Queda
no desmatamento da Amazônia reduziu emissão de gases em 57%
Por: Agência EFE, 11/08/2012.
São
Paulo – A redução do desmatamento da Amazônia desde 2004 teve como
consequência uma queda de 57% nas emissões de dióxido de carbono, anunciou o
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Segundo o organismo, o
dado implica que o desmatamento da Amazônia representa em torno de 1,5% de todo
o carbono lançado à atmosfera em escala mundial.
Os dados correspondem a
um novo serviço lançado pela instituição, que é dependente do Ministério de
Ciência, Tecnologia e Inovação. Esse serviço gera resultados a partir dos
dados produzidos por um sistema de análise de satélites do INPE, que calcula o
volume de vegetação primária que a Amazônia perde anualmente.
"Nesta versão
inicial, o sistema oferece estimativas anuais de toda a Amazônia brasileira e
por estados até 2011. Além disso, apresenta indicadores para acompanhar a
redução de emissões após 2006 tomando como base a média de desmatamento de
1996-2005", explicou ontem (10) a pesquisadora Ana Paula Aguiar.
O novo serviço
quantificará o impacto da perda de vegetação no balanço global de gases na
atmosfera e também irá avaliar o resultado das ações para reduzir as
emissões. Quase metade da biomassa florestal é composta por carbono, que é
liberada em forma de CO2 durante as queimadas, o desmatamento e outras alterações
da natureza.
Segundo o INPE, a
velocidade da transferência de CO2 à atmosfera está relacionada à exploração
madeireira, ao estabelecimento de gramados e à agricultura mecanizada em larga
escala, entre outros fatores.
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