quinta-feira, 31 de março de 2011

NOTÍCIA: DROGA ANTIRREJEIÇÃO

Brasil vai produzir droga antirrejeição

O Estado de São Paulo, 31-03-2011

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Roche Mundial negociam acordo para o Brasil produzir a droga micofenolato de mofetila, usada para evitar a rejeição de órgãos transplantados e no tratamento de doenças autoimunes. A transferência de tecnologia ocorrerá em cinco anos. A produção do princípio ativo está prevista para 2014.

NOTÍCIA: EM PESQUISA, MÚSICA CAPAZ DE REDUZIR TUMORES

○○○ Células tumorais expostas à 'Quinta Sinfonia', de Beethoven, perderam tamanho ou morreram

O Globo, 31-03-2011
Renato Grandelle


RIO - Mesmo quem não costuma escutar música clássica já ouviu, numerosas vezes, o primeiro movimento da "Quinta Sinfonia" de Ludwig van Beethoven. O "pam-pam-pam-pam" que abre uma das mais famosas composições da História, descobriu-se agora, seria capaz de matar células tumorais - em testes de laboratório. Uma pesquisa do Programa de Oncobiologia da UFRJ expôs uma cultura de células MCF-7, ligadas ao câncer de mama, à meia hora da obra. Um em cada cinco delas morreu, numa experiência que abre um nova frente contra a doença, por meio de timbres e frequências.
A estratégia, que parece estranha à primeira vista, busca encontrar formas mais eficientes e menos tóxicas de combater o câncer: em vez de radioterapia, um dia seria possível pensar no uso de frequências sonoras. O estudo inovou ao usar a musicoterapia fora do tratamento de distúrbios emocionais.

- Esta terapia costuma ser adotada em doenças ligadas a problemas psicológicos, situações que envolvam um componente emocional. Mostramos que, além disso, a música produz um efeito direto sobre as células do nosso organismo - ressalta Márcia Capella, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, coordenadora do estudo.
Clique aqui para ouvir a Quinta Sinfonia

Como as MCF-7 duplicam-se a cada 30 horas, Márcia esperou dois dias entre a sessão musical e o teste dos seus efeitos. Neste prazo, 20% da amostragem morreu. Entre as células sobreviventes, muitas perderam tamanho e granulosidade. O resultado da pesquisa é enigmático até mesmo para Márcia. A composição "Atmosphères", do húngaro György Ligeti, provocou efeitos semelhantes àqueles registrados com Beethoven. Mas a "Sonata para 2 pianos em ré maior", de Wolfgang Amadeus Mozart, uma das mais populares em musicoterapia, não teve efeito.

- Foi estranho, porque esta sonata provoca algo conhecido como o "efeito Mozart", um aumento temporário do raciocínio espaço-temporal - pondera a pesquisadora. - Mas ficamos felizes com o resultado. Acreditávamos que as sinfonias provocariam apenas alterações metabólicas, não a morte de células cancerígenas. "Atmosphères", diferentemente da "Quinta Sinfonia", é uma composição contemporânea, caracterizada pela ausência de uma linha melódica. Por que, então, duas músicas tão diferentes provocaram o mesmo efeito?
Aliada a uma equipe que inclui um professor da Escola de Música Villa-Lobos, Márcia, agora, procura esta resposta dividindo as músicas em partes. Pode ser que o efeito tenha vindo não do conjunto da obra, mas especificamente de um ritmo, um timbre ou intensidade.

Em abril, exposição a samba e funk

Quando conseguir identificar o que matou as células, o passo seguinte será a construção de uma sequência sonora especial para o tratamento de tumores. O caminho até esta melodia passará por outros gêneros musicais. A partir do mês que vem, os pesquisadores testarão o efeito do samba e do funk sobre as células tumorais.

- Ainda não sabemos que música e qual compositor vamos usar. A quantidade de combinações sonoras que podemos estudar é imensa - diz a pesquisadora.
Outra via de pesquisa é investigar se as sinfonias provocaram outro tipo de efeito no organismo. Por enquanto, apenas células renais e tumorais foram expostas à música. Só no segundo grupo foi registrada alguma alteração.

A pesquisa também possibilitou uma conclusão alheia às culturas de células. Como ficou provado que o efeito das músicas extrapola o componente emocional, é possível que haja uma diferença entre ouví-la com som ambiente ou fone de ouvido.

