(Ministério
da Saúde, 07/01/2014)
O
Ministério da Saúde, juntamente com estados e municípios, ampliou em 25% a
realização de mamografias para o público em geral e em 30% no grupo prioritário
nos últimos três anos. Em 2012 houve crescimento no Sistema Único de Saúde
(SUS) de 30% na realização de mamografias na faixa prioritária - de 50 a 69
anos - em comparação com 2010. Os procedimentos somaram 2,3 milhões no ano
passado, contra 1,7 milhão em 2010. No total, o número de exames realizados no
em 2012 atingiu a marca de 4,4 milhões, representando um crescimento de 25,4%
em relação a 2010 (3,5 milhões).
A
realização do exame nas mulheres das demais faixas etárias também teve
importante parcela nesse crescimento, aumentando em 18%, saindo de 1,7 milhão
(2010) para 2 milhões (2012). A previsão é que essa tendência de crescimento se
mantenha. Em novembro de 2013, o Ministério da Saúde publicou a portaria 1.253,
que traz novas regras que asseguram recursos para a realização do procedimento
em todas as faixas etárias.
A faixa
etária de 50 a 69 anos é definida como prioritária para a realização do exame
preventivo pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e seguida pelo Ministério da
Saúde diante da maior incidência da doença. Os países da Organização para a
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) também seguem esta recomendação.
São países que, como o Brasil, contam atualmente com uma Rede de Atendimento
estruturada para atender os pacientes com câncer, como Suécia, Dinamarca,
Canadá e Reino Unido.
Independente
de preconizar a faixa prioritária, o Ministério da Saúde também recomenda que
os médicos solicitem o exame da mamografia às pacientes - independente da idade
- que tenham histórico da doença na família, especialmente se uma ou mais
parentes de primeiro grau (mães e irmãs) tiveram a câncer de mama antes dos 50
anos. Nestes casos, a orientação é que as mulheres façam o acompanhamento
médico a partir dos 35 anos para que o profissional avalie, junto com a
paciente, os exames e os procedimentos que deverão ser feitos. Para garantir
esse atendimento, o Ministério da Saúde repassa mensalmente recursos para
pagamento dos procedimentos de média e alta complexidade aos gestores locais.
“O Ministério
da Saúde tem investido na melhoria do acesso da população em todo o país a
prevenção, exames e tratamentos do câncer. Por isso ampliamos o investimento
nesta área. Crescemos 30% em exames de mamografias entre as mulheres, mas
precisamos crescer ainda mais, acompanhando junto aos estados e municípios.
Incorporamos novos medicamentos para tratamento no SUS. Temos prioridade no
investimento dos serviços de diagnóstico e tratamento de câncer”, disse.
ASSISTÊNCIA
- Além
disso, o Ministério da Saúde ampliou o uso do medicamento rituximabe a
pacientes com linfoma não-Hodgkin folicular em tratamento no SUS. Atualmente,
seu uso está restrito ao tipo mais agressivo deste câncer (com células grandes
B). A medida beneficiará aproximadamente 1,5 mil pessoas. A portaria que
autoriza a ampliação foi publicada nesta segunda-feira (30 de dezembro) no
Diário Oficial da União (DOU). O rituximabe está entre os dez medicamentos mais
solicitados na justiça. Desde 2011, o SUS atendeu a 86 processos no valor de R$
3 milhões. O custo anual na compra deste medicamento será de R$ 28 milhões. O
Ministério da Saúde conseguiu negociar com a fabricante do medicamento redução
em R$ 10,9 milhões na aquisição do produto.
E houve
ainda a inclusão de outros medicamentos de alto custo ofertados gratuitamente
pelo SUS, como o mesilato de imatinibe (para o tratamento da leucemiamielóide
crônica e tumor do estroma gastrointestinal), o trastuzumabe (para tratar
câncer de mama), o l-asparaginase (para tratamento de linfoma linfoblástico) e,
agora, o rituximabe (usado no tratamento de linfomas). A ampliação veio
acompanhada de aperfeiçoamento na gestão dos insumos, que passaram a ser
comprados de maneira centralizada pelo Ministério da Saúde, reduzindo custos
com o ganho da escala de compras.
ACESSO
- O
Ministério da Saúde tem investido na melhoria do acesso da população à
prevenção, exames e tratamentos do câncer. De 2010 a 2012, o investimento do
Governo Federal em oncologia disparou 26% - de R$ 1,9 bilhão para R$ 2,4
bilhões. Com estes recursos, foi possível ampliar em 17,3% no número de sessões
de radioterapia, saltando de 7,6 milhões para mais de nove milhões. Para a
quimioterapia houve aumento de 14,8%, passando de 2,2 milhões para 2,5 milhões.
Para
ampliar ainda mais o acesso ao tratamento do câncer no país, o Ministério
da Saúde vai criar, até 2014, 41 novos centros de radioterapia em todo o país,
especialmente no interior do Brasil. Além da ampliação de 39 serviços
existentes. O investimento do Ministério da Saúde é de R$ 505 milhões. Com a
conclusão de compra de 80 aceleradores lineares, o Ministério da Saúde pretende
ampliar em 25% a oferta de radioterapia no SUS.
INVESTIMENTOS
– O Plano
Nacional de Prevenção, Diagnóstico e Tratamento do Câncer de Colo do Útero e de
Mama, criado em 2011, pela presidenta Dilma Rousseff, investirá R$ 4,5 bilhões
de 2011 a 2014 no diagnóstico precoce, tratamento e ampliação da rede de
assistência aos pacientes com câncer.
O
orçamento da Saúde triplicou nos últimos dez anos, passando de R$ 28,3 bilhões
em 2002 para mais de R$ 100 bilhões, em 2013. Este crescimento permitiu ao
Ministério, além de incorporar novas tecnologias e medicamentos para o
tratamento de mulheres com câncer de mama, ampliar os investimentos em
programas estratégicos como Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), além da expansão da Atenção Básica, e a
oferta de outros medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma.
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