Saiba o que é e o que
causa a microcefalia
(Por
Camila Kosachenco - Diário Catarinense 25/11/2015)

Em
coletiva realizada na manhã desta terça-feira, em Brasília, o Ministério da
Saúde apresentou os números referentes aos casos de dengue, chikungunya, zika e
microcefalia no país. Os dados fazem parte do Levantamento Rápido de Índice Aedes
aegypti (LIRAa).
De
acordo com a pasta, há 739 casos suspeitos de microcefalia, má-formação que faz
com que o cérebro não se desenvolva corretamente. De acordo com o ministro, há
90% de chance de as ocorrências da condição terem relação com zika vírus,
doença que, assim como a dengue e a chikungunya, é transmitida pelo mosquito
Aedes aegypti. Em Santa Catarina, ainda não foi registrado nenhum caso de zika
e não há casos de microcefalia em investigação pelo Ministério da Saúde.
PERGUNTAS E
RESPOSTAS
O QUE É A MICROCEFALIA?
É
uma má-formação congênita que faz com que a cabeça de um recém-nascido meça
menos de 33 centímetros, o que significa que o cérebro não se desenvolveu da
maneira correta. Após o nascimento, os bebês são submetidos a três exames de
rotina, segundo o neonatologista do Hospital São Lucas da PUCRS Manoel Ribeiro.
Um deles consiste em medir o perímetro encefálico da criança.
O QUE OCASIONA A
MICROCEFALIA?
A
condição pode ser ocasionada por diversos fatores, como substâncias químicas
que a mãe ingere durante a gestação ou quando é infectada por bactérias e vírus.
Conforme Ribeiro, as causas mais comuns são a toxoplasmose e a rubéola.
HÁ SEQUELAS?
Como
o cérebro não se desenvolve, há um risco muito grande de a má-formação refletir
em quadros de retardo mental ou atraso no desenvolvimento neuropsicomotor da
criança.
HÁ TRATAMENTO?
Não
existe tratamento, mas é possível minimizar as sequelas com acompanhamento
pediátrico e neurológico.
COMO É FEITO O
DIAGNÓSTICO?
Ribeiro
afirma que a microcefalia só pode ser diagnosticada após o nascimento. Durante
o pré-natal, exames como ecografia, por exemplo, são capazes de apontar uma
alta probabilidade para a má-formação.
QUAIS ESTADOS
REGISTRAM O MAIOR NÚMERO DE CASOS DE MICROCEFALIA?
Segundo
dados divulgados ontem, Pernambuco tem 487 casos suspeitos. Paraíba, 96;
Sergipe, 54; e Rio Grande do Norte, 47. Ao todo, são 739 casos suspeitos em
todo o Brasil.
ESTÁ CONFIRMADO QUE O
ZIKA VÍRUS É O CAUSADOR DO AUMENTO DE CASOS DE MICROCEFALIA NO PAÍS?
Não.
No entanto, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, afirmou que as chances de o
vírus estar relacionado com o surto de microcefalia são de 90%. Os casos estão
sendo investigados. A única evidência concreta até agora foi o genoma do vírus
encontrado em duas gestantes da Paraíba que tiveram confirmação de
microcefalia.
QUEM É O TRANSMISSOR
DO ZIKA?
O
mosquito Aedes aegypti, que também transmite a dengue e a chikungunya.
SAIBA O QUE FAZER
A
zika, a dengue e a chikungunya são doenças virais transmitidas exclusivamente
pela picada do mosquito Aedes aegypti. Não há transmissão entre pessoas.
ONDE
PROCURAR AJUDA?
A
orientação é se deslocar até uma unidade de saúde assim que uma pessoa
apresentar sintomas de qualquer uma das doenças.
COMO
COMBATER AS DOENÇAS?
O
controle é feito com o extermínio do mosquito Aedes aegypti. Ele se desenvolve
em locais com água parada. É fundamental o envolvimento da população para
evitar sua proliferação. Para isso, recipientes que acumulam água devem
permanecer fechados ou com a boca virada para baixo. Também é imprescindível
autorizar a entrada dos agentes de combate à dengue em casa. Eles usam uniforme
e são devidamente identificados.
COMO
OCORRE A CONTAMINAÇÃO?
O
mosquito pica uma pessoa com um dos vírus e é infectado. Ao picar outra pessoa,
transmite a doença, que não é passada de uma pessoa para a outra. O mosquito
costuma atacar no início da manhã e no final da tarde.
SAIBA COMO EVITAR A PROLIFERAÇÃO DO MOSQUITO
Para saber mais informações sobre o zika vírus e as diferença de sintomas para dengue e chikungunya, acesse www.dengue.sc.gov.br
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