- Os resultados parciais sugerem que, com o fone de ouvido, estamos nos beneficiando dos efeitos emocionais e desprezando as consequências diretas, como estas observadas com o experimento - revela Márcia.

NOTÍCIA: CORANTES ARTIFICIAIS PREJUDICA A SAÚDE

FDA avalia necessidade de alerta em embalagens de alimentos com corantes artificiais

O Globo, 31-03-2011

WASHINGTON - O FDA, órgão do governo americano responsável pelo controle de alimentos e medicamentos avalia se gelatinas, cereais e sucos coloridos artificialmente devem conter alertas na embalagem, já que os corantes podem acarretar problemas comportamentais como a hiperatividade em algumas crianças, segundo reportagem do "New York Times".
Esta semana o órgão pedirá a especialistas para revisar as provas e avaliar possíveis mudanças nesta política, o que deve incluir os avisos nas embalagens. Em um relatório anterior, pesquisadores do FDA escreveram que, enquanto crianças típicas pareciam não ser afetadas pelos corantes, as com problemas de comportamento poderiam ter os problemas "exacerbados pela exposição ao número de substâncias na comida, incluindo corantes sintéticos".

O governo americano tem reprimido os corantes artificiais por mais de um século, em parte porque alguns, além de tóxicos, também eram usados para mascarar sujeira e podridão. Em 1950, crianças adoeceram depois de comer balas de Halloween contendo corante Orange nº 1 e o FDA baniu a substância depois de exames rigorosos. Em 1976, a agência baniu o Red nº 2 por suspeita de ser cancerígeno. Muitos dos corantes artificiais usados hoje foram aprovados pelo FDA em 1931, incluindo o Blue nº 1, Yellow nº 5 e Red nº 3. Cores artificiais são desenvolvidas a partir do alcatrão de carvão, mas atualmente também são produzidas a partir de produtos de petróleo.

Nos anos 70, o pediatra alergista Benjamin Feingold, da Califórnia, tratou os sintomas de hiperatividade em crianças com uma dieta que, entre outras coisas, eliminava os corantes artificiais. Alguns estudos, incluindo o publicado no jornal médico The Lancet, descobriu que corantes artificiais podem levar mesmo crianças típicas a terem problemas comportamentais.

ARTIGO: DISFUNÇÃO ERÉTIL - IMPOTÊNCIA SEXUAL

***DISFUNÇÃO ERÉTIL

Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, "a Disfunção Erétil (DE), também
conhecida como Impotência Sexual, é um distúrbio caracterizado pela dificuldade de se conseguir obter ou manter, de maneira constante, uma ereção peniana forte suficiente para penetração vaginal." A DE eventualmente ocorre junto com outras formas de disfunção sexual, Incluindo alterações do desejo (libido), ejaculação (prematura/tardia), e orgasmo, que são frequentemente confundidas com falha de ereção levando a um erro diagnóstico.
Ocorre em 10 a 50% da população. É um problema que pode ocorrer em homens de todas as idades: jovens, meia idade e idosos. Nestes, o problema é mais comum, porém não significa que a disfunção erétil seja uma conseqüência natural do envelhecimento. O aumento de freqüência da Disfunção Erétil que se observa nos idosos é decorrente da concomitância de outras doenças, que são, também, mais freqüentes nesta faixa etária. Homens idosos com boa saúde podem ter ereções normais.

Veja um questionário (Inventário) para avaliação da Função Erétil:

Auto-avaliação do desempenho sexual

1) Nas últimas 4 semanas, com que frequência você foi capaz de ter ereção durante uma atividade sexual?(0) Sem atividade sexual
(5) Quase sempre ou sempre
(4) A maioria das vezes (muito mais que a metade das vezes)
(3) Algumas vezes (aproximadamente a metade das vezes)
(2) Poucas vezes (muito menos que a metade das vezes)
(1) Quase nunca ou nunca

2) Nas últimas 4 semanas quando você teve ereções com estimulação sexual, com que frequência suas ereções permaneceram o suficiente para a penetração?(0) Sem atividade sexual
(5) Quase sempre ou sempre
(4) A maioria das vezes(muito mais que a metade das vezes)
(3) Algumas vezes(aproximadamente a metade das vezes)
(2) Poucas vezes(muito menos que a metade das vezes)
(1) Quase nunca ou nunca

