sábado, 19 de outubro de 2013

REFLEXÃO: TEMPO, POR VINÍCIUS DE MORAES

Homenagem pelo Centenário -  Vinícius de Moraes


"Meu tempo é quando"



Poética, Nova Iorque, 1966

MENSAGEM: SONETO DE FIDELIDADE - VINÍCIUS DE MORAES

CANÇÕES, Rio de Janeiro , 1946 - Vinícius de Moraes



*** Soneto de fidelidade

"De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento" 

De tudo, ao meu amor serei atento 
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto 
Que mesmo em face do maior encanto 
Dele se encante mais meu pensamento 

Quero vivê-lo em cada vão momento 
E em seu louvor hei de espalhar meu canto 
E rir meu riso e derramar meu pranto 
Ao seu pesar ou seu contentamento 

E assim quando mais tarde me procure 
Quem sabe a morte, angústia de quem vive 
Quem sabe a solidão, fim de quem ama 

Eu possa lhe dizer do amor (que tive): 
Que não seja imortal, posto que é chama 

Mas que seja infinito enquanto dure

ARTIGO: DORMIR FAZ BEM À SAÚDE

Dormimos para o cérebro fazer faxina de toxinas, diz estudo
Ambiente Brasil, Clipping - 18 / 10 / 2013


Um estudo americano mostrou que o cérebro faz uma espécie de “faxina” das toxinas deixadas para trás após um dia de “trabalho pesado”, quando se pensa bastante. A “limpeza” seria uma das principais razões para o sono, segundo os pesquisadores.

O estudo liderado pela pesquisadora Maiken Nedergaard e publicado na revista Science mostrou que as células do cérebro, provavelmente as neuróglias, encolhem, abrindo espaço entre os neurônios, permitindo que um fluído “lave” o cérebro.

A pesquisa do Centro Médico da Universidade de Rochester, no Estado de Nova York, sugere ainda que distúrbios cerebrais podem estar relacionados à “falhas” nesse tipo de “limpeza”.

Já se sabe que o sono desempenha um papel importante na fixação da memória e no aprendizado. Os pesquisadores da universidade americana agora acreditam que a “faxina cerebral” é uma das principais razões do sono.

“O cérebro tem energia limitada e precisa escolher entre dois estados funcionais – ou está acordado e atento, ou dormindo e fazendo a faxina”, disse Nedergaard.

“É como uma festa em casa. Ou você recebe os convidados, ou limpa a casa. Não dá para fazer os dois ao mesmo tempo”, disse.

Bombeamento – O estudo descobriu a “faxina” a partir de uma descoberta anterior, feita no ano passado – a de que existe uma rede de dutos que retira a “sujeira” do cérebro, nomeada pelos cientistas como “sistema glymphatic” (ainda não há tradução do termo em português). Os pesquisadores observaram o sistema glymphatic de ratos e viram que ele era dez vezes mais ativo durante o sono.

Células do cérebro, provavelmente as neuróglias, encolhem durante o sono, aumentando o espaço entre o tecido cerebral, permitindo o bombeamento de mais fluído e a limpeza das toxinas. Para a professora Nedergaard, esta é uma função “vital” para se manter vivo, mas aparentemente só ocorre durante o sono.

“O que vou dizer é puramente especulação, mas parece que o cérebro perde muita energia bombeando água nele mesmo, função que é provavelmente incompatível com o processamento de informação”, disse. A professora disse que a dimensão da descoberta só poderá ser medida após testes com humanos.

A BBC ouviu um cientista independente para comentar a descoberta. Neil Stanley disse que “já há dados importantes sobre as razões psicológicas para dormir, como memória e aprendizado”. “Mas esta (faxina) é uma razão química e física de verdade, algo importante”, disse.

Doenças que levam à perda de células cerebrais, com as doenças de Parkinson e Alzheimer, surgem com a disseminação de proteínas danificadas no cérebro. Os pesquisadores sugerem que problemas no mecanismo de limpeza do cérebro podem estar relacionados a estas doenças, mas alertam que ainda é necessário mais pesquisa. (Fonte: Terra)

RECEITA: SALADA DE MANGA COM CAMARÕES

Salada de Manga com Camarões
(Mais Equilíbrio.com)


Ingredientes

- 1 repolho pequeno
- 500g de camarão cinza limpo
- 2 pimentões vermelhos médios
- 2 copos de iogurte natural desnatado
- 1 xícara (chá) de salsinha
- 3 mangas sem casca
- 1 colher (sopa) de suco de limão
- 1 colher (sopa) de molho de pimenta vermelha
- 1/4 colher (sopa) de sal

Modo de preparo

Tempere os camarões e cozinhe rapidamente, até que fiquem opacos.
Corte finamente o repolho, corte os camarões ao meio e corte as mangas em tiras.
Combine os vegetais, a manga e os camarões.
Adicione iogurte, sal, molho de pimenta, salsinha e suco de limão.
Misture bem e deixe na geladeira até a hora de servir.

