quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

MENSAGEM: FELIZ ANO NOVO!!!

Mensagem: FELIZ ANO NOVO!!!
(Por Enfª Patrícia Trasmontano)

Queridos Leitores do Blog Gera Saúde,

♥ Eu agradeço, neste primeiro ano do Blog Gera Saúde, ter contado com a presença de vocês através das visualizações e dos comentários.
Que possamos continuar juntos na Promoção da Saúde,
afim de gerar Qualidade de Vida Integral a nós e a sociedade.

♥ Creio que a Educação em Saúde e as abordagens relevantes, como: (meio ambiente, saúde, bem-estar, ciência e outros), por meio de artigo,
notícia, reportagem, legislação, entrevista, depoimento, ação social,
reflexão e mensagem, contribuirão positivamente
para o seu crescimento pessoal e social.

♥ Proponho o exercício da cidadania, através da responsabilização
de todos em gerar saúde, nos diversos setores sociais.

♥ Com muito carinho, a vocês, dedico esta linda mensagem,
na esperança de que tenham abundantes colheitas,
não apenas neste final de ano, mas no Ano que se aproxima...



As Coisas Acontecem em Fases
(Por Bob e Debby Gass. A Palavra Para Hoje/ UCB)

“Primeiro o talo, depois a espiga e, então, o grão cheio na espiga...”
(Marcos 4:28 NKJV)

Se você está esperando uma promessa que Deus lhe fez se cumprir, observe as palavras de Jesus:

“O Reino de Deus é semelhante a um homem que lança a semente sobre a terra. Noite e dia, quer ele durma quer se levante, a semente germina e cresce, embora ele não saiba como. A terra por si própria produz o grão: primeiro o talo, depois a espiga e, então, o grão cheio na espiga. Logo que o grão fica maduro, o homem lhe passa a foice, porque chegou a colheita” (Marcos 4:26-29 NKJV).

Antes de receber o que Deus lhe prometeu, geralmente você passa por certos estágios. Vamos dar uma olhada neles:

Primeiro, vem a fase da incerteza. Sua semente está na terra, mas quando ela vai produzir uma colheita é algo que está inteiramente nas mãos de Deus. A Sua Palavra, porém, lhe garante que isso acontecerá.

Depois vem a fase do “broto”. Ele é pequeno e acabou de brotar, mas está lá balançando ao vento e isso é o suficiente para encorajar você, mostrando que a resposta está a caminho.

Depois vem a fase em que a pequena espiga aparece. Agora você já pode perceber a semelhança com aquilo pelo que você orou. É de se esperar que você esteja regando todo o processo com oração, adubando cada etapa com a Palavra de Deus e protegendo sua futura colheita de qualquer força negativa que tente arrancá-la.

Finalmente você entra na fase final, a espiga cheia de belos grãos está formada. É quando Deus diz: “Passe a foice, porque é chegada a sua colheita”. A esta altura, é crucial reconhecer esse momento e começar a colher.

Seja qual for a fase em que você se encontre hoje, firme-se na promessa de Deus e continue confiando. Ele não o decepcionará.

FELIZ ANO TODO!!!


REFLEXÃO: MEDO, SEGUNDO PLATÃO

"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro;
a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz".

(Platão)

NOTÍCIA: CÉREBRO DE IDOSOS RÁPIDOS COMO O DE JOVENS

Cérebro de idosos pode ser tão rápido quanto o de jovens em alguns aspectos

Pessoas mais velhas são mais lentas para tomar decisões porque buscam mais precisão. Se for pedido que acelerem o processo, os idosos respondem testes com a mesma velocidade dos jovens, revela estudo
Veja, 29-12-2011

O envelhecimento faz com que o corpo perca agilidade e velocidade. Atletas geralmente se aposentam mais cedo do que a maioria dos trabalhadores. Na cérebro, porém, a história é diferente. Ao contrário de músculos e articulações, o cérebro dos idosos pode se comportar como o de jovens e crianças em várias situações, como a velocidade para tomar decisões. A descoberta é importante para o estudo da neurociência e foi publicada na edição online da revista Child Development.

"A visão antiga era de que todo o processo cognitivo decaia com a idade", explica Roger Ratcliff, psicólogo da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos. "Mas estamos descobrindo que não existe esse declínio uniforme. Há coisas que pessoas mais velhas podem fazer tão bem quanto os jovens", completa.

Os pesquisadores aplicaram em voluntários de várias idades um modelo de resolução de problemas que considera o tempo e a precisão das respostas. A maioria dos modelos usados nesse tipo de pesquisa considera apenas um desses aspectos. "Alguns estudos sobre a velhice mostram que idosos não perdem em precisão. Outros chegam à conclusão de que eles perdem em velocidade. Nós olhamos os dois cenários juntos para conciliar os resultados", disse Ratcliff.

