Coito
programado: o método mais simples de fertilização
O método é indicado para
mulheres com problemas na produção de óvulos
(Por Nathalie Ayres, Minha
Vida.com)
O que é Coito Programado?
O coito programado é um
método de fertilização que utiliza medicamentos para estimular a produção de
óvulos na mulher, programando a ovulação e assim aumentando as chances de
engravidar. Depois que o procedimento é feito, o casal se programa para ter a
relação sexual nesse período em que a mulher produz mais óvulos. A técnica foi
criada na década de 60 e já está disponível no Brasil desde a década de 70,
sendo considerado um dos métodos de reprodução humana mais antigos.
Outro nomes
Indução de ovulação.
Como é feito o Coito Programado?
Como é feito o Coito Programado?
Para estimular os ovários e
induzir a ovulação, são usados medicamentos administrados a partir do início do
ciclo menstrual. Existem dois tipos, os administrados por via oral, como o
citrato de clomifeno, ou através de injeções subcutâneas, o caso das
gonadotrofinas, que agem diretamente nos folículos do ovário, o local onde o
óvulo se desenvolve. A dosagem do remédio é individual, e varia de acordo com
fatores como idade, número de folículos ovarianos, peso e altura.
O ideal é que no máximo três
folículos sejam estimulados. Durante o uso dos medicamentos, é feito um
acompanhamento do crescimento folicular por meio de ultrassonografias em série
e exames com dosagens hormonais. Assim que os folículos atingem um tamanho
considerado adequado, aplica-se a injeção subcutânea do hormônio hCG, que
permite que a ovulação ocorra entre 36 e 40 horas depois. Dentro desse período
o casal deve ter relações sexuais, e em 15 dias já é possível fazer o teste de gravidez
para verificar se houve sucesso no método.
Duração do tratamento
O tratamento com a medicação
dura em média 15 dias, contando com o início da medicação, iniciada no segundo
ou terceiro dia do ciclo menstrual, até o dia da relação sexual programada.
Após 15 dias, a mulher já pode realizar o teste de gravidez. Se o resultado for
negativo, é possível retomar o tratamento no próximo ciclo menstrual.
Uso da medicação
Os remédios orais são
utilizados por cinco dias consecutivos. Já as injeções são aplicadas por dez
dias consecutivos em média, podendo variar entre 8 a 12 dias, de acordo com o
ciclo menstrual da mulher. A aplicação da injeção é subcutânea e pode ser feita
na região mais gordurosa da barriga ou da coxa, por exemplo, pela própria
paciente ou pelo parceiro, já que o processo não é doloroso.
O acompanhamento do crescimento dos folículos é feito quatro dias após a primeira ingestão do remédio ou a primeira injeção, com uso de ultrassonografias em série e exames com dosagens hormonais. Depois ele é realizado dia sim e dia não, até o momento da ovulação.
O acompanhamento do crescimento dos folículos é feito quatro dias após a primeira ingestão do remédio ou a primeira injeção, com uso de ultrassonografias em série e exames com dosagens hormonais. Depois ele é realizado dia sim e dia não, até o momento da ovulação.
Efeitos adversos da
medicação
É comum que a mulher sinta
desconforto abdominal, cólicas leves, inchaço, irritabilidade, dor nas mamas e
de cabeça por um tempo. Os médicos garantem que não há risco de desenvolvimento
de câncer nos ovários, até porque os medicamentos são administrados por um
curto período.
Para quem o Coito Programado
é indicado
O método normalmente é
indicado para casais que não consigam ter filhos por problemas de ovulação, mas
que tenham exames comprovando que o sêmen e as tubas uterinas estão normais.
Isso é avaliado a partir do histórico da paciente, em que ela descreve seus
ciclos menstruais de acordo com o número de dias da menstruação e o intervalo
entre os sangramentos. Depois disso, são feitos também exames hormonais,
avaliação das trompas realizada pela histerossalpingografia e ultrassonografia
transvaginal na mulher. No homem é indicada avaliação do sêmen pelo espermograma.
Algumas mulheres com
histórico de raras menstruações ou com síndrome dos ovários policísticos podem
apresentar resistência aos medicamentos, não conseguindo estimular os
folículos.
Preparação para o Coito
Programado
Toda mulher que deseja
engravidar precisa ter cuidados anteriores à gestação, como estar com o peso
correto, ter as vacinas em dia, evitar excessos de bebida alcoólica, não fumar,
usar ácido fólico e controlar doenças crônicas como diabetes e
hipertensão.
