quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

REPORTAGEM: DENGUE E SANEAMENTO BÁSICO

Dengue está relacionada à falta de saneamento básico
Doença está associada também à ausência de coleta de lixo
(Por Portal RAC, 22/12/2011)



A falta de abastecimento de água e de coleta de lixo está relacionada ao alto número de casos de dengue nas cidades. Dos 48 municípios com risco de surto da doença no verão, 62,5% têm menos da metade das casas com acesso a saneamento adequado. É o que mostra um levantamento feito pela Agência Brasil a partir da lista do Ministério da Saúde de cidades com risco de surto da doença e de dados sobre saneamento básico do Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Uma casa tem saneamento adequado, segundo critérios do IBGE, quando dispõe de rede de água, esgoto ou fossa séptica e coleta de lixo direta ou indireta feita por uma empresa. De acordo com o levantamento, em somente 18 cidades com risco de surto, a maioria das casas encontra-se nessa situação. O restante dos municípios enquadra-se em saneamento semiadequado, quando dispõe de pelo menos um dos serviços, ou inadequado, quando não há nenhum dos serviços em pleno funcionamento. 

Os municípios com os menores percentuais de saneamento adequado estão no Norte e Nordeste, as duas regiões com o maior grupo de cidades com chances de surto de dengue. Nas duas regiões, são 39 cidades. Em Buritis (RO), Espigão do Oeste (RO), Mucajaí (RR), Porto Acre (AC), São Raimundo Nonato (PI) e Água Branca (PI), menos de 5% das casas têm saneamento em condição adequada. 

O Mapa da Dengue, do Ministério da Saúde, também mostra que a ausência de saneamento facilita o surgimento de criadouros do mosquito. No Norte, 44,4% dos focos de transmissão estão no lixo, no Nordeste, 72,1% são relacionados ao abastecimento de água. 

Para o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Jarbas Barbosa, o pior problema para o combate à dengue é o abastecimento irregular de água porque leva a população a usar caixas d'água, potes e barris. Mal tampados, esses pequenos reservatórios são ideais para o mosquito Aedes aegypti procriar devido à água parada, limpa e em pouca quantidade. 

“Mesmo em muitas cidades com acesso [à rede de água], o fornecimento é intermitente”, disse o secretário. No lixo, o problema são as garrafas plásticas, tampinhas, pneus e outros recipientes onde a água da chuva se acumula com rapidez. 

Apesar de admitir que o fornecimento irregular de água e a falta de recolhimento de lixo atrapalham as ações para enfrentamento da dengue, Barbosa defende que nos locais onde há ausência desses serviços é possível prevenir a doença com hábitos simples. As pessoas devem ser orientadas, por exemplo, a tampar as caixas d`água, tirar água dos pratinhos das plantas, limpar os ralos, recolher folhas das calhas e a manter o lixo fechado. 

“Não podemos esperar que todos os problemas sejam resolvidos para combater a dengue. Há problemas que podem ser resolvidos mais facilmente”, justificou o secretário. 

Nos municípios com risco de surto de dengue, as equipes de saúde encontraram larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis visitados, índice considerado preocupante pelo ministério. 

Lista dos municípios com risco de surto de dengue (ordem alfabética/ estados): 

- Água Branca (PI), Afogados da Ingazeira (PE), Araripina (PE), Arapiraca (AL), Arcoverde (PE) 
- Bonfim (RR), Brasileia (AC), Buritis (RO) 
- Cajazeiras (PB), Catolé do Rocha (PB), Camaragibe (PE), Currais Novos (RN), Catanduva (SP), Cuiabá (MT)

- Dom Eliseu (PA) 
-Espigão do Oeste (RO) , Epitaciolândia (AC) 
- Floresta (PE) 
- Garanhuns (PE) 
Governador Valadares (MG), Guairá (PR) 
- Ilhéus (BA), Itabuna (BA), Itaboraí (RJ)

- Jequié (BA) 
- Laranjeiras (SE), Loanda (PR) 
- Maruim (SE), Marabá (PA), Mucajaí (RR), Monteiro (PB), Mossoró (RN) 
- Nova Londrina (PR) 
- Ouro Preto do Oeste (RO) 
- Piancó (PB), Palmeira dos Índios (AL), Parauapebas (PA), Pacaraíma (RR), Porto Acre (AC), Porto Velho (RO) 
- Rio Branco (AC) 
- São Raimundo Nonato (PI), Santa Cruz do Capibaribe (PE), Simões Filho (BA), Senador Guiomard (AC), São Fidélis (RJ), Sarandi (PR) 
- Tucuruí (PA)


Vamos juntos combater a Dengue!!!