A equipe aplicou vários testes em crianças, adultos e idosos. Em um deles, os participantes precisavam pressionar teclas para dizer se o número de asteriscos que aparecia em uma tela de computador era pequeno (31 a 50) ou grande (51 a 70). Em outro, precisavam dizer se o grupo de letras que aparecia na tela formava ou não uma palavra em inglês.

Ratcliff e seus colegas estudam processos cognitivos e envelhecimento há mais de uma década, mas foi a pesquisa recente com crianças que fez com que eles chegassem às novas conclusões. Nos testes, as crianças pequenas têm tempos de resposta mais longos e pouca precisão. Já crianças mais velhas e adolescentes respondem mais rápido e acertam mais.

Os idosos têm nível de precisão próximo ao dos jovens, mas demoram mais para responder os problemas. Segundo os cientistas, isso não ocorre porque o cérebro processa as informações mais lentamente, mas por causa de uma análise mais detalhada, que evite erros.

"Pessoas mais velhas não querem cometer erros e isso as deixa mais lentas. Descobrimos que é difícil tirá-las desse hábito, mas é possível com a devida prática", diz Gail McKoon, outro psicólogo da mesma universidade. Estimulados a acelerar o tempo de resposta, os idosos resolvem questões tão rápido e com a mesma precisão de jovens adultos. "Para estas tarefas simples, de tomada de decisão velocidade e precisão está intacta mesmo até aos 85, 90 anos", afirma McKoon.

Em outros aspectos, porém, a velhice cobra seu preço. Os testes mostraram que a precisão na memória associativa diminui com o passar dos anos. Pessoas mais velhas são muito menos propensas, por exemplo, a lembrar que estudaram um par de palavras do que os jovens.

A importância do estudo é mostrar que o cérebro não envelhece de maneira uniforme, como os demais tecidos.

ENTREVISTA: O PERIGO DOS ANABOLIZANTES

Especialista alerta para o perigo dos anabolizantes
Medicamentos de uso veterinário são mais preocupantes
Por Zeca Oliveira e Gabriela Amorim

Obter um corpo escultural com o menor esforço possível.
Essa é a proposta tentadora que os anabolizantes oferecem, principalmente aos jovens, ansiosos por natureza. Porém, optar por essa fórmula do resultado imediato não é uma boa escolha, é o que aconselham os especialistas no assunto.


* ENTREVISTADO: Wendell da Silva Gonzaga é membro da Federação Sergipana de Musculação e professor de Educação Física. Há oito anos, ele e outros componentes da federação dão palestras em escolas e academias sobre os perigos do uso indiscriminado de esteróides anabolizantes sintéticos. A equipe do Portal Infonet conversou com o professor sobre o tema.


Portal Infonet - Quais são os principais efeitos colaterais que o uso de anabolizantes pode causar?

Wendell da Silva Gonzaga – Os principais efeitos colaterais que a gente tem visto por conta dos vão desde problemas no fígado, queda de cabelo, aparecimento de acnes em indivíduos que já saíram da adolescência. Também pode acontecer hipertensão arterial e algumas doenças relacionadas ao coração. Mas o que a gente tem observado muito é o utilização de medicamentos de uso veterinário. Esses sim têm efeitos colaterais mais potencializados. Como são medicamentos de uso veterinário, o peso molecular dessas substâncias é modificado para pode ser aplicado num animal de maior porte. Consequentemente, ele vai gerar um efeito colateral mais eminente nos seres humanos do que os próprios esteróides anabolizantes sintéticos.

Infonet – Você poderia citar alguns nomes desses esteróides para animais que são usados em humanos?

WSG – Na verdade, o único esteróide de uso veterinário é o ‘Equifort’. O seu princípio ativo é a ‘Boldenona’. Os outros não são anabolizantes. Geralmente são complexos vitamínicos. É o caso da ADE, que virou uma praga aqui em nosso Estado. A ADE não é derivada dos ésteres de colesterol.

Infonet - Qual a diferença dos efeitos no corpo humano dos esteróides e dos complexos vitamínicos?

WSG – Os principais efeitos colaterais dos esteróides anabolizantes sintéticos, são aqueles que eu  já falei: hipertensão, problemas no fígado, surgimento de acromegalias,que são  crescimentos exagerados de mãos, pés e mandíbulas, etc. os efeitos dos medicamentos de uso veterinário normalmente são edemas no local de aplicação. Pode acontecer um aumento da pressão arterial e algumas arritmias também e até amputações de membros.

Infonet - Você tem conhecimento de casos de amputações de membros ou mortes em Sergipe  causadas pelo uso de anabolizantes ou produtos para animais?

WSG – De amputação de membros por conta de uso de medicamento veterinário houve um caso em Estância neste ano. O indivíduo teve que amputar o braço. Aqui no Estado são mais numerosos os casos de intervenções cirúrgicas para retirar o tecido necrosado em decorrência do uso desse medicamento, no caso a ADE.

Infonet – Quem são essas pessoas que usam os anabilizantes?

WSG –
Nós temos observado pessoas numa faixa etária entre 13 e 25 anos que faz uso indiscriminado de esteróides sintéticos. Por isso é que a gente faz campanhas em escolas, para tentar conscientizar os jovens sobre os males do uso do anabolizante e alertar para os riscos da utilização de produtos de uso veterinário.

Infonet – Wendell, você poderia falar um pouco do trabalho que a Federação Sergipana de Musculação desenvolve em escolas e academias?

WSG -
A gente vem realizando um trabalho sobre o do uso indiscriminado de anabolizantes esteróides sintéticos. Por que indiscriminado? Porque esse produto tem uma aplicação terapêutica. Quando o médico verifica a necessidade do indivíduo utilizar esse tipo de medicamento ele vai receitá-lo em doses terapêuticas para um determinado fim. Por exemplo, doenças consuptivas como câncer e AIDS. Essas doenças atingem o sistema imunológico.  O médico, Fazendo uma análise com o paciente e percebendo que é necessário melhorar o seu sistema imunológico através do aumento da massa muscular, receita o anabolizante de forma terapêutica.

Infonet – Vocês têm encontrado alguma resistência de donos de academias para realizar essas palestras?

WSG –
Infelizmente algumas academias têm apresentado resistência em abrir as portas para que a gente possa fazer as palestras. Não sei por qual motivo isso acontece, mas algumas academias não querem aceitar o nosso trabalho, que eu acredito que seja de suma importância, até por uma questão de ética profissional. Uma das funções dos professores de educação física é zelar pela saúde do indivíduo ou contribuir, de forma direta ou indireta, para que ele melhore sua qualidade de vida.

Infonet – Qual seria a melhor maneira para uma pessoa modelar o seu corpo de forma não tão lenta, sem usar anabolizantes?



WSG – A natureza não pode ser forçada. Os resultados vêm de forma lenta e gradual. Mas as pessoas podem conseguir ótimos resultados com boa alimentação, suplementação e orientação de treinamento. Sem sombra de dúvidas, os resultados virão. O que a gente tem observado é o imediatismo. As pessoas querem alcançar os objetivos de forma muito rápida, e nessa ânsia é que elas acabam recorrendo ao uso de anabolizantes esteróides.

PENSE NISSO:

   

NÃO USE ANABOLIZANTES.
BUSQUE BONS RESULTADOS 
POR MEIO DE HÁBITOS SAUDÁVEIS!!!
LEMBRE-SE: VOCÊ VALE MUITO!!!

REPORTAGEM: SANEAMENTO BÁSICO- DIFICULDADES DE INVESTIMENTO

Estudo mostra dificuldade para se investir em saneamento
Valor Econômico, 29-12-2011
André Borges

A precariedade da infraestrutura de saneamento básico do país tem sido alimentada pelas dificuldades que o setor privado enfrenta para investir nesse setor. Um estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mapeia os principais obstáculos encontrados pelo empresariado e aponta que, quatro anos após a Lei de Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico ser sancionada, o saneamento continua a ser terreno árido para investimentos.

De acordo com a CNI, o setor - que inclui tratamento e distribuição de água e tratamento e redes de esgoto - realiza hoje investimentos anuais de cerca de R$ 5 bilhões, além de consumir R$ 2,6 bilhões em energia e aproximadamente R$ 600 milhões no uso de produtos químicos. Como a oferta desses serviços ainda é muito baixa, há um forte potencial de expansão de negócios em áreas como construção e engenharia, fornecimento de equipamentos, serviços financeiros, estudos ambientais, serviços de energia, entre outros.

"Acontece que a burocracia é tanta que o próprio governo não consegue sequer gastar os recursos que aloca para o setor", diz José Mascarenhas, presidente da CNI. "Os empresários têm todo o interesse em participar desses projetos, seja por meio de concessões ou Parcerias Público-Privadas, mas tem que haver uma política para o saneamento, com regras claras."

Um dos problemas apontados pelo estudo é a falta de uma definição clara de quem é o responsável - o Estado ou o município - pela prestação dos serviços de saneamento. Essa situação, de acordo com a CNI, ameaça a legitimidade da regulação de determinados contratos, porque não permite saber quem é o poder concedente e, tampouco, quem é o responsável por estabelecer as condições em que o serviço será prestado pelo concessionário. A política tarifária do setor também deveria ser vinculada aos custos específicos da obra, exigindo mais eficiência do prestado de serviço.

