SUS fornecerá
remédios para psoríase e falta de vitamina H
Medicamentos serão
oferecidos em até 180 dias a partir desta quinta-feira
VEJA.COM
- 04/10/12.
O
Sistema Único de Saúde (SUS) incluiu duas novas drogas na Relação Nacional de
Medicamentos (Rename). Uma delas é o clobetasol, indicado para tratar pacientes
com psoríase, uma doença crônica da pele caracterizada pela presença de manchas
vermelhas e espessas. A outra é a biotina, remédio destinado para pessoas que
têm deficiência em vitamina H (ou biotinidase), condição cujos sintomas podem
incluir redução da força muscular, perda temporária ou completa dos movimentos
e da sensibilidade.
A
decisão, tomada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (Conitec)
do Ministério da Saúde, foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da
União (DOU). O SUS estipulou o prazo máximo de 180 dias — ou seja, até abril de
2013 — para que esses remédios passem a ser oferecidos na rede pública.
O
clobetasol não é, porém, o primeiro medicamento para tratamento de psoríase que
o SUS oferece. As drogas inclusas na rede pública para casos não graves da
doença, todas de uso tópico, são a dexametasona, o ácido salicílico, o alcatrão
e o calcipotriol. Em relação à condição grave, são oferecidos os medicamentos
ciclosporina, metotrexato, sulfassalazina e o leflunomida. No entanto, a oferta
varia de acordo com as secretarias de saúde de cada estado do país. Essa
doença, que atinge entre 1% e 3% da população mundial, é autoimune, crônica e
não contagiosa. Ela se caracteriza por inflamações da pele que causam manchas
vermelhas, espessas e descamativas que aparecem, em geral, no couro cabeludo,
cotovelos e joelhos.
A
biotina passará a ser o primeiro remédio oferecido pelo SUS para tratar a
deficiência em vitamina H. O problema, que atinge cerca de 3.200 brasileiros, é
uma doença genética que ocorre quando uma pessoa não consegue metabolizar esse
composto, que é uma das vitaminas do complexo B. Os sintomas clínicos mais
comuns da condição incluem a perda de força muscular, sonolência, convulsões e
falta de equilíbrio. A biotina, segundo o Ministério da Saúde, é capaz de
reverter esses efeitos.
Ampliação
— No mesmo dia, o Ministério da Saúde também publicou a ampliação do uso
de três medicamentos para diferentes doenças. Ou seja, são novas aplicações
para remédios que já são oferecidos pelo SUS. São eles a sildenafila, que agora
passa a ser indicada a pacientes com esclerose sistêmica; o naproxeno, agora
para espondilite ancilosante; e o tacrolimo, agora para síndrome nefrótica
primária. O órgão estima que o impacto dessas inclusões para o próximo ano será
de R$ 7 milhões.
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