Governo
fecha parcerias para produção de 19 remédios e duas vacinas
Agência Brasil, 31/10/2012.
Por Paula Laboissière
-Repórter. Edição: Carolina Pimentel.
Brasília – Os
ministérios da Saúde, da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior assinaram hoje (31) acordos para formalizar 20
novas parcerias de Desenvolvimento Produtivo que vão resultar na produção
nacional de 19 remédios e duas vacinas.
As parcerias envolvem
29 laboratórios (12 públicos e 17 privados) e contemplam 11 classes
terapêuticas de medicamentos, entre elas, contra asma, contra mal de Parkinson,
doenças psiquiátricas, distúrbios hormonais, câncer, além de antirretrovirais e
hemoderivados.
O ministro da Saúde,
Alexandre Padilha, destacou a produção de um medicamento considerado de última
geração indicado para o tratamento da hemofilia A, o Fator 8 Recombinante. No
decorrer dos próximos cinco anos, a Empresa Brasileira de Hemoderivados e
Biotecnologia (Hemobrás) deverá passar a produzir o remédio, que será usado por
cerca de 10 mil hemofílicos.
De acordo com a pasta,
a maior parte dos remédios contemplados nas parcerias é importada pelo e
ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS). No caso do medicamento contra câncer,
Docetaxel, e das vacinas tetraviral e hepatite A, a previsão é que passem a
estar disponíveis na rede pública a partir de 2013.
“Isso significa uma
economia de R$ 940 milhões por ano para o ministério. Esse esforço de economia
e de combate ao desperdício permite incorporar novos medicamentos ao SUS.
Saímos de 500 tipos de medicamentos ofertados em 2011 para mais de 800 em
2012”, disse Padilha.
A pasta analisa ainda a
possibilidade de incluir a vacina contra o vírus do papiloma humano (HPV) no
SUS e pediu que laboratórios públicos e particulares apresentem, até 1º de
dezembro, propostas de parceria para transferência de tecnologia.
Pelos acordos firmados
hoje, os laboratórios estrangeiros se comprometem a transferir aos brasileiros
tecnologia para a produção nacional dos remédios e vacinas, dentro de um prazo
de cinco anos. Como contrapartida, o governo federal vai garantir exclusividade
na compra desses produtos, pelo valores cotados no mercado mundial, durante o
mesmo período.
Com os 20 acordos,
completam-se 55 parcerias de Desenvolvimento Produtivo em vigor no país que
possibilitam a produção nacional de 47 medicamentos, cinco vacinas, um
contraceptivo, um teste rápido e um acordo para pesquisa.
Cada parceria é
acompanhada e avaliada periodicamente, segundo o ministério. Caso seja
comprovado o descumprimento de alguma etapa prevista no cronograma de execução,
o acordo pode ser cancelado. Em seguida, o ministério reabre o processo de
análise e aprovação de parceria para a produção do mesmo medicamento.
A estimativa é que as
parcerias atuais resultem em uma economia anual aproximada de R$ 2,5 bilhões
para os cofres públicos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário