quarta-feira, 4 de julho de 2012

ARTIGO: DOENÇA DE CROHN


ARTIGO: DOENÇA DE CROHN
(Fontes: Minha Vida.com, Ministério da Saúde e Associação Brasileira de Colite Ulcerativa e Doença de Crohn)


O Que é a Doença de Crohn?

A Doença de Crohn é crônica e provavelmente provocada por desregulação do sistema imunológico, ou seja, do sistema de defesa do organismo. Ela inicia-se mais frequentemente na segunda e terceira décadas de vida, mas pode afetar qualquer faixa etária.
Como a Doença de Crohn se comporta como a colite ulcerativa (em geral, é difícil diferenciar uma da outra), as duas doenças são agrupadas na categoria de Doenças Inflamatórias Intestinais (DII).

Diferentemente da doença de Crohn, em que todas as camadas estão envolvidas e na qual pode haver segmentos de intestino saudável normal entre os segmentos do intestino doente, a colite ulcerativa afeta apenas a camada mais superficial (mucosa) do cólon de modo contínuo.

Dependendo da região afetada, a Doença de Crohn pode ser chamada de ileite, enterite regional ou colite. Para reduzir a confusão, o termo Doença de Crohn pode ser usado, para identificar a doença, qualquer que seja a região do corpo afetada (íleo, cólon, reto, ânus, estômago, duodeno).

Quais são os Sintomas?

A doença de Crohn habitualmente causa diarreia, cólica abdominal, frequentemente febre e, às vezes, sangramento retal. Também podem ocorrer perda de apetite e perda de peso subsequente.

A diarreia pode se desenvolver lentamente ou começar de maneira súbita, podendo haver também dores articulares e lesões na pele. Na Doença de Crohn a dor abdominal e a diarreia frequentemente surgem após as refeições.

São comuns dores articulares (dores nas juntas), falta de apetite, perda de peso e febre. Outros sintomas precoces da doença de Crohn são lesões da região anal, incluindo hemorroidas, fissuras, fístulas e abscessos.

Algumas vezes a inflamação e as úlceras podem penetrar nas paredes dos intestinos, formando um abscesso (uma coleção de pus). Poderá também se formar uma conexão anormal com outras partes do intestino ou de outros órgãos, o que é chamado de fístula.


Outros sintomas

Podem ocorrer sintomas que não têm nada com o trato digestivo. Tanto a Doença de Crohn quanto a retocolite ulcerativa podem causar problemas em outras partes do corpo. São eles:

Artrite: as articulações (normalmente os joelhos e os tornozelos) podem inchar, ficar doloridas e endurecidas. A artrite afeta cerca de 30% das pessoas com a Doença de Crohn e 5% das pessoas com retocolite ulcerativa. Os medicamentos podem ajudar, mas os problemas normalmente desaparecem quando a inflamação intestinal é controlada.

Aftas: estas se assemelham a ferimentos ulcerativos. Desenvolvem-se normalmente durante os períodos de inflamação ativa do intestino. As feridas desaparecem quando a inflamação é tratada.

Febre: é um indicador de inflamação, de maneira que é comum ter febre durante o surgimento dos sintomas. Entretanto, a febre pode estar presente por semanas ou até meses antes do aparecimento dos sintomas. Quando a inflamação intestinal é tratada, a febre desaparece.

Sintomas oculares: os olhos podem ficar inflamados - vermelhos, feridos e sensíveis à luz. Esses sintomas aparecem normalmente antes de um agravamento da enfermidade, e desaparecem quando os sintomas intestinais são tratados.

Sintomas de pele: as pessoas podem desenvolver erupções cutâneas ou doenças fúngicas dolorosas e avermelhadas nas pernas. O tratamento dos sintomas intestinais cura os sintomas de pele.

Como é realizado o Diagnóstico?

Devido à multiplicidade de apresentações e semelhança com outras patologias, seu diagnóstico é difícil. É feito pela análise conjunta de dados endoscópicos, histológicos e radiológicos.

O diagnóstico da Doença de Crohn é feito, basicamente, por meio de exames de imagem (raio- X, endoscopias) e exames de sangue.

Como é realizado o Tratamento?

O tratamento deve ser feito em etapas. Existe um sistema de mensuração da atividade da doença baseado no número de evacuações, dor abdominal, indisposição geral, ocorrência de fístulas e de manifestações patológicas à distância, que permite classificar a doença em leve, moderada ou grave. Se a doença é leve, o clínico apenas acompanha a evolução do paciente.
O tratamento terapêutico se volta para reprimir o processo inflamatório desregulado. Os medicamentos disponíveis atualmente reduzem a inflamação e controlam os sintomas, mas não curam a doença.

O tratamento clínico é feito com aminossalicilatos, corticoides, antibióticos e imunossupressores e objetiva diminuir os sintomas da fase aguda e, após, manter a remissão.

O tratamento cirúrgico é necessário para tratar obstruções, complicações e falta de resposta ao tratamento clínico.

Considerações

Apesar de a alimentação não ser a causa dessa doença, é fato que alimentos suaves e brandos agridem menos que os alimentos condimentados ou ricos em fibras, principalmente quando a doença está na fase ativa. Com exceção da restrição ao leite em pacientes com intolerância a lactose, muitos gastroenterologistas tendem a ser liberais nas dietas de pacientes portadores da doença.

Embora seja uma enfermidade crônica, a Doença de Crohn não é considerada uma doença fatal. Quase todas as pessoas que padecem dessa enfermidade mantêm uma vida útil e produtiva, apesar de algumas delas necessitarem de hospitalização nos períodos de maior atividade da doença. Entre os períodos de exacerbação da moléstia, a maioria dos pacientes sente-se bem e fica relativamente livre de sintomas, levando vida absolutamente normal.

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