Valor Nutricional/ Porção

1 porção = 177g
número de porções = 10
calorias = 84kcal
carboidratos = 12,39g
proteínas = 7,07g

lipídios = 0,47g

Bom Apetite!!!

ARTIGO: PERIGO AO FUMAR DURANTE A GRAVIDEZ

Fumar durante a gravidez pode causar problemas emocionais no bebê
(Veja.com. 07/10/2013)


Segundo nova pesquisa, crianças expostas ao cigarro ainda no útero materno apresentam problemas do neurodesenvolvimento e têm um risco maior de sofrer depressão e ansiedade. Fumar durante a gravidez, independentemente do número de cigarros por dia, altera de forma negativa o desenvolvimento cerebral do bebê, o que pode levar a uma série de problemas comportamentais e emocionais ao longo da infância, como depressão e ansiedade. Essa foi a conclusão de um estudo realizado na Holanda e publicado nesta segunda-feira no periódico Neuropsychopharmacology.  

CONHEÇA A PESQUISA


- Onde foi divulgada: periódico Neuropsychopharmacology

- Quem fez: Hanan El Marroun, Marcus N. Schmidt, Ingmar H.A. Franken​, Vincent W.V. Jaddoe, Albert Hofman, Aad van der Lugt, Frank C. Verhulst, Henning Tiemeier e Tonya White     

- Instituição: Centro Médico da Universidade Erasmus, na Holanda

- Dados de amostragem: 113 crianças de seis a oito anos cujas mães fumaram durante a gravidez

- Resultado: Filhos de mulheres que continuaram fumando durante a gravidez apresentam um menor volume de áreas importantes do cérebro e são mais propensos a sofrer depressão ou ansiedade em comparação com crianças cujas mães abandonaram o cigarro na gestação.
No artigo, os pesquisadores explicam que o cigarro provoca estreitamento das veias da gestante que são responsáveis por levar nutrientes e oxigênio ao feto. Com isso, o bebê acaba recebendo uma quantidade de nutrientes e oxigênio menor do que o necessário para um desenvolvimento considerado normal, o que acaba comprometendo algumas áreas do cérebro.

Pesquisa — Para avaliar os efeitos da exposição pré-natal ao tabaco, os cientistas reuniram um grupo de 113 crianças com idades entre seis e oito anos. As mães de 17 dessas crianças haviam deixado de fumar quando souberam que estavam grávidas, mas o restante manteve o hábito ao longo da gestação.

As crianças foram submetidas a exames de ressonância magnética e tiveram seus comportamentos analisados. De acordo com os resultados, as crianças cujas mães fumaram durante a gravidez, em comparação com as outras, apresentavam, em geral, um menor volume de massa cinzenta e branca no cérebro. A massa cinzenta é a parte do cérebro que possui o corpo das células nervosas e inclui regiões envolvidas no controle muscular, memória, emoções, fala e percepção sensorial, tais como ver e ouvir. Já na massa branca, há fibras que conectam regiões envolvidas no processamento das emoções, atenção, tomada de decisão e controle cognitivo.

A pesquisa ainda mostrou que essas crianças também apresentavam mais problemas emocionais, como depressão e ansiedade, do que aquelas cujas mães abandonaram o cigarro na gravidez. Na opinião dos pesquisadores, esse trabalho é mais um a reforçar a importância do fim do tabagismo durante a gravidez como forma de prevenir problemas do neurodesenvolvimento no bebê.

Opinião do Especialista

Rosangela Garbers (Pediatra e membro do Conselho Científico do Departamento de Neonatologia da Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP).

"Pela prática médica, nós já sabemos que fumar prejudica o bebê. Os filhos de mulheres que fumaram enquanto estavam grávidas geralmente nascem de 700 gramas a um quilo mais leves do que os outros. Isso é muito ruim, pois é uma diferença grande para um recém-nascido. E trata-se da perda de volume no cérebro. 



O que não sabemos ainda - e o que essa pesquisa ajuda a mostrar - são os efeitos a longo prazo dessa perda de volume, qual o impacto no comportamento dessas crianças. Vale lembrar também que o filho de uma fumante passiva está sujeito aos mesmos efeitos que o filho de uma fumante ativa: se a grávida não fuma, mas convive no mesmo ambiente que um fumante, e inala fumaça, as consequências para o bebê serão as mesmas. Por isso, a grávida precisa tomar muito cuidado."

CAMPANHA: CONTRA O TRÁFICO DE ANIMAIS SELVAGENS

Campanha tenta conscientizar população contra o tráfico de animais
(25/09/2013 - Da Agência Brasil - Edição: Marcos Chagas)


Brasília- O Conselho Federal de Medicina Veterinária apresentou, hoje (25), a Campanha Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Selvagens. Ela será iniciada no próximo domingo em várias capitais brasileiras com o “Dia de Conscientização” e terá a duração de um ano. O objetivo principal é conscientizar a sociedade para o combate ao tráfico de animais e impedir o avanço desse crime.

Segundo o presidente da Comissão Nacional de Animais Selvagens, Rogério Lange, a finalidade da campanha é despertar a opinião pública sobre os danos promovidos aos animais selvagens, o prejuízo que essa prática ilegal representa na redução da diversidade da fauna e o risco de doenças nas famílias que adotam animais selvagens como animais de estimação.

“As pessoas que tem animais de estimação de origem selvagem, tem porque gostam de animais, é um amor que causa um dano incomensurável, esse é o alerta que a gente quer fazer, é um amor madrasto que não deve seguir nesse rumo”, disse Rogério Lange.

Segundo o último estudo feito em 2001 pela Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Selvagens (Renctas), 38 milhões são retirados da natureza todo ano, isso equivale a 400 animais por dia, sendo que 90% morrem antes mesmo de chegarem ao destino final. O estudo ressalta as péssimas condições impostas pelos traficantes a esses animais.

A Renctas cita, por exemplo, as formas precárias de captura, o estresse a que são submetidos os animais, as más condições de alimentação e de transporte. Este semestre, em Brasília, foram apreendidos cerca de 1 mil animais, quantidade quase 20% superior às ocorridas no mesmo período de 2012.

Além de reduzir e eliminar a quantidade de espécies da nossa fauna, o tráfico compromete o equilíbrio do ecossistema. Outra preocupação é com a saúde do homem, já que algumas doenças contagiosas são de origem animal.

A campanha será desenvolvida em zoológicos, praças públicas e em parques e terá a presença de médicos veterinários e zootecnistas esclarecendo a sociedade com distribuição de cartilhas para que as pessoas possam entender melhor o que significa o tráfico de animais.


Em Brasília, a programação começa às 9h de domingo (29) no zoológico, onde haverá uma estrutura montada com médicos veterinários e zootecnistas dando informações de como combater e denunciar o tráfico e dos os riscos das doenças. A programação também terá atividades infantis como contadores de história, pinturas de rosto e entrega de cartilhas para crianças.

