Médico aposta no açaí contra hipertensão e enfisema pulmonar
Camaçari Notícias, 16-04-2011
*BBC Brasil
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O médico Roberto Soares de Moura, do Rio encontrou uma nova linha de pesquisa. Congelado e adorado pelos surfistas cariocas, o açaí conquistou o pesquisador não pelo sabor e, sim, pelo potencial terapêutico.
“Uma fruta brasileira, não tóxica e muito consumida, e mesmo assim tão pouco pesquisada. Resolvi investir”, lembra ele agora, quase três anos após o primeiro encontro, e já com uma coleção de evidências sobre a utilização medicinal do produto vendido em quase toda esquina do Brasil.
O profissional especializado em farmacologia deu o pontapé em seu projeto com polpas congeladas de açaí, compradas na lanchonete perto de sua residência.
“No laboratório, encontrei dados bem contundentes de que a fruta poderia ser um anti-hipertensivo eficiente. Lembrei de um ex-aluno que morava em Belém e pedi que ele enviasse frutas in natura para mim. Meu passo seguinte foi desvendar o açaí inteiro. Da casca ao caroço.”
Moura sempre foi interessado em plantas medicinais e já estava habituado em encontrar aliados da saúde nas feiras e supermercados. Sua primeira experiência, nos anos 90, foi com a uva. Agora era a vez do açaí. Com auxílio das ferramentas laboratoriais, chegou a extratos concentrados retirados, separadamente, de casca, polpa e caroço.
Para uma população de camundongos diabéticos, hipertensos e obesos ofereceu os três compostos. Para sua surpresa, foi a substância extraída do caroço que mais deu resultados positivos. Rico em polifenóis e óxidos nítricos, o pó de açaí teve ação vasodilatadora, diminuiu o colesterol e controlou o diabetes dos animais pesquisados, comparado aos ratos também doentes que não receberam o composto.
Cigarro e curativo
Os achados do médico Roberto Soares de Moura foram publicados e a proposta dele é se aproximar da indústria farmacêutica para elaborar medicamentos à base de açaí.
“Já tinha atestado que o açaí tem propriedades antiinflamatórias e antioxidantes. Fui pesquisar se esta combinação poderia ser eficiente contra a fumaça do cigarro”, diz ele sem esconder o orgulho da ousadia do projeto. Mais uma vez, os ratos foram escalados para ajudá-lo.
Para um grupo de animais, ele ofereceu a fumaça de cigarros comuns. Para outra turma, a fumaça do tabaco foi misturada ao composto de açaí. Os animais que “fumaram” o bastão de açaí “tinham menos lesões pulmonares, tiveram os alvéolos mais preservados e tiveram menos registros de enfisema pulmonar”, diz o professor. O foco de pesquisa agora é testar a possibilidade de fazer uma pomada com a fruta, com o intuito de ser cicatrizante. As pesquisas continuam a todo vapor.
Pesquisar e não tomar
Apesar do entusiasmo com a fruta conhecida na esquina de sua casa, professor Roberto Soares de Moura diz que “não há nenhuma evidência de que comer a fruta ou o creme” vai trazer os resultados tão promissores como os atestados nos ratos.
“O que testei foram extratos em pó muito concentrados”, diz. Ele está satisfeito mas reforça: “atenção fumantes, não adianta tomar açaí depois. Cigarro nunca é bom”, aconselha.
“Uma fruta brasileira, não tóxica e muito consumida, e mesmo assim tão pouco pesquisada. Resolvi investir”, lembra ele agora, quase três anos após o primeiro encontro, e já com uma coleção de evidências sobre a utilização medicinal do produto vendido em quase toda esquina do Brasil.
O profissional especializado em farmacologia deu o pontapé em seu projeto com polpas congeladas de açaí, compradas na lanchonete perto de sua residência.
“No laboratório, encontrei dados bem contundentes de que a fruta poderia ser um anti-hipertensivo eficiente. Lembrei de um ex-aluno que morava em Belém e pedi que ele enviasse frutas in natura para mim. Meu passo seguinte foi desvendar o açaí inteiro. Da casca ao caroço.”
Moura sempre foi interessado em plantas medicinais e já estava habituado em encontrar aliados da saúde nas feiras e supermercados. Sua primeira experiência, nos anos 90, foi com a uva. Agora era a vez do açaí. Com auxílio das ferramentas laboratoriais, chegou a extratos concentrados retirados, separadamente, de casca, polpa e caroço.
Para uma população de camundongos diabéticos, hipertensos e obesos ofereceu os três compostos. Para sua surpresa, foi a substância extraída do caroço que mais deu resultados positivos. Rico em polifenóis e óxidos nítricos, o pó de açaí teve ação vasodilatadora, diminuiu o colesterol e controlou o diabetes dos animais pesquisados, comparado aos ratos também doentes que não receberam o composto.
Cigarro e curativo
Os achados do médico Roberto Soares de Moura foram publicados e a proposta dele é se aproximar da indústria farmacêutica para elaborar medicamentos à base de açaí.
“Já tinha atestado que o açaí tem propriedades antiinflamatórias e antioxidantes. Fui pesquisar se esta combinação poderia ser eficiente contra a fumaça do cigarro”, diz ele sem esconder o orgulho da ousadia do projeto. Mais uma vez, os ratos foram escalados para ajudá-lo.
Para um grupo de animais, ele ofereceu a fumaça de cigarros comuns. Para outra turma, a fumaça do tabaco foi misturada ao composto de açaí. Os animais que “fumaram” o bastão de açaí “tinham menos lesões pulmonares, tiveram os alvéolos mais preservados e tiveram menos registros de enfisema pulmonar”, diz o professor. O foco de pesquisa agora é testar a possibilidade de fazer uma pomada com a fruta, com o intuito de ser cicatrizante. As pesquisas continuam a todo vapor.
Pesquisar e não tomar
Apesar do entusiasmo com a fruta conhecida na esquina de sua casa, professor Roberto Soares de Moura diz que “não há nenhuma evidência de que comer a fruta ou o creme” vai trazer os resultados tão promissores como os atestados nos ratos.
“O que testei foram extratos em pó muito concentrados”, diz. Ele está satisfeito mas reforça: “atenção fumantes, não adianta tomar açaí depois. Cigarro nunca é bom”, aconselha.
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