3) Nas últimas 4 semanas, quando você tentou ter relação sexual, com que frequência você foi capaz de penetrar(entrar) na sua parceira?
(0) Não tentei ter relação sexual
(5) Quase sempre ou sempre
(4) A maioria das vezes(muito mais que a metade das vezes)
(3) Algumas vezes(aproximadamente a metade das vezes)
(2) Poucas vezes(muito menos que a metade das vezes)
(1) Quase nunca

4) Nas últimas 4 semanas, durante a relação sexual, com que frequência você foi capaz de manter sua ereção depois de ter penetrado (entrado)na sua parceira?(0) Não tentei ter relação sexual
(5) Quase sempre ou sempre
(4) A maioria das vezes(muito mais que a metade das vezes)
(3) Algumas vezes(aproximadamente a metade das vezes)
(2) Poucas vezes(muito menos que a metade das vezes)
(1) Quase nunca ou nunca

5) Nas últimas 4 semanas, durante a relação sexual, o quanto foi difícil para você manter sua ereção até o fim da relação?
(0) Não tentei ter relação sexual
(1) Extremamente difícil
(2) Muito difícil
(3) Difícil
(4) Pouco difícil
(5) Sem dificuldade

6) Nas últimas 4 semanas, como você consideraria a sua confiança em conseguir ter e manter uma ereção?(5) Muito alto
(4) Alto
(3) Moderado
(2) Baixo
(1) Muito baixo

RESULTADO: Valor igual ou inferior a 16 indica disfunção erétil e o paciente deve procurar um médico.


A Disfunção Erétil (DE) é uma condição bastante comum, estimando-se que afete aproximadamente mais de 100 milhões de homens no mundo, 30 milhões nos EUA e 10 milhões no Brasil.

DE de origem Psicológico
Segundo Dr. Paulo de Almeida Rocha, a Disfunção Erétil de causa psicogênica (origem psicológica) pode se manifestar de várias maneiras, como ejaculação precoce ou retardada, dor ao ejacular e a própria impotência. Ele faz uma didática classificação das causas psicogênicas de Disfunção Erétil.

Fatores predisponentes:
1. - Formação (educação) restritiva:
Formação "vitoriana" pode levar à depressão e repressão da sexualidade associada com sentimentos de culpa. Pressão religiosa ou cultural pode ocasionar efeitos similares.
2. - Experiência sexual traumática: Isto pode variar de abuso sexual anterior à humilhação pela parceira em um encontro sexual precoce.
3. - Educação sexual escassa:
Falha na educação sexual adequada pode levar a expectativas fantasiosas do paciente e de sua parceira.
4. - Distúrbios no relacionamento familiar:
Vários problemas psicodinâmicos dentro da família podem levar à Disfunção Erétil. Exemplos incluem excesso de afeto e conflitos relacionados ao complexo de Édipo.
5. - Problemas de estilo de vida:
Freqüentemente observado em homens que estão muito estressados com sua vida diária. Casos comuns incluem problemas de trabalho ou financeiros.
6. - Tipo de personalidade:
Alguns tipos de personalidade são mais propensas a Disfunção Erétil que outras.

Fatores Precipitantes
7. – Envelhecimento: Com o aumento da idade, o desejo sexual masculino diminui. Conseqüentemente, são necessários um maior período e estímulos sexuais preliminares para alcançar a rigidez. Falha da parceira em reconhecer isto pode precipitar a disfunção.
8. – Infidelidade:
Infidelidade pode precipitar a disfunção sexual nos relacionamentos iniciais ou ilícitos (ou ambos).
9. - Expectativas reais: As expectativas da performance de cada parceiro podem ser altamente fantasiosas. Falha em preencher estas expectativas pode precipitar a Disfunção Erétil.
10. - Depressão e ansiedade:
Os estados de depressão e ansiedade podem precipitar a Disfunção Erétil, embora os efeitos variem de pessoa para pessoa. É importante lembrar que algumas medicações antidepressivas também podem causar Disfunção Erétil.
11. - Perda da parceira:
A tão falada síndrome de viúvo, resultante da morte, divórcio ou separação, pode levar à perda completa da atividade erétil, por algum tempo.

