MIELOMENINGOCELE
Saiba mais: http://www.espinhabifida.com/
O que é?
A Espinha Bífida, uma grave anormalidade congênita do sistema nervoso, desenvolve-se nos dois primeiros meses de gestação e representa um defeito na formação do tubo neural.
Os defeitos do tubo neural (DTN) são uma causa importante de mortalidade infantil. Nos Estados Unidos a incidência é estimada em 1 em cada 1000 recém-nascidos.
Uma das lesões congênitas mais comuns da medula espinhal é causada pelo fechamento incompleto da coluna vertebral. Quando isso acontece, o tecido nervoso sai através do orifício, formando uma protuberância mole, na qual a medula espinhal fica sem proteção.
Isto é denominado espinha bífida posterior e, embora possa ocorrer em qualquer nível da coluna vertebral, é mais comum na região lombosacra. Quando as raízes dos nervos lombo sacrais estão envolvidos, ocorrem graus variáveis de paralisia abaixo do nível envolvido.
Os segmentos da medula cervical (C1 a C8) controlam os movimentos da região cervical e dos membros superiores; os toráxicos (T1 a T12) controlam a musculatura do tórax, abdomen e parte dos membros superiores; os lombares (L1 a L5) controlam os movimentos dos membros inferiores; e os segmentos sacrais (S1 a S5) controlam parte dos membros inferiores e o funcionamento da bexiga e intestino.
Na espinha bífida, estando a medula e as raízes nervosas impropriamente formadas, os nervos envolvidos podem ser incapazes de controlar os músculos determinando paralisias. Define-se como paralisia alta a paralisia resultante de defeito medular começando ao nível dos segmentos torácicos ou lombares altos (L1-L2), paralisia média no segmento médio lombar (L3) e paralisia baixa nos segmentos lombares baixos (L4-L5) ou sacrais.
A criança com mielomeningocele pode apresentar graus variáveis de paralisia e ausência de sensibilidade abaixo do nível da lesão medular, mas no entanto com preservação da parte superior do abdômen, tronco e braços. Torna-se importante a assistência precoce em reabilitação para a preservação também das possíveis deformidades ortopédicas: pé torto, deslocamento da coxa-femural, diminuição das amplitudes articulares, deformidades do tronco, entre outras.
A sensibilidade também pode estar prejudicada (sensação de pressão, fricção, dor, calor, frio) por isso é importante ter cuidado com a temperatura da água durante o banho, não utilizar calçados apertados e examinar sempre os membros inferiores, especialmente os pés, em busca de possíveis ferimentos.
A ausência de sensibilidade pode ocasionar lesões de pele, denominadas úlceras de pressão (escaras) que podem ser prevenidas com constantes mudanças de posição corporal e manutenção da higiene da pele, hidratação. Ainda se podem verificar ausência de controlo urinário e fecal.
Aconselhamento aos pais
Os pais necessitam , antes de mais nada, serem informados sobre a natureza e extensão da doença, sobre o que a causou, qual o tratamento a seguir e quais as necessidades e capacidades próprias da criança.
As informações dadas aos pais e familiares devem iniciar-se quando a criança ainda está no meio hospitalar e devem continuar até que seja observada uma função adequada e aceitável. A instrução gradual deve ser dada com base no estado da criança e dos próprios familiares.
Apesar dos pais e restante equipa multidisciplinar concentrar-se no déficit mais evidente, a paralisia dos membros inferiores, o fisioterapeuta tem a responsabilidade de explicar a importância do desenvolvimento de habilidades motoras finas, amplas e preceptivas acima da cintura.
De uma forma geral, o fisioterapeuta deve ter em conta a postura específica que a criança adquire e explicar e ensinar aos pais e familiares qual a melhor forma de pegar no bébé, de o mobilizar, de o vestir, de o posicionar durante o dia de forma a não agravar ou prejudicar o que se vai conseguindo progressivamente.
Pesquisas recentes indicam que a ingestão de ácido fólico
(um componente da vitamina B) nas semanas que antecedem
a concepção e nas primeiras semanas da gestação
reduz de modo significativo a incidência de espinha bífida.
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