Após quase mil mortes
por ebola, OMS declara emergência e lista medidas para conter vírus
Uma
das recomendações da OMS é uma melhor comunicação com as populações afetadas
BBC/
Brasil - 08/08/2014
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta sexta-feira uma emergência
internacional de saúde por conta da disseminação do vírus ebola, que já matou
mais de 930 pessoas neste ano no oeste da África. A entidade disse que uma
resposta internacional coordenada é essencial para interromper e reverter a
disseminação da doença.
As
medidas anunciadas pela OMS não incluem restrições a viagens internacionais ou
ao comércio. Mas os países-membros deverão preparar medidas para detectar,
investigar e administrar eventuais casos de ebola, incluindo em aeroportos,
segundo a OMS.
O
anúncio da OMS foi feito após uma reunião de emergência de dois dias na Suíça,
convocada para discutir o surto da doença.
Segundo
a agência, o surto de ebola, o pior da história, é "um evento
extraordinário". Até agora, somente foram detectados casos de transmissão
da doença neste ano em Serra Leoa, Guiné, Libéria e Nigéria, mas teme-se que o
vírus, que é altamente contagioso, possa se espalhar para outras partes do
mundo.
"As
possíveis consequências de uma disseminação internacional maior são
particularmente sérias em vista da virulência do vírus, dos padrões intensivos
de transmissão na comunidade e em áreas médicas, e dos fracos sistemas de saúde
nos países atualmente afetados e sob maior risco", disse a OMS num
comunicado.
Entre
as recomendações feitas pela OMS estão:
-
Aumento da vigilância para detectar potenciais casos
-
Informações atualizadas para as populações das áreas afetadas
-
Medidas efetivas para conter os riscos para os profissionais de saúde
Segundo
a organização, há muitos obstáculos nos países afetados, incluindo
"sistemas de saúde muito fracos" e a falta de profissionais, de
técnicos de laboratórios e de roupas de proteção. Mas para Keiji Fukuda, chefe
do setor de segurança de saúde da OMS, a disseminação do vírus ebola pode ser
contida com as medidas corretas para lidar com as pessoas infectadas.
"Essa
não é uma doença misteriosa. É uma doença infecciosa que pode ser
contida", disse. "Não é um vírus que é transmitido pelo ar",
afirmou.
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