Fatores mantedores 12. - Ansiedade em relação à performance:
Falha anterior leva a um aumento dos níveis de ansiedade que inibe a função sexual. este pode ser um dos mais importantes fatores da Disfunção Erétil psicogênica.
13. - Diminuição da atração por um dos parceiros:
Isto pode acontecer em qualquer relacionamento e sugere um escasso prognóstico para a terapia.
14. - Comunicação escassa:
Falha na discussão de problemas sexuais dentro do relacionamento pode exacerbar a disfunção.
15. - Medo da intimidade:
Novamente, o medo da intimidade por parte do parceiro masculino pode exacerbar os problemas psicossexuais.
16. - Educação sexual escassa:
Educação sexual inadequada pode levar à perpetuação dos chamados mitos sexuais que, não só predispõem, como também podem manter a disfunção sexual.
17. - Relacionamento sexual pobre:
Se o relacionamento é pobre, então a disfunção sexual, quando ocorre, pode ser de difícil reversão." 
Veja a página do Dr. Paulo de Almeida Rocha.
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Sexo e EnvelhecimentoSexo e Envelhecimento é o nome de um artigo escrito pela equipe do site Dr. Mundi. Veja um trecho: "Engana-se quem imagina que pessoas mais velhas são assexuadas. Em homens acima dos 40 anos, é bastante comum que a ereção seja mais lenta, mas isso é fisiológico, não necessitando o uso das medicações para disfunção erétil; algo muito comum é que a ansiedade causada por isso dificulte o processo normal da ereção.

O período refratário (tempo que se leva para uma nova ereção) pode durar dias, e não mais horas, como na juventude. É normal também a diminuição da sensibilidade peniana, por alterações das terminações nervosas locais; há também uma diminuição na quantidade de esperma.

Não se deve confundir orgasmo com ejaculação. A ejaculação é a eliminação do líquidos das glândulas sexuais masculinas, enquanto orgasmo é a emoção sexual mais prazeirosa que se pode atingir. É normal uma diminuição da sensação de orgasmo, e isso deve ser informado como algo comum. Porém, o desejo sexual e a fertilidade não diminuem.

Alguns pequenos detalhes podem fazer a diferença: a vida sexual deve ser mantida com uma freqüência adequada, e o cigarro e álcool devem ser afastados. A cobrança quanto ao desempenho deve ser muito pequena, e as alterações na fisiologia da vida sexual devem ser encaradas com naturalidade.

O sexo deverá ser realizado preferencialmente de manhã, quando se está descansado e disposto. Em qualquer caso de dúvida, procurar ajuda profissional e evitar a auto-medicação." 
Veja a página
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O site Atlas Psico tem excelente artigo sobre Disfunção Erétil, antiga Impotência Sexual Masculina. Veja um trecho:

"Inúmeras vezes, a DE apresenta uma causa mista, isto é, um componente psicogênico e um componente orgânico, que se sobrepõem e portanto é comum a psicoterapia estar associada à outras opções no tratamento das DEs de causa orgânica.

Cada uma destas terapias apresenta vantagens e desvantagens relacionadas com o nível de eficácia, efeitos adversos, praticidade de uso, relação custo benefício, sendo portanto fundamental que o tratamento seja prescrito e acompanhado pelo médico responsável pelo caso.

Devido ao componente psicogênico que está presente nos problemas relacionados a função sexual, os estudos mostraram que em média de 20 a 30% dos pacientes apresentam resposta ao uso de placebo (comprimidos que não possuem qualquer medicamento) portanto, deve-se tomar muito cuidado com o uso de tratamentos que prometem "milagres" mas que não apresentam comprovação científica. Em muitos casos utilizam-se remédios que, na verdade, apresentam o mesmo resultado que um comprimido de placebo."

MAIS INFORMAÇÕES:

INDIQUE ESSA MATÉRIA AO SEU COMPANHEIRO, PAI OU AMIGO!!!
VERGONHA É NÃO BUSCAR TRATAMENTO!!!

ARTIGO: DOENÇA DE ALZHEIMER

Você conhece alguém próximo a você, que seje portador desta doença?

A doença de Alzheimer (DA) pronuncia-se (AU-ZAI-MER) é uma doença degenerativa, progressiva que compromete o cérebro causando:diminuição da memória, dificuldade no raciocínio e pensamento e alterações  comportamentais.

Definida por muitos como “mal do século”, “peste negra”, “epidemia silenciosa” etc. a DA é ainda pouco conhecida em nosso meio e tem efeito devastador sobre a família e o doente. Tida como uma doença rara, conhecida erroneamente como “esclerose” pela população em geral, a doença de Alzheimer representa para a comunidade sério ônus social e econômico.

Início:
A DA pode manifestar-se já a partir dos 40 anos de idade, sendo que a partir dos 60 sua incidência se intensifica de forma exponencial. Existem relatos não documentados de DA aos 28 anos de idade.

Sintomas:
Os sintomas mais comuns são: perda gradual da memória, declínio no desempenho para tarefas cotidianas, diminuição do senso crítico, desorientação têmporo-espacial, mudança na personalidade, dificuldade no aprendizado e dificuldades na área da comunicação.
O grau de comprometimento varia de paciente para paciente e também de acordo com o tempo de evolução da doença. Na fase final o paciente torna-se totalmente dependente de cuidados.

Estatísticas:
O número de pacientes no Brasil é estimado em 1 milhão e 200 mil e de 18 milhões no mundo. Em função do envelhecimento mundial global esse número aumentará dramaticamente e ,em 2025, serão 34 milhões de portadores sendo 2/3 em países em desenvolvimento.
Sabe-se que, a partir dos 65 anos, de 10 a 15% dessa população será afetada e que a partir dos 85 anos, praticamente a metade dos indivíduos apresentará a doença.
Sabendo que a família média brasileira é composta de 3 a 4 pessoas, somos remetidos a cifras assustadoras, uma vez que desse modo a doença de Alzheimer atinge direta ou indiretamente mais de 4 milhões de indivíduos no nosso pais. Esse contingente enorme de pacientes indefesos e dependentes de cuidados diuturnos cresce constantemente e inexoravelmente devendo merecer especial atenção das autoridades responsáveis pela saúde pública.

Negar esses dados é negar a realidade!
As alterações geradas dentro da família são de tal dramaticidade que se impõe à necessidade urgente de se implementarem medidas de apoio, tanto para o doente como para seus familiares!!!

Para mais informações, acesse:

Assista ao vídeo (legendado) que explica o que acontece a nível cerebral e para todo o corpo:


ARTIGO: SÍNDROME DE CUSHING

♦♦♦SÍNDROME DE CUSHING
(Hipercortisolismo; Hiperadrenocorticismo; Excesso de Glicocorticóides)
FONTE: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?392
O que é?
Conjunto de sinais e sintomas do excesso da cortisona (um dos hormônios produzidos pela glândula supra-renal). Esse excesso hormonal pode ser provocado por hormônios sintéticos (exógenos) ou por doenças envolvendo a glândula supra-renal e a hipófise.
Como se desenvolve?
O quadro pode ser ocasionado pelo uso continuado de cortisona ou seus derivados, conhecidos como antinflamatórios esteróides. Estas substâncias são empregadas para o tratamento de uma série de doenças, e provocam o síndrome de Cushing como efeito colateral. Dependendo da dosagem empregada e do esteróide sintético utilizado, os sinais e sintomas sempre irão ocorrer. Em algumas ocasiões estes efeitos colaterais ocorrem sem que o paciente perceba ou os relacione com as medicações que está usando. Esta situação ocorre, por exemplo, com a utilização de medicamentos para problemas de pele ou para problemas respiratórios.
Além do quadro associado ao uso de cortisona, o síndrome de Cushing pode ser provocado por doenças da glândula supra-renal e da hipófise. Estas doenças, em geral, são decorrentes de tumores benignos (adenomas) da supra-renal e da hipófise. Na supra-renal podem ocorrer também tumores malignos. Mais raramente o síndrome de Cushing é provocado pela produção de substâncias estimuladoras da supra-renal por tumores malignos ou abdominais.
O que se sente?
Os principais sintomas são o aumento de peso, com a gordura se depositando no tronco e no pescoço, preenchendo a região acima da clavícula e a parte detrás do pescoço, local onde se forma um importante acúmulo denominado de "giba". A gordura também se deposita no rosto, na região malar ("maçãs do rosto"), onde a pele fica também avermelhada, formando-se uma face que é conhecida como de "lua-cheia". Ocorre também afilamento dos braços e das pernas com diminuição da musculatura, e, conseqüente, fraqueza muscular que se manifesta principalmente quando o paciente caminha ou sobe escadas. A pele vai se tornando fina e frágil, fazendo com que surjam hematomas sem o paciente notar que bateu ou contundiu o local.
Sintomas gerais como fraqueza, cansaço fácil, nervosismo, insônia e labilidade emocional também podem ocorrer. Nas mulheres são muito freqüentes as alterações menstruais e o surgimento de pêlos corporais na face, no tórax, abdômen e nos braços e pernas. Como grande parte dos pacientes desenvolve hipertensão arterial e diabetes, podem surgir sintomas associados ao aumento da glicose e da pressão arterial tais como dor de cabeça, sede exagerada, aumento do volume urinário, aumento do apetite e visão borrada. Quando ocorre aumento importante dos pêlos, pode ocorrer também o surgimento de espinhas (acne) na face e no tronco, e nas mulheres pode surgir mudança na voz, queda do cabelo semelhante a calvície masculina e diminuição das mamas. Esses sintomas se associam com tumores de supra-renal. No abdômen e no tórax podem ser observadas estrias de cor avermelhada e violeta, algumas vezes com vários centímetros de largura. Algumas pessoas apresentam também pedras nos rins e conseqüentemente cólica renal. A osteoporose é freqüente, provocando dores na coluna e às vezes fraturas nos braços, pernas e na coluna.
Como o médico faz o diagnóstico?
A suspeita do médico deve ocorrer em todo o paciente que apresenta obesidade localizada associada a hipertensão arterial e diabetes, além dos pacientes com o quadro bastante característico, como o descrito acima. A partir da suspeita deve ser solicitada a dosagem de cortisol às 8 horas da manhã, após a administração de dexametasona 1mg às 23 horas da noite anterior (teste de triagem). Se esse exame se mostrar alterado, deve ser realizada uma investigação mais detalhada e serem realizados exames de imagem das supra-renais e da hipófise (tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética). Além das dosagens hormonais, são necessários exames bioquímicos gerais, Rx de tórax, eletrocardiograma e densitometria óssea.
Como se trata?
Nos casos decorrentes do uso de cortisona, a mesma deve ser suspensa lentamente, inicialmente trocando o medicamento por uma forma mais semelhante a natural (prednisona ou hidrocortisona) e em doses semelhantes àquelas que existem no organismo normal. Depois de algum tempo (semanas), o medicamento deve ser diminuído gradativamente até ser suspenso. Se o paciente sentir a tentativa de retirada da medicação, a dose deve ser mantida o mais próxima da considerada normal e depois de algum tempo tentada nova retirada. Os pacientes que têm a doença decorrente de tumores de supra-renal e de hipófise, devem ser submetidos a cirurgia de retirada destes tumores. Para esses procedimentos os pacientes devem ser adequadamente avaliados, e necessitam de cuidados médicos especializados.
Como se previne?
Evitando-se o uso de medicamentos contendo cortisonas ou seus derivados. Os tumores de supra-renal e de hipófise não são previníveis, podendo, por outro lado, ser diagnosticados precocemente o que resulta em melhores resultados.


NÃO ESQUEÇA DE CONSULTAR UM MÉDICO!!!

ARTIGO: TOC - TRANTORNO OBCESSIVO-COMPULSIVO

CONHECENDO O TOC...

O TOC na História

São incontáveis os personagens conhecidos da história que eram portadores de TOC. Segundo consta, Charles Darwin, o criador da Teoria da Evolução, tinha clássicos sintomas obsessivos, envolvendo ordem e colecionismo. Aliás o mundo tem muito a agradecer a capacidade obsessiva de organização dos pacientes portadores de TOC.
Howard Hughes, o famoso milionário americano (filme Aviator, com Brad Pit), um dos pioneiros magnatas da indústria aeronáutica, tinha sérios rituais obsessivos-compulsivos cujo tema éra limpeza e contaminação, os mesmo sintomas do cantor Michael Jackson.

TOC no Cinema

Psipoint é um site que cita três filmes onde personalidade do portador de TOC é muito bem retratada. Vejamos:

MELHOR IMPOSSÍVEL (Aa Good as it Gets, com Jack Nickolson) - Em “Melhor é Impossível”, Melvin Udall é um escritor de romances quentes e tórridos. Porém, a vida pessoal dele é muito diferente daquilo que ele produz como profissional, já que ele mantém o mundo a uma distância muito segura. Ele mantém seu isolamento usando ativamente sua personalidade abrasiva. Uma personalidade que ele manteve cuidadosamente durante anos e que acabou por transformar-se num instrumento cego.

