aumentar a esperança de vida das pacientes que apresentavam o tipo de câncer de mama mais agressivo (HER2 positivo) em estado avançado.

"O remédio ataca diretamente a célula cancerígena e a mata, por isso seria desnecessário o uso de quimioterapia, o que evitaria efeitos colaterais como a perda de cabelo", afirmou Rupp no fórum organizado pela companhia suíça.

O diretor disse que a combinação do T-DM1 com outros remédios já existentes no mercado gerou "melhores resultados" que os tratamentos frequentes, incluindo sessões de quimioterapia.

A Roche anunciou o êxito dos testes em março deste ano e vai apresentar os detalhes concretos no próximo Congresso da Associação Americana de Oncologia Clínica (ASCO), que será realizado em Chicago nos EUA, no início de junho.

Os resultados que serão apresentados no ASCO se referem exclusivamente a mulheres que já se submeteram previamente a outros tratamentos oncológicos.

Rupp calculou que os testes clínicos ainda podem levar três ou quatro anos e não quis especular prazos sobre a possibilidade do T-DM1 chegar ao mercado, o que também precisaria da aprovação das autoridades reguladoras de cada país.

Uma eventual aprovação dos agências reguladoras estaria restrita ao tipo de pacientes nos quais o remédio foi testado.

No entanto, o diretor se mostrou otimista quanto à possibilidade do remédio também ser efetivo nas primeiras fases da doença, inclusive em outros tipos de câncer.

"Se o remédio funciona em uma fase avançada, há uma possibilidade maior de ser efetivo nas primeiras fases", afirmou em declarações à Agência Efe.

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