SUS inicia vacinação de meninos contra HPV
Postos
de saúde oferecem doses para jovens entre 12 e 13 anos. Mais de 3,6
milhões devem ser imunizados
(Portal
Brasil, 03/01/2017)
O
Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a
oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de
imunizações. A faixa-etária será ampliada, gradativamente, até
2020, quando serão incluídos os meninos com 9 anos até 13 anos.
A
expectativa é que mais de 3,6 milhões de meninos sejam imunizados
em 2017, além de 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos vivendo
com HIV/Aids, que também passarão a receber as doses. Para isso, o
Ministério da Saúde adquiriu seis milhões de doses, ao custo de R$
288,4 milhões. Não haverá custos extras para a pasta, já que, no
ano passado, com a redução de três para duas doses no esquema
vacinal das meninas, o quantitativo previsto foi mantido,
possibilitando a vacinação dos meninos.
O
ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou a importância da
vacinação nos meninos. “A inclusão dos adolescentes faz parte de
um conjunto de ações integradas que o Ministério da Saúde tem
realizado com o objetivo de conseguir mais resultados com os recursos
financeiros já disponíveis. É muito importante a inclusão dessa
faixa-etária. Precisamos estimular esta faixa a participar das
mobilizações para vacinação.”
Além
disso, também receberão as doses as meninas que chegaram aos 14
anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses
indicadas. A estimativa é de que 500 mil adolescentes estejam nessa
situação. Até o ano passado, a faixa etária para o público
feminino era de 9 a 13 anos. Desde a incorporação da vacina no
Calendário Nacional, em 2014, já foram imunizadas 5,7 milhões de
meninas com a segunda dose, completando o esquema vacinal. Esse
quantitativo corresponde a 46% do total de brasileiras nessa faixa
etária.
“É
muito importante que os pais tenham a consciência de que a vacinação
começa na infância, mas deve continuada na adolescência. Pais e
responsáveis devem ter, com os adolescentes, a mesma preocupação
que têm com as crianças. A proteção vai ser muito maior se nós
ampliarmos, cada vez mais, o calendário de vacinação da nossa
população”, ressaltou a coordenadora do Programa Nacional de
Imunizações, do Ministério da Saúde, Carla Domingues.
HPV
para meninos
O
esquema vacinal para os meninos contra HPV é de duas doses, com seis
meses de intervalo entre elas. Para os que vivem com HIV, a faixa
etária é mais ampla (9 a 26 anos) e o esquema vacinal é de três
doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No caso dos portadores de HIV, é
necessário apresentar prescrição médica.
Atualmente,
a vacina HPV para meninos é utilizada como estratégia de saúde
pública em seis países (Estados Unidos, Austrália, Áustria,
Israel, Porto Rico e Panamá). A estratégia tem como objetivo
proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças
que estão diretamente relacionadas ao HPV. A definição da
faixa-etária para a vacinação visa proteger as crianças antes do
início da vida sexual e, portanto, antes do contato com o vírus.
A
vacina disponibilizada para os meninos é a quadrivalente, que já é
oferecida desde 2014 pelo SUS para as meninas. Confere proteção
contra quatro subtipos do vírus HPV, com 98% de eficácia para quem
segue corretamente o esquema vacinal. Vale ressaltar que os cânceres
de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400
mil casos ao ano e 230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos
de câncer anal são atribuíveis à infecção pelo HPV.
HPV
para meninas
Nas
meninas, o principal foco da vacinação é proteger contra o câncer
de colo do útero, vulva, vaginal e anal; lesões pré-cancerosas;
verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus. O HPV é
transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por
meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para
filho no momento do parto. Estimativas da OMS indicam que 290 milhões
de mulheres no mundo são portadoras do vírus. Em relação ao
câncer do colo do útero, estudos apontam que 265 mil mulheres
morrem devido à doença em todo o mundo, anualmente. No Brasil, o
Instituto Nacional do Câncer estima 16 mil novos casos.
Para
a produção da vacina contra o HPV, o Ministério da Saúde promoveu
Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) com o Butantan. A
transferência está sendo feita de forma gradual e tem reduzido o
preço ano a ano. Até 2018, a produção da vacina HPV deverá ser
100% nacional.
VAMOS PREVENIR?
INCENTIVE MENINOS E MENINAS
PARA PARTICIPAREM DESTA CAMPANHA!!!
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