A indústria também reclama da burocracia para captar financiamento. O tempo médio para a contratação de financiamentos com bancos públicos para investimentos no setor de saneamento varia entre um ano e meio e dois anos. "Embora o mercado de capitais apresente custos e prazos menos favoráveis, ele é preferível por causa das dificuldades da operacionalização e dos critérios de elegibilidade do fomento", diz o relatório.

A necessidade de se criar uma agência reguladora também é destacada pelos empresários. Hoje essa função fica nas mãos dos municípios, que muitas vezes não têm meios de fiscalizar os serviços prestados. Atualmente, essa infraestrutura está nas mãos das companhias estaduais de saneamento básico, que são majoritariamente formadas por sociedades de economia mista ligadas à administração pública.

"Sabemos que saneamento básico é uma questão de política pública, mas o governo tem de deixar de ser tão fundamentalista quanto a isso", comenta Mascarenhas. "Há pessoas que dizem que o governo está privatizando a água. É uma visão absolutamente equivocada. A indústria sabe como realizar as obras, ela pode e deve participar dos projetos."

Os investimentos realizados em saneamento no país, conforme informou o Valor nesta semana, frustraram as expectativas de crescimento para 2011. Segundo informações do Ministério das Cidades, houve estagnação dos desembolsos em relação a 2010, e as liberações da Caixa Econômica Federal indicam queda até novembro.

Cálculos da ONG Contas Abertas apontam que o gasto total do orçamento da União em saneamento em 2011 até novembro foi de R$ 1,9 bilhão, frente a R$ 2,4 bilhões em 2010, dos quais R$ 1,5 bilhão são restos a pagar. As contratações da Caixa para projetos do setor cresceram de R$ 3,4 bilhões em 2010 para R$ 9,2 bilhões em 2011, mas os valores liberados caíram de R$ 3 bilhões em 2010 para R$ 2,3 bilhões até novembro.

Atualmente, 41% da população do país não tem coleta de esgoto. Do lixo que é coletado, apenas 38% é tratado. A água chega a 84% das pessoas, mas a rede de abastecimento é precária, com alto índice de perda até chegar à torneira. Segundo a CNI, o prejuízo médio no faturamento das empresas de abastecimento é de 37%, mas há casos em que ele passa dos 50%.

NOTÍCIA: POSSÍVEL CURA DA ESQUIZOFRENIA

Consertar um 'defeito' em células cerebrais pode curar a esquizofrenia, diz pesquisa
Pesquisadores descobriram que o DNA no cérebro dos esquizofrênicos está muito 'apertado', prejudicando a ação de alguns genes. Drogas que estão sendo desenvolvidas para tratar outras doenças podem ajudar a curar a doença
Veja, 29-12-2011

Cientistas americanos descobriram que o mau funcionamento de um processo celular no cérebro está intimamente relacionado à esquizofrenia, doença mental que causa alucinações e pode impossibilitar o convívio social dos pacientes. Segundo o estudo, que foi publicado na versão online da revista Translational Psychiatry, drogas que já estão em estágio final de desenvolvimento, voltadas ao tratamento de outras doenças, podem ajudar a bloquear os sintomas da esquizofrenia.

O problema, segundo pesquisadores do Instituto de Pesquisas Scripps, na Califórnia, nos Estados Unidos, está no DNA dos doentes, embora a doença não seja genética. A espiral que contém o código genético está 'muito apertada' nas células de quem tem esquizofrenia, segundo os cientistas. Trata-se de um defeito epigenético. Isso quer dizer que o DNA não foi alterado, mas funciona de forma errada.

Uma estrutura de proteínas chamada histona dá ao DNA o aspecto espiralado. "Há tanto DNA em cada célula do corpo que ele nunca poderia caber nelas a menos que fosse bem embalado", explica Elizabeth Thomas, neurocientista que liderou o estudo. As histonas passam por mudanças químicas para relaxar e apertar o espiral e expor ou não genes que precisam ser utilizados.

Se genes que deveriam ser expostos não são, o organismo sofre consequências como as doenças de Parkinson e Huntington ou predisposição para o vício em drogas.

Relaxamento

A equipe de Thomas estava estudando o papel da acetilação das histonas, como é chamado o relaxamento no jargão científico, na doença de Huntington, um mal degenerativo que afeta as capacidades mentais e motoras. Em estudos anteriores, eles haviam mostrado que certos genes em doentes de Huntington e esquizofrênicos eram muito menos ativos do que em pessoas saudáveis. Então os cientistas resolveram pesquisar se o mesmo processo desencadeava as duas doenças.

