Pesquisadores testam nova técnica para melhorar saúde dos diabéticosSegundo estudo, é possível transplantar células do pâncreas sem rejeição do paciente; objetivo é fazer com que os portadores da doença tipo 1 não precisem ingerir insulina diariamente
O Estado de São Paulo, 14-09-2011
Uma nova técnica para evitar a rejeição e aumentar a segurança nos transplantes de ilhotas de Langerhans - grupo de células do pâncreas responsável pela produção de insulina - está sendo estudada por pesquisadores do Núcleo de Terapia Celular Molecular (Nucel) da Universidade de São Paulo (USP).
O objetivo do transplante é fazer com que os portadores de diabetes tipo 1 não precisem mais tomar injeções de insulina diariamente. Com a nova técnica, os médicos conseguem também evitar a rejeição às células transplantadas e eliminar a obrigação do paciente ter que tomar remédios imunossupressores (para reduzir a atividade ou a eficiência do sistema imunológico).
Segundo a coordenadora do Nucel, a bióloga Mari Sogayar, a administração dos remédios para evitar a rejeição é complicada porque, além de serem medicamentos caros, provocam efeitos colaterais indesejáveis. "Alguns deles são causadores de diabetes, outros derrubam a imunidade. Por isso, esse projeto só é usado em casos extremos, quando o paciente diabético tipo 1 não consegue controlar a glicemia só com insulina. Aí tem que fazer alguma coisa, porque esse paciente pode morrer", explicou. No Brasil foram feitos transplantes desse tipo em cinco pacientes entre 2002 e 2006.
A intenção da nova técnica é "enganar" o organismo ao encapsular as ilhotas de Langerhans e torná-las invisíveis ao sistema imunológico, que assim não consegue atacá-las. O método é rápido e nada invasivo, já que consiste em introduzir uma cápsula com as ilhotas por meio de uma agulha e um cateter na região próxima ao fígado.
"A cápsula é feita de um material extraído de algas, com uma estrutura que permite que o oxigênio entre nas células e que a insulina ultrapasse a barreira. O tecido impede ainda que o sistema imunológico destrua as ilhotas", explicou.
Por enquanto a técnica foi testada apenas em camundongos tornados diabéticos, que, de acordo com a bióloga, reverteram a doença depois de receberem as cápsulas. Os animais permaneceram normais por um período longo, de 200 dias - mais da metade da vida. "Após 200 dias removemos as cápsulas e o animal voltou a ficar diabético".
A bióloga explicou que o desejo da equipe agora é partir para uma fase de testes em animais maiores, como porcos ou cães e depois, tendo sucesso, pleitear a autorização junto ao Comitê de Ética para passar para outra etapa: testes clínicos para avaliar a segurança e a eficácia do processo em seres humanos.
"Mas para isso vamos precisar de recursos e de apoio de agentes financiadores para que tenhamos material e pessoal capacitado para dar andamento ao projeto". A expectativa da coordenadora do Nucel é conseguir finalizar o projeto em dois anos.
Gostaria muito de quando tiver estudos em humanos prticipar pois tenho Diabentes, que não controla so com insylina e remedios, minha vida e dentro do hospital tomando soro e insulina na veia mesmo assim e dificil de abaixar beijooos
ResponderExcluirOlá Suellen!
ExcluirPra mim é uma alegria tê-la como leitora do Blog.
Este tipo de pesquisa ainda está em fase de desenvolvimento. Por enquanto, só está sendo realizada com animais, pois depende de patrocinadores, financiadores, e a própria liberação para a pesquisa com seres humanos.
Espero que finalmente, a NUCEL/ USP consiga finalizar o projeto com sucesso.
Caso queira saber de mais informações, segue o contato:
- Site: http://www.usp.br/nucel
- Outros: USP - Instituto de Química - Depto de Bioquímica - Profa. Dra. Mari Cleide Sogayar.
Av. Prof. Lineu Prestes, 748 - B 9 Superior - Sl 0964 - Cidade Universitária - CEP 05508-900 - São Paulo - SP.
- Tel/Fax: +55 11 3091-3820
Tenha uma ótima semana!!!
Vamos Gerar Saúde!