NOTÍCIA: EQUIPAMENTOS DE RAIO X DIGITAL - TECNOLOGIA BRASILEIRA

USP desenvolve equipamento de raios X digital com tecnologia brasileira
(Por Elton Alisson, Agência FAPESP - 16/10/2013)
Pesquisadores do Centro de Pesquisas em Óptica e Fotônica (Cepof) do Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com colegas do Instituto Atlântico, de Fortaleza (CE), e em parceria com a indústria Gnatus, de Ribeirão Preto, estão desenvolvendo o primeiro protótipo de um equipamento para realização de exames de raios X digital com tecnologia brasileira.
Voltado para aplicação em odontologia – por ser uma das áreas da saúde que mais demandam a utilização de raios X –, o equipamento possibilitará o desenvolvimento no Brasil dessa nova tecnologia, ainda dominada por poucos países, que está transformando o modo como a radiologia é feita no mundo, avaliam os pesquisadores participantes do projeto.
“A radiologia digital está só começando. Sabemos que já há uma demanda enorme por essa tecnologia no Brasil e que as placas radiográficas utilizadas hoje para a realização de exames com raios X entrarão em desuso. Por isso, pretendemos auxiliar o sistema de saúde do país a realizar a substituição tecnológica”, disse Vanderlei Bagnato, professor do IFSC e coordenador do Cepof, umCentro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), da FAPESP.
De acordo com Bagnato, o equipamento é um scanner a laser que desempenha a mesma função dos fabricados por poucas indústrias de equipamentos na área da saúde no mundo e já utilizados em alguns hospitais no Brasil, para realização de radiologia digital.
O scanner lê e digitaliza imagens de raios X obtidas por meio de placas constituídas por sais de terras raras, entre outros materiais. Ao incidir raios X sobre essas placas, as cargas eletrônicas das moléculas das substâncias que compõem o material são excitadas e entram em um estado energético chamado metaestável (diferente de seu estado de equilíbrio).
Depois, com a irradiação de laser por um scanner (como o desenvolvido pelos brasileiros) na placa exposta antes à radiação X, as moléculas da placa recebem mais um pouco de energia, atingindo uma condição que permite que voltem ao estado anterior e emitam uma determinada quantidade de luz azul de cada ponto do filme, proporcional à carga de raios X recebida.
O scanner lê e encaminha quase em tempo real a imagem gerada pela placa para um monitor de alta resolução – semelhante aos utilizados em exames de ultrassonografia. Um software específico processa e gera a radiografia com altíssima resolução, que pode ser armazenada ou enviada pela internet.
“A radiologia digital permite fazer quase uma microscopia com raios X por meio de imagens com resolução praticamente em nível molecular”, disse Bagnato à Agência FAPESP. “Tudo depende de quão finamente conseguimos focalizar o laser de leitura.”
Tecnologia nacional
De acordo com o pesquisador, outra vantagem da tecnologia é diminuir os riscos à saúde dos pacientes e dos profissionais de saúde pela exposição à radiação, uma vez que a equipe pretende estudar formas de usar entre 50% e 80% menos raios X do que o método convencional, além de dispensar a utilização de produtos químicos, como os usados na radiologia tradicional para a revelação de filmes fotográficos.
Apesar de ser uma grande tendência tecnológica, no entanto, há poucos países no mundo – entre eles Estados Unidos e Holanda – que produzem a placa e o scanner para raios X digital, ressaltou o pesquisador.
Como também ainda não há nenhuma empresa brasileira que fabrique as placas ou o scanner leitor, segundo Bagnato, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) identificou que há uma necessidade de o país investir na tecnologia de raios X digital e aprovou, por meio do Fundo Tecnológico (Funtec), o desenvolvimento de um scanner leitor e das demais partes do equipamento.
“O raio X digital precisa ter uma fonte de raios X, o que o Brasil já sabe fazer e relativamente bem. Seria preciso desenvolver, então, o leitor a laser [o scanner]”, disse Bagnato.
Um dos melhoramentos que os pesquisadores pretendem fazer na tecnologia já existente é aumentar a sensibilidade do leitor com mudanças na forma e na geometria das detecções, para que o equipamento leia filmes expostos a quantidade de raios X ainda menor do que a utilizada hoje. Dessa forma, seria possível diminuir os riscos à exposição a raios X por gestantes e crianças – apontados como os principais grupos de risco de exposição à radiação.
“A ideia é que a dose de raios X necessária para a radiologia digital seja tão baixa que não apresente risco a essas pessoas”, afirmou Bagnato.
Os pesquisadores também desenvolvem softwares para processamento de radiografia digital com novos aplicativos a fim de possibilitar aos profissionais de saúde da área odontológica não somente visualizar a radiografia, mas obter informações como a densidade óssea e os danos encontrados em um determinado dente do paciente, por exemplo.
De acordo com Bagnato, o próximo passo agora, depois da conclusão do protótipo, é transformar o equipamento em um modelo comercializável. Para isso, os softwares de processamento de imagens já estão sendo inseridos no scanner, para que um microcomputador comum faça a leitura das imagens.
“Se tivéssemos que fabricar o microcomputador com o software e o leitor a laser, encareceria muito o custo do equipamento. Nossa ideia é que o software de processamento de imagem, que faz a interface entre o leitor a laser e o microcomputador, seja comercializado em separado, e que o profissional de saúde compre o aplicativo e instale na máquina que quiser”, contou.
A meta dos pesquisadores também é desenvolver nos próximos anos outras versões do equipamento voltadas para a radiografia em ortopedia e do tórax, por exemplo.

“Estamos depositando uma patente do equipamento voltado para odontologia que poderá contribuir para que o país fique na dianteira do desenvolvimento em radiologia digital”, avaliou Bagnato. 

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