Eles pesquisaram cérebros de esquizofrênicos e de pessoas saudáveis após sua morte. Em comparação com cérebros saudáveis, as amostras do cérebro de indivíduos com esquizofrenia apresentaram níveis mais baixos de acetilação em porções da histona, o que bloqueou a expressão de certos genes. Em outras palavras, o DNA nessas pessoas estava mais "apertado". Nos cérebros de vítimas jovens de esquizofrenia, o problema era bem mais acentuado.

Tratamento

Os pesquisadores não sabem o que causa o defeito na acetilação, mas podem conseguir reverter o problema. É o objetivo de drogas que estão em fase final de desenvolvimento em vários laboratórios pelo mundo. Sua aplicação poderá curar a esquizofrenia, sobretudo em pacientes jovens, segundo Thomas. As drogas que existem atualmente tratam apenas de seus sintomas e provocam efeitos colaterais severos, como a diabetes.

As possibilidades podem ser ainda maiores, porque alguns dos déficits cognitivos que afligem os idosos parecem ser bastante similares biologicamente com a esquizofrenia. Os medicamentos devem começar a ser testados em humanos em breve, mas geralmente são necessários vários anos para sua aprovação pelos órgãos de controle governamentais.

NOTÍCIA: CUPUAÇU E BABAÇU PARA BIOCOMBUSTÍVEL

Babaçu e amêndoa de cupuaçu podem gerar biocombustível no AmazonasPotencial das duas espécies para substituir o diesel vem sendo avaliado por pesquisadores do Inpa e da Ufam, com recursos da Fapeam
A Crítica.com, 28-12-2011

Projeto do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) vem sendo desenvolvido com o objetivo de aumentar as opções de combustíveis alternativos no Estado.

O projeto, coordenado pelo pesquisador, doutor em Microbiologia do Solo pela Universidade de Minnesota (EUA), Luiz Antônio Oliveira, pretende avaliar o potencial dos frutos de babaçu no município de Barreirinha (a 331 quilômetros de Manaus) na produção de óleo para substituição do diesel, por exemplo.

O estudo tem recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas (Fapeam) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O babaçu é uma palmeira que pode atingir até 20 metros de altura. Rico da raiz às folhas, cada palmeira pode apresentar até seis cachos de frutos ovais e alongados. Sua polpa é farinácea e oleosa, envolvendo de três a quatro sementes oleaginosas. 

Suas folhas servem de matéria-prima para a fabricação de utilitários como cestos, abanos, peneiras, janelas, portas, armadilhas, gaiolas, entre outros. Durante a seca, essas mesmas folhas servem de alimento para animais.

Sobre o potencial da palmeira para geração de biocombustível, Oliveira destacou no babaçu a possibilidade de abastecer uma pequena cidade ou uma vila isolada na Amazônia.

“Se nós comprovarmos por meio das pesquisas o potencial do babaçu como gerador de energia, estaremos criando um novo mercado capaz de gerar empregos e integração social”, destacou o pesquisador.

Cupuaçu

Embora as amêndoas do cupuaçu (Theobroma grandiflorum) constituam cerca de 20% do peso do fruto e apresentem altos teores de proteína e gordura, segundo dados de pesquisas, muitas vezes, elas são descartadas após o uso ou empregadas somente na fabricação de ração.

No intuito de aproveitar a gordura das amêndoas, a pesquisadora e doutora em Química, Ivoneide de Carvalho Lopes Barros, desenvolveu o projeto ‘Estudo de aproveitamento do resíduo da gordura de cupuaçu para a produção do biodiesel’, com a finalidade de produzir combustível alternativo para ser usado puro ou misturado com algum derivado de petróleo.

A ideia surgiu por meio da parceria entre a Universidade Federal do Amazonas e a empresa Cupuama, localizada no município de Careiro Castanho (a 102 quilômetros de Manaus).

A empresa, que contou com financiamento da Fapeam e Financiadora de Estudos e Projetos  (FINEP) por meio do Programa Amazonas de Apoio à Pesquisa em Micro e Pequenas Empresas (Pappe Subvenção), procurou aliar o conhecimento científico para o aproveitamento total do cupuaçu somado à preservação do meio ambiente e criou um programa de aproveitamento que prioriza a extração de gorduras das amêndoas do fruto para fins cosméticos.

Por conter alto teor de ácidos graxos, a pesquisadora acredita que o fruto se constitui numa excelente matéria-prima para a fabricação de biodiesel. De acordo com Ivoneide, o produto terá vantagem sobre o óleo refinado, já que é um resíduo industrial e, consequentemente, de baixo valor comercial, o que possibilita obter um biocombustível de baixo custo nas áreas próximas de onde é gerado.

O foco da pesquisa é mostrar que os resíduos gordurosos descartados serão objeto de solução para a produção de biodiesel, contribuindo para uma exploração mais eficiente da cadeia produtiva, não somente do cupuaçu, mas também de outras oleaginosas nativas dessa região”, afirmou a pesquisadora.

NOTÍCIA: PLANO CONTRA OBESIDADE

Plano contra obesidade prevê academia popular
Governo finaliza plano com metas para reduzir obesidade em 10 anos
O Estado de São Paulo, 29-12-2011
FERNANDA BASSETTE

O governo finalizou um plano interministerial para controle e redução da obesidade nos próximos dez anos. O programa, que deve ser lançado ainda em janeiro, terá foco em três eixos: aumentar a disponibilidade e a oferta de alimentos frescos, levar informações sobre educação nutricional por meio de campanhas e incentivar a construção de ciclovias e academias populares.

Os ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Social, em parceria com outros 17 ministérios, finalizaram um documento que vai subsidiar as metas para controle e redução da obesidade no Brasil para os próximos dez anos. O plano deve ser lançado em janeiro.

O Plano Intersetorial de Prevenção e Controle da Obesidade tem como objetivos principais reverter a curva de crescimento da obesidade reduzindo drasticamente os índices entre crianças de 5 a 9 anos e estacionar a evolução do problema entre adultos.

Segundo Maya Takagi, secretária nacional de segurança alimentar e nutricional do Ministério de Desenvolvimento Social, o plano terá três eixos para atingir as metas: o primeiro é aumentar a disponibilidade e a oferta de alimentos frescos (frutas, hortaliças, grãos e peixes), fortalecendo o programa de alimentação escolar, ofertando cardápios mais saudáveis em restaurantes populares e ampliando a comercialização das 15 frutas e das 10 hortaliças mais consumidas.

O segundo eixo é de educação e informação, detalhando como a alimentação saudável deve ser trabalhada em escolas e em políticas públicas. A ideia é atualizar os guias alimentares levando em consideração as condições regionais e elaborar materiais de orientação à população, com campanhas educativas na TV, rádio, jornais, redes sociais etc.

O terceiro eixo é a promoção de modos de vida mais saudáveis, com incentivos para a construção de ciclovias, academias populares e outras ações que tenham como foco a adoção de hábitos para uma vida saudável.

"Esse é um plano que temos fomentado. As metas são para dez anos porque mudar hábito alimentar não é uma coisa que se muda de uma hora para outra. Por isso, nossa proposta é lançar o plano já com ações operacionais no início de 2012", diz Maya.

Epidemia

A obesidade é considerada uma epidemia pelo Ministério da Saúde. Isso porque, em 1975, 18,5% dos homens adultos estavam com excesso de peso - em 2010, esse índice saltou para 50,1%. Os dados apontam que na década de 70, apenas 2,8% deles eram obesos, enquanto em 2010 esse valor saltou para 12,4%.

Entre as mulheres adultas os valores também preocupam o governo: na década de 70, 28,7% delas tinham excesso de peso e 8% eram obesas. Em 2010, 48% delas estavam acima do peso e 16,9% eram obesas.

Infância. Evitar o avanço da obesidade infantil é uma das principais metas do plano. "Se conseguirmos barrar o crescimento da obesidade entre adultos já será um grande avanço. Por isso nosso foco será reduzir os índices entre crianças. Elas estão cada vez mais gordinhas e ainda estão adquirindo os hábitos alimentares", explica Maya.

Enquanto em 1975 apenas 2,9% dos meninos de 5 a 9 anos eram obesos, em 2009 eles somavam 16,6%. A meta é chegar ao patamar de 1998, de 8%.

Entre as meninas da mesma idade, em 1975, 1,8% delas eram obesas. Em 2009, 11,8% estavam obesas. Nesse caso, a meta também é chegar ao índice de 1998, que era de 5%.

"Se mantivermos essa tendência de crescimento da obesidade entre as crianças, em 13 anos chegaremos a um nível inaceitável. Deter o avanço dessa epidemia é uma questão de saúde pública", afirmou Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.

Academias

Barbosa, do Ministério da Saúde, diz que uma das ações para tentar estimular a prática de atividade física entre a população foi o lançamento das academias da saúde em várias regiões do País.

São academias ao ar livre e com equipamentos públicos, instaladas em regiões mais pobres, em que um profissional orienta a população sobre prática de exercícios. O objetivo é inaugurar 4 mil unidades em quatro anos. "O fato de ter uma academia pública perto de casa aumenta em quatro vezes a prática de exercícios físicos", diz Barbosa.

