Andropausa afeta a saúde e pode até abalar o casamento
O Dia, 04-04-2011
CLARISSA MELLO
CLARISSA MELLO
Estatísticas do IBGE revelam: 57% dos divórcios ocorrem depois que o homem completa 40 anos de idade. Mas não pense que a infidelidade é a única culpada pelas separações conjugais. De acordo com especialistas, um dos principais vilões do casamento entre pessoas dessa faixa etária chama-se andropausa — uma doença hormonal masculina causada pela queda da produção de testosterona.
Segundo o endocrinologista Maurício Bungerd Forneiro, autor do livro ‘Vida e prazer após os 50’, cerca de 8% dos homens com idades entre 40 e 49 anos possuem níveis de testosterona abaixo do normal. “Esse índice aumenta para 19% quando o homem atinge os 60. Entre aqueles com mais de 80 anos, a queda significativa do hormônio evolui para 40%. Isso significa que a incidência da andropausa aumenta conforme a idade”, afirma Maurício.
Na prática, o homem que sofre do mal tem maior tendência de acumular gordura na região abdominal (a famosa “barriga de chope”), dificuldade para ganhar massa muscular — mesmo entre os que praticam atividade física regularmente —, disfunção erétil, perda de libido, osteoporose, cansaço e até déficit de memória e concentração.
“Com tantas mudanças no comportamento do homem, os relacionamentos podem ser abalados. Isso acontece principalmente entre casais que têm pouco diálogo. A andropausa é um problema fácil de tratar, mas só se houver conversa. Do contrário, ocorre afastamento do casal”, acredita o presidente do Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Alexandre Hohl.
APOIO DA MULHER É IMPORTANTE!!!
O médico ressalta que o apoio da esposa é fundamental, tanto para diagnosticar, quanto para tratar. “Se o casal vem junto buscar ajuda, é mais fácil. Não é a toa que a mulher vive mais: ela se cuida mais. É importante que ela fique atenta ao marido, pois os homens têm mais dificuldade de procurar o médico. Às vezes o casamento vai mal, mas quando o distúrbio é identificado e o homem começa a fazer a reposição hormonal, a relação volta a ser normal”, diz.
O médico ressalta que o apoio da esposa é fundamental, tanto para diagnosticar, quanto para tratar. “Se o casal vem junto buscar ajuda, é mais fácil. Não é a toa que a mulher vive mais: ela se cuida mais. É importante que ela fique atenta ao marido, pois os homens têm mais dificuldade de procurar o médico. Às vezes o casamento vai mal, mas quando o distúrbio é identificado e o homem começa a fazer a reposição hormonal, a relação volta a ser normal”, diz.
No mais, prevenir é melhor do que remediar. “Ter queda hormonal não significa necessariamente que o homem sofrerá com os sintomas, isso depende de como ele manteve sua saúde ao longo da vida. Manter hábitos saudáveis ajuda a evitar o problema”, diz.
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