2 comentários:

  1. nao era o que eu queria mas a denque e muito grave e deixa nos e familiares tristes da minha familia com 300 pessoas 50 esta suspeita e 30esta cm denge

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Prezado Leitor!

      Compreendo que não está sendo nada fácil lidar com esta situação angustiante e de preocupação.

      Sugiro-lhe que comece por você ações de prevenção e combate a dengue, a fim de que mobilize também os seus familiares.

      *** Em relação à Prevenção, lembre-se:

      - é preciso eliminar os lugares que eles escolhem para a reprodução.

      - manter recipientes, como caixas d’água, barris, tambores tanques e cisternas, devidamente fechados.

      - não deixar água parada em locais como: vidros, potes, pratos e vasos de plantas ou flores, garrafas, latas, pneus, panelas, calhas de telhados, bandejas, bacias, drenos de escoamento, canaletas, blocos de cimento, urnas de cemitério, folhas de plantas, tocos e bambus, buracos de árvores, além de outros locais em que a água da chuva é coletada ou armazenada.

      - o ovo do mosquito da dengue pode sobreviver até 450 dias, mesmo se o local onde foi depositado o ovo estiver seco. Caso a área receba água novamente, o ovo ficará ativo e pode atingir a fase adulta em um espaço de tempo entre 2 e 3 dias. Por isso é importante eliminar água e lavar os recipientes com água e sabão.

      -A borra de café funciona como um inseticida natural e não faz mal para seres humanos, animais e plantas. Outros produtos, como o sal de cozinha e a água sanitária, têm sido recomendados contra o Aedes egypti. Mas há limitações: eles não podem ser aplicados em plantas, por exemplo. A borra é um resíduo produzido diariamente na maioria das residências. Ela pode ser jogada sobre o solo dos jardins e hortas, na terra dos vasos ou dentro das bromélias. Não se deve diluí-la em água antes de aplicar. A larva se intoxica ao ingerir extratos de borra do café. A quantidade de borra a ser utilizada depende da quantidade de água acumulada. Se o local contém o equivalente a meio copo de água de chuva ou de rega, por exemplo, duas colheres de sopa de borra bastam. A mesma quantidade de borra nova deve ser colocada a cada sete dias.

      *** Atenção ao tratamento:

      - requer bastante repouso e a ingestão de muito líquido, como água, sucos naturais ou chá.

      - No tratamento, também são usados medicamentos anti-térmicos que devem recomendados por um médico.

      - É importante destacar que a pessoa com dengue NÃO pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito anticoagulante, podem promover sangramentos.

      - O doente começa a sentir a melhorar cerca de quatro dias após o início dos sintomas da dengue, que podem permanecer por 10 dias. ATENÇÃO: Não interrompa o tratamento por estar se sentindo melhor. Deixe que o médico declare a sua alta, para não correr o risco de complicar a enfermidade.

      - É preciso ficar alerta para os quadros mais graves da doença. Se aparecerem sintomas, como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, tonturas ao levantar, alterações na pressão arterial, fígado e baço dolorosos, vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes, extremidades das mãos e dos pés frias e azuladas, pulso rápido e fino, diminuição súbita da temperatura do corpo, agitação, fraqueza e desconforto respiratório, o doente deve ser levado imediatamente ao médico.

      *** Em caso de suspeita de dengue, procure a ajuda de médico. Este profissional irá orientá-lo a tomar as providências necessárias do seu caso.

      *** Leia mais: http://www.combateadengue.com.br

      Agradeço sua participação!

      Vamos Gerar Saúde!!!

      Excluir

Marcadores