Alternativa à vasectomia, gel contraceptivo masculino é aprovado em testes com macacos
Sem contraindicações, substância é injetada e bloqueia passagem dos espermatozoides
(Por BBC – 07/02/17. Editado por R7.com)
Pesquisadores
da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, concluíram, com
sucesso, testes em macacos de um novo tipo de contraceptivo masculino
em formato de gel.
Segundo
os especialistas, o medicamento não tem contraindicações e não
modifica a produção de hormônios masculinos.
O
gel foi aplicado em 16 macacos machos adultos, 10 dos quais já
tinham sido pais. Os animais foram monitorados durante uma semana com
o remédio e liberados em seguida com fêmeas férteis.
O
acasalamento ocorreu, mas nenhuma das fêmeas ficou grávida ao longo
do estudo, que incluiu dois períodos de reprodução completa para
alguns animais.
Chamada
de Vasalgel, a substância é injetada no canal que leva os
espermatozoides ao pênis e bloqueia sua passagem — a exemplo do
que ocorre na vasectomia.
Segundo
os especialistas, o gel pode funcionar por até 10 anos.
Os
médicos disseram que querem iniciar testes em humanos nos próximos
anos. Se aprovado, o novo método será o primeiro novo contraceptivo
masculino a chegar ao mercado em muitas décadas.
Atualmente,
homens têm duas opções principais de contraceptivo — a camisinha
(que também previne doenças) ou a operação de esterilização —
a vasectomia — para bloquear o caminho dos espermatozoides ao
pênis.
Os
especialistas afirmam que o Vasalgel tem a vantagem de poder ter seu
efeito revertido com uma simples injeção de bicarbonato de sódio
nos mesmos canais.
Em
teoria, essa outra injeção deve dissolver o gel — o que funcionou
em testes iniciais com coelhos. Pesquisadores, no entanto, ainda têm
de provar o mesmo efeito em macacos e no homem.
A
vasectomia pode ser reversível, mas a operação é complicada e não
tem garantia de sucesso.
A
ideia do Vasalgel não é nova. Outro experimento semelhante com gel
contraceptivo masculino também está sendo testado em homens na
Índia. A diferença é que o Vasalgel não foi projetado para
desabilitar o espermatozoide — como é o caso do outro gel,
batizado de RISUG.
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