segunda-feira, 20 de outubro de 2014

NOTÍCIA: ACESSO DE PRESOS AOS PROGRAMAS DO SUS

Ministério da Saúde garante acesso de presos aos programas do SUS
Agência Brasil, 20/10/2014. Por Paula Laboissière. Edição: Armando Cardoso


Portaria do Ministério da Saúde, publicada hoje (20) no Diário Oficial da União, aprova a adesão de estados e municípios à Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisional. Foram contemplados os estados de Alagoas, Pernambuco e da Bahia. Entre os municípios, a portaria inclui Canoas e São Gabriel (RS), Araguatins do Tocantins, Miracema do Tocantins, Dianópolis, Babaçulândia, Lajeado e Pedro Afonso (TO), Rialma (GO), Manaus (AM), Mossoró (RN), Belém (PA) e Alto Alegre do Maranhão (MA).

A política entrou em vigor em janeiro deste ano, com o objetivo de garantir o acesso de pessoas privadas de liberdade no sistema prisional ao cuidado integral do Sistema Único de Saúde (SUS).

Conforme o ministério, a estratégia permite que o serviço de saúde no sistema prisional passe a ser referência da Rede de Atenção à Saúde do SUS, qualificando a atenção básica no âmbito prisional como a principal porta de entrada do sistema.


A portaria destaca que a transferência de recursos financeiros para estados e municípios contemplados está condicionada à habilitação de equipes de saúde no sistema prisional. Elas precisarão ser cadastradas previamente no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde.

NOTÍCIA: INOVAÇÃO PARA DIMINUIR INFECÇÕES HOSPITALARES

Inovação brasileira pode diminuir número de infecções hospitalares
FINEP, 10/10/2014


No Brasil, uma média de 100 mil pessoas morrem por ano em decorrência de doenças contraídas dentro de hospitais. Contudo, essa realidade pode mudar graças a uma inovação desenvolvida por uma empresa brasileira, apoiada com R$ 4 milhões pelo fundo Cventures, que tem a Finep como um de seus investidores. Localizada no Sapiens Parque, em Florianópolis-SC, a Neoprospecta desenvolveu uma tecnologia capaz de fazer diagnósticos microbiológicos em larga escala, utilizando sequenciamento de DNA.

“Nossa plataforma representa o futuro da análise biológica”, afirma Marcos Oliveira de Carvalho, diretor-presidente da empresa, ressaltando a importância da realização de uma “auditoria microbiológica dentro dos hospitais”: “Devido às limitações da tecnologia atual, não é possível controlar todas as bactérias presentes neste tipo de ambiente. Já descobrimos, por exemplo, que os jalecos dos médicos geralmente são contaminados porque não são retirados na hora do almoço”.

O método aplicado pela Neoprospecta não utiliza as chamadas placas de cultura – utilizadas para analisar as bactérias –, o que torna o processo mais rápido e específico, além de menos custoso. Segundo Oliveira, a escala de análise criada pela empresa é infinitamente maior do que a utilizada no método tradicional. “Enquanto é possível analisar somente uma espécie por vez através das placas de cultura, conseguimos verificar milhares de espécies em apenas uma amostra com as nossas plataformas, porque vamos direto ao DNA da bactéria”, explica.

Recorrentes no Brasil, as infecções hospitalares são um problema comum no mundo todo. Nos Estados Unidos, por exemplo, segundo estimativas dos Centros de Prevenção de Controle de Doenças, de 5% a 10% dos pacientes internados desenvolvem alguma infecção associada ao atendimento.

* Atuação em outros segmentos

Com três hospitais particulares como clientes em três estados diferentes (São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais), a Neoprospecta também pretende atuar em outras frentes. Oliveira explica que atualmente a empresa trabalha com duas plataformas: a Epiome, específica para uso hospitalar, e a Neobiome, que pode ser usada em diversos segmentos. De acordo com ele, no setor alimentício, por exemplo, uma empresa que fornece carne bovina normalmente colhe as amostras de somente uma entre 15 carcaças de boi que serão comercializadas, o que aumenta o risco de contaminação do alimento. “Com a nossa plataforma, é possível aumentar a intensidade desse controle de qualidade, analisando todas as carcaças com custo e tempo menores”.  

Até o ano que vem, conta o executivo, a Neoprospecta pretende começar a comercializar kits de coleta e análise para pessoas físicas e pequenas empresas: “a ideia é que o usuário final encomende o material pela internet, faça a coleta e receba a análise de forma digital”. 




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