Cuidados complementares
Para ter mais chances de
sucesso, é preciso utilizar os medicamentos de indução nos horários corretos,
principalmente no caso dos injetáveis.
O que esperar do Coito
Programado
A porcentagem de sucesso do
método gira em torno de 20 a 25% dos casos. Normalmente essa taxa diminui
conforme a idade da mulher, principalmente após os 35 anos. Isso ocorre porque
são usados os óvulos naturais da mulher, que como já existem nos ovários desde
o nascimento dela, acabam envelhecendo, podendo gerar embriões inviáveis devido
a alterações genéticas ou malformações.
Os especialistas indicam até
três tentativas, que podem ser feitas consecutivamente sem prejuízos para a
saúde da mulher. Se mesmo assim o casal não conseguir engravidar, os médicos
costumam indicar outros métodos, que tem porcentagens maiores de sucesso, como,
por exemplo, a inseminação artificial.
Riscos do Coito Programado
Existe o risco de 10% de uma
gestação gemelar, pois mais de um folículo é estimulado. E toda gravidez que
envolve mais de uma criança traz perigos tanto para os fetos quanto para a
própria mãe, pois há maiores riscos de parto prematuro e complicações como pré-eclâmpsia,
diabetes, anemia.
Pode ocorrer também a chamada Síndrome da Hiperestimulação do Ovário (SHO), quando há aumento da produção de estradiol decorrente do desenvolvimento excessivo de folículos, causando inchaço e aumentando o risco de trombose, principalmente se a fecundação ocorrer. Porém o quadro é menos comum no Coito Programado, ocorre em cerca de 1% dos casos, já que os remédios são usados em doses menores do que na Fertilização In Vitro, por exemplo.
Os medicamentos para indução de ovulação podem ser obtidos em farmácias sem receita médica. Porém, caso a mulher decida usá-los por contra própria, sem a avaliação de um especialista, estará exposta a diversas complicações, como desconfortos físicos devido à dosagem errada do medicamento e gestações múltiplas de até quádruplos ou quíntuplos.
Pode ocorrer também a chamada Síndrome da Hiperestimulação do Ovário (SHO), quando há aumento da produção de estradiol decorrente do desenvolvimento excessivo de folículos, causando inchaço e aumentando o risco de trombose, principalmente se a fecundação ocorrer. Porém o quadro é menos comum no Coito Programado, ocorre em cerca de 1% dos casos, já que os remédios são usados em doses menores do que na Fertilização In Vitro, por exemplo.
Os medicamentos para indução de ovulação podem ser obtidos em farmácias sem receita médica. Porém, caso a mulher decida usá-los por contra própria, sem a avaliação de um especialista, estará exposta a diversas complicações, como desconfortos físicos devido à dosagem errada do medicamento e gestações múltiplas de até quádruplos ou quíntuplos.
Contraindicações do Coito
Programado
O tratamento como um todo
tem as mesmas contraindicações de uma gravidez natural. Mulheres com doenças
que podem ser potencializadas durante a gestação, como doenças cardíacas e
renais, que tenham distúrbios genéticos e doenças infecciosas que podem ser
transmitidas aos filhos, devem evitar a gravidez.
O uso dos medicamentos para indução de ovulação é contraindicado para mulheres com câncer ovariano, uterino ou mamário, doenças crônicas no fígado e tumores do hipotálamo ou da glândula pituitária.
O uso dos medicamentos para indução de ovulação é contraindicado para mulheres com câncer ovariano, uterino ou mamário, doenças crônicas no fígado e tumores do hipotálamo ou da glândula pituitária.
Onde ter acesso ao
tratamento
Por ser um dos procedimentos
mais simples de reprodução assistida, pode ser encontrado na maior parte das
clínicas. Um ginecologista que saiba realizar ultrassonografia transvaginal e
trabalhe com endocrinologia reprodutiva está apto a realizar uma indução de
ovulação. Porém, ter uma indicação de conhecidos é sempre indicado para qualquer
escolha de um profissional de saúde.
Fontes consultadas:
Fontes consultadas:
Ginecologista especialista
em fertilização Augusto Bussab (CRM-SP 98.488), de São Paulo;
Ginecologista especialista
em reprodução humana Cláudia Gomes (CRM-SP 114.419), da Huntington Medicina Reprodutiva;
Ginecologista especialista
em infertilidade Renato Tomioka (CRM-SP 130.201), da Clínica Vida BemVinda, de
São Paulo.
*** PROSPERIDADE AO CASAL!!!
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