Outra ação de combate à obesidade foi o acordo que o ministério fez com a indústria para redução dos teores de gordura, sódio e açúcar dos alimentos industrializados. "É um processo lento, ainda não é o ideal, mas a gente tem de começar de alguma maneira", diz o secretário.

AÇÃO SOCIAL: AUDIOTECA SAL E LUZ

AÇÃO SOCIAL: AUDIOTECA SAL E LUZ
(Por Enfª Patrícia Trasmontano)


Prezados Leitores,
A todos aqueles que tem o prazer de ajudar ao próximo,
indico que colaborem com esta nobre ação:

AUDIOTECA SAL E LUZ




“Meus olhos são seus olhos”

A Audioteca Sal & Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros) para pessoas cegas ou com deficiência visual, em todo o território nacional, de forma gratuita.

Possui, hoje, mais de 1.700 associados e conta, em seu acervo, com cerca de 2.700 títulos, entre didáticos/profissionalizantes e literatura.

Nosso objetivo é proporcionar, aos nossos associados, meios para a conquista de uma vida com qualidade.

Mais do que inclusão, desejamos viver numa sociedade que não exclua seus filhos, a despeito de todas as diferenças. Que essas diferenças sejam o estímulo necessário para nosso crescimento individual e para a construção de uma nação mais justa.

História

Nossa história tem início com uma pesquisa acerca da realidade do cego no Brasil. É o ano de 1986, e a percepção geral é de que muito pouco se faz no país para atender às necessidades desse grupo.

No ano seguinte, com um grupo de pessoas ligadas à Igreja Presbiteriana Betânia, tem início o Projeto Luz e Som, para a formação de uma biblioteca especialmente desenvolvida para pessoas com deficiência visual.

Em 1989, é criada a Instituição Tear, com 3 programas, dentre eles a Audioteca para a produção e distribuição de livros falados para deficientes visuais, que, em 1991, se estabelece definitivamente no centro do Rio de Janeiro.

Em 1998, a Audioteca Sal & Luz foi selecionada para concorrer, a nível nacional, ao “Prêmio Paulo Freire – Valorizando o saber e o fazer”, como o melhor projeto de tecnologia educacional alternativa do Estado do Rio de Janeiro.

Em 2001, a Audioteca passou por uma ampliação e ganhou 5 novas cabines para a gravação dos livros, contando , hoje, com um total de nove, o que possibilitou, em 2002, o início da produção digital.

Com grande satisfação, a Audioteca Sal & Luz foi agraciada com o Prêmio Fundação Banco do Brasil Tecnologias Sociais – edição 2003, por ser “uma tecnologia social efetiva: soluciona o problema a que se propôs resolver, tem resultados comprovados e é reaplicável”. Assim, passou a fazer parte do banco de tecnologias sociais, localizado no site cidadania-e.com.br.

Em 2004, teve início o projeto de parcerias para a produção dos livros, estabelecendo um novo e estratégico modelo de trabalho voluntário, levando o projeto para dentro das empresas. O resultado é o maior incentivo ao trabalho voluntário, com o conseqüente aumento da produção, e uma influência bastante saudável no clima organizacional.

Como ajudar a Audioteca Sal e Luz?

- Associar-se (contribuição financeira anual): http://www.audioteca.com.br/associar.htm
- Parcerias


OBS: EU CONTRIBUO APENAS NA DIVULGAÇÃO, A RESPONSABILIDADE DAS INFORMAÇÕES AQUI CONTIDAS FICAM A CARGO DE SEUS IDEALIZADORES.


ARTIGO: HIPERTERMIA MALIGNA

Hipertermia Maligna — diagnóstico e tratamento
Extraído do livro "Hipertermia Maligna".
Autores: Luiz Fernando dos Reis Falcão, José Luiz Gomes do Amaral e Brenda Kalil


Introdução

A evolução potencialmente rápida e fatal dos episódios de hipertermia maligna (HM) torna fundamental o diagnóstico precoce e o início imediato do tratamento. Uma vez que esta situação surge em associação a anestésicos voláteis – halotano, enflurano, isoflurano, sevoflurano e, provavelmente, succinilcolina – é obrigatório considerar este possível efeito adverso sempre que administrados esses agentes.

