Transplante de medula óssea com células geneticamente modificadas
Veja, 29-08-2011
O transplante de medula óssea com células geneticamente modificadas pode prolongar a sobrevida dos pacientes com câncer. Em um artigo publicado no periódico científico especializado Cancer Biology & Therapy, pesquisadores da Universidade do Kentucky, nos Estados Unidos, descrevem experimentos em que células contendo uma proteína supressora de tumor de ratos geneticamente modificados foram transferidas para outro, aumentando a resistência do receptor à doença.
A medula óssea é um tecido gelatinoso que fica dentro da cavidade dos ossos, e é responsável pela produção de leucócitos — células que combatem micro-organismos — e outras células que compõem o sangue, como as hemácias. Os pesquisadores modificaram genes de alguns animais para que eles expressassem a proteína Par-4 (também conhecida como PWAR), capaz de induzir seletivamente a apoptose (morte celular) em células cancerosas. Dessa maneira, tornavam-se resistentes a tumores.
Ratos que receberam a medula óssea dos animais geneticamente modificados passaram a exibir atividade elevada do sistema responsável pela produção da proteína Par-4. Isso significa que o transplante foi bem-sucedido e que o ‘sistema de proteção ao câncer’ foi passado adiante para os receptores. Mais: a injeção de uma solução contendo a proteína Par-4 nos camundongos também inibiu a metástase, ou formação de tumores secundários no corpo.
"Estamos animados com as descobertas do estudo, já que elas indicam que a proteína Par-4 secretada é sistematicamente ativa em ratos", diz Vivek Rangnekar, responsável pelo trabalho. Segundo ele, o tratamento de tumores primários e secundários pode melhorar com os novos procedimentos de transplante usando células-tronco geneticamente modificadas.
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