Quando uma fã questiona o escritor sobre o seu trabalho querendo saber como ele escreve tão bem para as mulheres, ele responde que fala o que pensa dos homens. Ele costuma referir-se ao seu vizinho gay, Simon, como um "bicha" que flutua ao redor. Ele limpa criteriosamente sua mesa favorita num restaurante, falando para judeus ao lado que, "… [os seus] apetites não eram tão grande quanto seus narizes"
A vida de Melvin é um de intenso ritual de regularidade e controle. Ele se recusa tocar qualquer coisa pública, ou deixar qualquer um tocá-lo. Quando caminha Enquanto caminha por uma calçada abarrotada, ele luta muito para não pisar em qualquer junta ou rachas. Ele fará sempre um grande esforço para que suas necessidades sejam cumpridas, a fim de que sua vida permaneça ordenada.” Veja o site
Psipoint

A Associação de Portadores de Síndrome de Tourette, Tiques e Transtorno Obsessivo-Compulsivo, através de seu site, traz importantíssimas orientações para portadores de TOC. Veja alguns trechos:

"Se você ou uma pessoa de quem você gosta foi diagnosticada com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), talvez a sua impressão é de que você seja a única pessoa a enfrentar as dificuldades dessa doença. Mas você não está sozinho. Nos Estados Unidos, um em cada 50 adultos é atualmente portador de TOC e duas vezes esse número já sofreu da doença em algum momento de sua vida.
Felizmente, existem  tratamentos para esse transtorno que são muito eficazes e ajudam a recuperar uma qualidade de vida mais satisfatória. Eis aqui algumas das respostas às perguntas mais freqüentemente feitas sobre o Transtorno Obsessivo-Compulsivo.

Quando tem início?

O TOC pode começar em qualquer momento, desde a idade pré-escolar até a adulta (normalmente por volta dos 40 anos). De um terço à metade dos adultos com TOC relatam que o início se deu durante a infância. Infelizmente, o TOC passa despercebido com muita freqüência. Em média, as pessoas com TOC consultam 3 a 4 médicos e passam 9 anos à procura de tratamento, antes de receberem o diagnóstico correto. Os estudos comprovaram ainda que transcorrem em média 17 anos, desde o momento em que se instala o TOC até que as pessoas consigam tratamento adequado.

O TOC tende a ser sub-diagnosticado e sub-tratado por diversos motivos. As pessoas com TOC podem manter segredo sobre seus sintomas ou carecer de insight sobre sua doença. Nos serviços médicos, muitos não estão familiarizados com os sintomas e não estão treinados para dar o tratamento adequado. Algumas pessoas não têm acesso aos recursos de tratamento. Isso é uma pena, pois o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, inclusive a prescrição dos medicamentos corretos, podem ajudar as pessoas a evitar o sofrimento associado ao TOC e diminuir o risco de desenvolverem outros problemas, tais como a depressão ou problemas conjugais ou de trabalho...

COMO É TRATADO O TRANSTORNO OBSESSIVO COMPULSIVO?


O primeiro passo no tratamento do TOC é instruir o paciente e sua família quanto ao TOC e seu tratamento como doença médica. Nos últimos 20 anos, foram desenvolvidos dois tratamentos eficazes para o TOC: a psicoterapia cognitiva-comportamental (TCC) e a medicação com antidepressivos.

Estágios do Tratamento

- Fase aguda: o tratamento destina-se a dar um fim ao episódio atual do TOC.
- Tratamento de manutenção: o tratamento destina-se a prevenir futuros episódios de TOC.


Componentes do Tratamento

- Educação: Este ponto é crucial para ajudar os pacientes e a família a aprenderem melhor como lidar com o TOC e prevenir suas complicações.
- Psicoterapia: A psicoterapia comportamental-cognitiva (CBT) é o elemento chave no tratamento da maioria dos pacientes com TOC.
- Medicação: A medicação com antidepressivos é de grande utilidade para muitos pacientes.

O que podem fazer a família e os amigos para ajudar?
Muitas pessoas da família se sentem frustradas e confusas perante os sintomas do TOC. Não sabem como ajudar. Se você tem alguém na família, ou um amigo com TOC, a sua tarefa primeira e mais importante é aprender o máximo possível sobre o transtorno, suas causas, seu tratamento.
Ao mesmo tempo, deve se certificar que a pessoa com o TOC tem acesso às informações sobre a doença.

