Novo
vírus similar ao da SARS é transmitido de uma pessoa para outra
(Veja,
14/02/2013)
Descoberto em setembro de
2012, o coronavírus já infectou 11
pessoas no mundo. Ainda não estava claro, porém, de que forma ocorria a
contaminação.
A Agência de Proteção à
Saúde da Grã-Bretanha afirmou nesta quarta-feira que um vírus descoberto
recentemente e que pertence à
mesma família do vírus causador da SARS (sigla em inglês para Síndrome
Respiratória Aguda Grave) é transmitido
de uma pessoa para a outra. O NCoV, que já infectou 11 pessoas no mundo,
causando cinco mortes, foi identificado pela primeira vez em setembro do ano
passado e até então não estava claro de que forma ocorria a contaminação.
Segundo a agência britânica,
essa conclusão foi tirada após a confirmação do terceiro caso de infecção pelo
novo vírus na Grã-Bretanha — a segunda contaminação foi identificada na região
somente nesta semana. De acordo com o órgão, a infecção ocorreu em uma pessoa
que não havia viajado recentemente. Além disso, o paciente era membro da
família de outro individuo que havia sido contaminado. Ele está sendo submetido
a um tratamento intensivo em um hospital da Inglaterra.
Dos 11 casos confirmados de
infecção pelo novo vírus, cinco ocorreram na Arábia Saudita (com três mortes),
dois na Jordânia (com duas mortes), três na Grã-Bretanha e um na Alemanha.
"O caso sugere que ocorreu uma transmissão de pessoa para pessoa, e que
aconteceu na Grã-Bretanha", disse John Watson, chefe de doenças
respiratórias da Agência de Proteção à Saúde britânica.
O NCoV foi identificado pela
primeira vez em setembro do ano passado, também na Grã-Bretanha. O paciente era
um homem de 49 anos do Catar que havia estado na Arábia Saudita, segundo
informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na época. A OMS havia anunciado
que se tratava de um novo, ou recente, coronavírus, uma grande família de vírus
que inclui tanto a gripe comum como a SARS, doença que apareceu em
2002 na China e matou 800 pessoas no mundo no mesmo ano. Sintomas comuns desses dois tipos de infecção incluem problemas respiratórios graves, febre e
tosse.
Quando a OMS comunicou a
identificação do novo vírus, afirmou também que estava trabalhando "no
processo para obter mais informações a fim de determinar as implicações na
saúde pública". E, segundo disse em setembro de 2012 o diretor do Centro
de Infecções Respiratórias da Faculdade Imperial de Londres, Peter Openshaw,
naquele estágio parece ser improvável que o novo vírus seja preocupante.
John Watson considera "muito baixo" o risco de infecção
pelo novo vírus. "Se o novo coronavírus fosse mais infeccioso, nós
estaríamos vendo um número de casos muito maior do que vem sendo reportado
desde o primeiro caso identificado", disse. A OMS reiterou nesta
segunda-feira que não há necessidade de
quaisquer restrições de viagens ou comércio nas regiões onde houve
contaminações.
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