Diagnóstico

A HM pode manifestar-se imediatamente após a exposição aos agentes desencadeantes ou mesmo algumas horas após a interrupção da sua administração. Isto faz com que seja indicado, nos pacientes submetidos a anestesia com halogenados ou succinilcolina, guardar um período de observação pós-anestésica não inferior a 3 horas. As manifestações de HM podem ser fulminantes, abortivas, limitadas à rigidez de masseter ou atípicas. (Quadro 5.1) 

* Quadro 5.1 – Expressão Clínica da Hipertermia Maligna

Fulminante clássica: potencialmente fatal; múltiplas manifestações metabólicas e musculares- Fulminante

Moderada: manifestações metabólicas e musculares sem a gravidade da forma fulminante- Abortivas

Leve: discretas alterações metabólicas, sem manifestações musculares- Espasmo de masseter

Rigidez de masseter com evidências de lesão muscular (p. ex., elevação da creatinoquinase sérica e mioglobinúria)- Espasmo de masseter

Rigidez de masseter associada a alterações metabólicas (p. ex., elevação da temperatura, arritmias cardíacas)- Espasmo de masseter

Rigidez de masseter isolada- Espasmo de masseter

Morte súbita ou parada cardíaca inexplicadas durante anestesia- Atípicas

Outras: febre pós-operatória, rabdomiólise, insuficiência renal, antecedentes familiares suspeitos- Atípicas

* Fonte: Ellis et al., 1990; Ranklev-Twetman, 1990. 

Manifestações

As manifestações iniciais mais freqüentes são taquicardia, elevação dos teores de gás carbônico da mistura exalada, taquipnéia, rigidez do músculo masseter (RMM) ou rigidez muscular localizada, arritmias cardíacas, cianose, elevação de temperatura e sudorese (Quadro 5.2).

Quadro 5.2 – Manifestações Iniciais em um Episódio de Hipertermia Maligna

Clínicas X Laboratoriais

. Taquicardia- Hipercapnia (acidose respiratória)
. Elevação progressiva do CO2 exalado- Acidose metabólica
. Taquipnéia- Hiperlacticidemia
. Rigidez muscular localizada (incluindo rigidez de masseter)- Hiperpotassemia
. Cianose- Dessaturação venosa central
. Arritmias
. Hipertermia
. Sudorese profusa

Ainda que inespecíficas, tais manifestações iniciais associadas à exposição a agentes desencadeantes, na ausência de outra causa aparente, serão suficientes para estabelecer um diagnóstico preliminar de HM e conduzir imediatamente ao tratamento. A HM poderá evoluir rapidamente com febre elevada, acentuação da cianose e má perfusão cutânea, instabilidade hemodinâmica (inicialmente hipertensão arterial, seguida de choque) e rigidez muscular generalizada.

O laboratório poderá evidenciar hipercapnia, dessaturação venosa central, alterações da hemostasia (coagulação intravascular disseminada), mioglobinúria, aumento de creatinoquinase plasmática (CPK), acidose metabólica e hipercalemia (Quadro 5.3). Entre 12 e 24 horas do início da crise, observa-se o pico dos níveis plasmáticos de CPK. A confirmação da suscetibilidade dependerá do resultado do teste de contratura ao halotano e à cafeína (TCHC), indicado apenas depois de 3 meses decorridos da crise. 

Quadro 5.3 – Manifestações Tardias de um Episódio de Hipertermia Maligna

Clínicas X Laboratoriais

Febre acima de 40oC- Mioglobinemia
Cianose- Elevação da creatinoquinase plasmática
Má perfusão cutânea- Elevação da creatininemia
Instabilidade pressórica- Coagulação intravascular disseminada
Rigidez muscular generalizada


Tratamento

O tratamento da HM fundamenta-se em três intervenções (Quadro 5.4): interrupção da exposição aos desencadeantes, tratamento específico da alteração da regulação de cálcio intracelular e o controle das manifestações clínicas da doença. 

Quadro 5.4 – Tratamento da Hipertermia Maligna

. Interrupção da exposição a agentes desencadeantes
. Dantrolene sódico
. Controle das manifestações: hiperventilação com O2 a 100%, resfriamento, correção da acidemia, hiperpotassemia, arritmias, choque, proteção renal

Sempre que a situação permitir, opta-se pelo adiamento da intervenção e observação em Unidade de Recuperação Pós-Anestésica nas horas seguintes. Nesse período, mantém-se a hidratação, de sorte a provocar diurese de acima de 2 mL/kg/h (considerar inserção de cateter uretral). Recomenda-se pesquisar mioglobinemia e mioglobinúria, bem como avaliar os níveis plasmáticos de creatinoquinase (CPK) a cada 6 horas nas primeiras 24 horas.

Estes pacientes devem ser encaminhados para um centro de diagnóstico especializado. O hot-line 11-5575-9873 oferece informações 24 horas por dia sobre diagnóstico e tratamento de HM. A HM é doença de notificação compulsória e esta ocorrência deverá ser objeto de informação à Vigilância Sanitária. Para maiores informações, acesse  o site: www. anestesiologia.unifesp.br/hipertermiamaligna.

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