SUS inclui vacina
contra hepatite A no calendário infantil
Segundo
o Ministério da Saúde, a meta é imunizar em 12 meses 95% do público-alvo, cerca
de três milhões de crianças – na faixa etária de um até dois anos incompletos
Por
Redação da RBA - 29/07/2014
Vacina
contra a hepatite A pode ser feita concomitante a qualquer outra vacina, sem
interferência.
São
Paulo –A vacina contra a hepatite A, doença infecciosa aguda que atinge o
fígado, passa a fazer parte do calendário de imunização infantil do Sistema
Único de Saúde (SUS). Segundo o Ministério da Saúde, a meta é imunizar 95% do
público-alvo, cerca de três milhões de crianças – na faixa etária de um até
dois anos incompletos – em 12 meses. Com mais esta, o calendário passa a ter 14
vacinas de rotina, atendendo às recomendações da Organização Mundial de Saúde
(OMS). A data para início da vacinação será definida por cada estado. O
ministério investiu R$ 111 milhões na compra de 5,6 milhões de doses neste ano.
“A
partir do momento em que podemos reduzir cerca de 65% dos casos sintomáticos
desta doença e 59% dos óbitos, temos absoluta convicção quer é um investimento
que vale a pena ", destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ele
disse ainda que não se trata de uma vacina de campanha, e sim um imunobiológico
que entrou na rotina, permanecendo no calendário básico da criança.
Desde
2006, a taxa de incidência de hepatite A no Brasil tem apresentado tendência de
queda, atingindo 3,2 casos para cada 100 mil habitantes em 2013. De 1999 a
2013, foram registrados 151.436 casos. A maioria se concentra nas regiões Norte
e Nordeste do país, que juntas, representam 55,8% (84.501) das confirmações
neste período. As regiões Sudeste abrangem 16,4% (24.835); Sul 16,3% (24.684) e
Centro-Oeste 11,6% (17.566) dos casos do país.
O
ministério estima que com a vacina para hepatite A, ocorra uma queda de 64% dos
casos ictéricos da doença e de 59% das mortes. Em decorrência do agravamento da
doença foram registradas 761 mortes por Hepatite A em no período de 1999 a
2012.
A
hepatite A, na maioria dos casos, é uma doença benigna e de contágio simples,
pela água mal tratada ou alimentos mal lavados. A melhor forma de se evitar a
doença é melhorando as condições de higiene e de saneamento básico. De acordo
com a OMS, todos os anos ocorrem cerca de 1,4 milhão de casos da doença no
mundo. No Brasil, estima-se que ocorram por ano 130 novos casos a cada 100 mil
habitantes.
Outros tipos da
doença
Para
a hepatite B também há vacina, disponibilizada na rede pública de saúde.
Segundo a OMS, 240 milhões de pessoas no mundo têm a doença, que pode se tornar
crônica, dependendo da idade do infectado. As crianças são as mais afetadas. A
hepatite B é considerada doença sexualmente transmissível e o vírus está
presente no sangue, no esperma e no leite materno.
Cerca
de 150 milhões de pessoas no mundo têm o tipo C da doença, que é o mais grave,
pois não há vacina. A ação do vírus é lenta e silenciosa e, em 80% dos casos,
torna-se crônica em pouco tempo.
A
hepatite D é menos comum e depende da presença do vírus do tipo B para a
infecção.
Já
a hepatite E tem ocorrência rara no Brasil e é comum na Ásia e África. A
transmissão é fecal-oral (patógenos das fezes tem contato com a boca), mais
comum em áreas sem saneamento básico. A hepatite E pode induzir uma taxa de
mortalidade de 20% entre as mulheres grávidas em seu terceiro trimestre, segundo
a OMS.
Nenhum comentário:
Postar um comentário