Material
plástico no mar aumentará nos próximos 500 anos, diz cientista
(Globo Natureza. Ambiente
Brasil, 23/01/13)
As grandes concentrações de
lixo nos oceanos, chamadas também de “sopa de plástico”, devem aumentar de
tamanho nos próximos 500 anos, apesar dos esforços para eliminar este poluente,
de acordo com cientistas da Austrália, em entrevista à mídia local nesta
terça-feira (22).
A formação dessa “crosta”
nos oceanos é muito lenta, mas sua presença tem um impacto negativo de longo
prazo, destacou o cientista Erik Van Sebelle, um dos autores da pesquisa feita
pelo Conselho Australiano de Investigação. “Mesmo que deixemos de jogar lixo
plástico nos oceanos, essas massas seguirão crescendo”, comentou.
Formadas pela ação das
correntes superficiais marítimas, essas massas de plástico “crescem devido à
acumulação de todo o plástico que já foi jogado e que não tenha sido acumulado
nesses locais”, explicou o especialista.
Em 1997, o oceanógrafo
Charles Moore descobriu a denominada “Grande Porção de Lixo do Pacífico”, uma
zona de detritos que se estende entre a costa da Califórnia, nos Estados
Unidos, rodeia o Havaí e chega até o Japão. Essas superfícies de lixo
concentram grandes quantidades de plástico e outros resíduos trazidos pelas
correntes oceânicas.
Risco ambiental –
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), 13 mil
partículas de lixo plástico são encontradas em cada quilômetro quadrado do mar,
mas o problema é maior no Norte do Pacífico.
As partículas plásticas
estão sendo aspiradas pelas criaturas do mar e pelas aves, e a mistura é rica
em produtos químicos tóxicos. Pássaros e peixes morrem de inanição por
confundirem as partículas plásticas com alimento. Estudos já comprovaram que
até mesmo os plânctons, a base da cadeia alimentar, estão sendo impactados.
Se a densidade do
microplástico continuar a crescer, o número de insetos aumentará também,
alertaram os cientistas, “potencialmente às custas de presas como o zooplâncton
e os ovos de peixes”.
VAMOS PRESERVAR O MEIO-AMBIENTE!!!
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