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em cada 20 casos de pré-eclâmpsia pode estar relacionado à poluição do ar
(VEJA.com
– 07/02/2013)
Pesquisa mostra que
exposição à poluição por ozônio durante o primeiro trimeste de gestação pode
aumentar o risco de complicações na gravidez. A pré-eclâmpsia é uma condição
caracterizada pelo aumento da pressão arterial e liberação de proteínas na
urina durante a gestação.
Um a cada vinte casos de
pré-eclâmpsia, condição que afeta a gravidez, pode estar relacionado à exposição, nos três primeiros meses da gestação, à
poluição do ar por ozônio.
Essa é a conclusão de um estudo realizado na Universidade de Umeå, na Suécia.
De acordo com a pesquisa, o risco de
parto prematuro também é aumentado pela presença desse poluente.
Conheça a pesquisa:
- TÍTULO ORIGINAL: Air pollution exposure in early pregnancy and
adverse pregnancy outcomes: a register-based cohort study
- ONDE FOI DIVULGADA: periódico British
medical Journal Open
- QUEM FEZ: David Olsson,
Ingrid Mogren e Bertil Forsberg
- INSTITUIÇÃO: Universidade
de Umeå, na Suécia
- RESULTADO: O risco de
nascimentos prematuros e pré-eclâmpsia cresceu 4% para cada aumento de 10
microgramas de ozônio por metro cúbico de ar (µg/m3) nesse período. Os autores
calculam que 5% dos casos de pré-eclâmpsia estavam relacionados aos níveis de
ozônio do primeiro trimestre de gestação.
A
pré-eclâmpsia é uma condição que afeta cerca de 5% das gestantes,
surgindo, normalmente, entre a vigésima semana da gravidez e a primeira semana
após o parto. Os sintomas são aumento
da pressão arterial e perda de proteínas pela urina. A condição pode
dar origem a um descolamento precoce da placenta — recém-nascidos de mulheres
com pré-eclâmpsia têm quatro a cinco vezes mais riscos de complicações de
saúde.
Levantamento — Para a
realização do estudo, publicado no periódico British Medical Journal Open,
foram utilizados dados de 121.000 nascimentos (de gestações de um único bebê)
ocorridos entre 1998 e 2006 na área metropolitana de Estocolmo. Dentre eles,
4,4% foram partos prematuros e a pré-eclâmpsia ocorreu em 2,7% dos casos.
Os pesquisadores também
analisaram dados nacionais de prevalência de asma entre mães e níveis de ozônio
e óxido de nitrogênio no ar. Nenhuma relação foi encontrada entre o óxido de
nitrogênio, liberado por veículos, e complicações na gravidez, assim como
nenhum dos poluentes pode ser relacionado ao nascimento de bebês abaixo do
peso.
Quanto à asma, os
pesquisadores concluíram que mães asmáticas têm uma chance 25% maior de terem
um filho prematuro e um risco 10% maior de apresentarem pré-eclâmpsia.
Os resultados mostraram uma associação entre os níveis de ozônio
durante o primeiro trimestre de gestação e o risco de nascimentos prematuros e
pré-eclâmpsia. Cada uma dessas condições cresceu 4% para cada aumento
de 10 microgramas de ozônio por metro cúbico de ar (µg/m3) nesse período. Os
autores calculam que 5% dos casos de pré-eclâmpsia estavam relacionados aos
níveis de ozônio do primeiro trimestre de gestação.
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