Ajudar o doente a compreender que existem tratamentos úteis já é um grande passo em direção à sua recuperação. Quando uma pessoa com TOC se recusa a receber tratamento, a família se vê em dificuldades. Continue oferecendo material educativo. Em alguns casos, pode ser útil fazer uma reunião de família e discutir o problema, como se faz quando existe um problema de alcoolismo e a pessoa não quer se tratar.

Os problemas familiares não provocam TOC, mas a maneira das famílias reagirem aos sintomas poderá afetar o curso da doença, assim como os sintomas podem provocar grandes perturbações e problemas na família. Os rituais de TOC podem acorrentar sem piedade os membros da família, e às vezes é necessário que todos acompanhem o paciente na psicoterapia.
O terapeuta pode ajudar os membros da família a aprenderem como se desvencilhar dos rituais, passo a passo e com o consentimento do paciente. Uma interrupção abrupta da participação nos rituais do TOC, sem o consentimento do paciente, rara vez ajuda, uma vez que nem o paciente nem a família sabem como lidar com a angústia decorrente do fato.

A recusa em participar dos rituais não ajuda os que apresentam sintomas ocultos e, o que é mais importante, não ajuda o paciente a aprender uma estratégia de vida, para lidar com seus sintomas de TOC a longo prazo.
Comentários negativos, ou crítica dos familiares, em geral pioram o quadro do TOC, ao passo que uma família calma, que demonstra apoio, pode ajudar no resultado final do tratamento. Se a pessoa considerar suas opiniões como uma interferência, lembre-se que é a doença falando. Procure ser o mais gentil e paciente possível, pois é a melhor maneira de ajudar a pessoa a se livrar dos sintomas de TOC.

Dizer a uma pessoa que deve parar como seu comportamento compulsivo não ajuda e só faz a pessoa se sentir pior, porque não consegue. Ao invés disso, elogie qualquer tentativa de opor resistência ao TOC, focalizando sua atenção nos possíveis elementos positivos da vida da pessoa. Evite expectativas muito altas ou muito baixas.
Não force. Lembre-se que ninguém detesta mais o TOC do que a pessoa que tem o transtorno. Trate a pessoa normalmente, depois de recuperada, mas fique atento para os sinais de recaída. Se a doença estiver voltando, você poderá perceber isso antes que o próprio doente. Assinale os sintomas de maneira sutil e sugira uma conversa com o médico. Mas aprenda a diferenciar um dia ruim de um episódio de TOC. É importante não atribuir ao TOC tudo o que acontece de errado.

Os familiares podem ajudar o clínico no tratamento do paciente. Quando o doente estiver em tratamento, converse com o médico, se possível. Ofereça-se para visitar o médico junto com o paciente, para compartilhar suas opiniões sobre o andamento do tratamento.
Encoraje o paciente a se manter fiel à medicação e/ou à psicoterapia. No entanto, se o paciente já estiver sob tratamento por um longo período sem apresentar grandes melhoras nos sintomas, ou sente efeitos colaterais perturbadores, encoraje-o a procurar o médico para obter outro tratamento, ou a procurar uma segunda opinião.


Quando crianças e adolescentes são portadores de TOC, é importante que os pais trabalhem juntamente na escola com os professores, para ter certeza de que eles compreendem o transtorno. Como no caso de qualquer criança com alguma doença, os pais devem estabelecer limites coerentes e fazer com que a criança ou adolescente saiba exatamente o que se espera deles." 
Veja o site da ASTOC


Sintomas somáticos que podem sugerir a existência de TOC

- Dermatite. Os pacientes com TOC podem aparecer à consulta com lesões nas mãos ou com erupções ocasionadas por lavagem repetida. Ente os pacientes tratados por dermatite, cerca de 36% deles tinha TOC; nenhum deles havia referido sintomas obsessivos ao dermatologista.
- Onicopatia (unhas). Infecções crônicas das unhas decorrentes de roer excessivamente ou morder compulsoriamente o canto dos dedos.
- Alopecia (falta de cabelos). Em pacientes com tricotilomania (arrancar cabelos).
- Gengivite ou infecção gengival por escovação dental excessiva.
- Sintomas somáticos de depressão. A elevada concomitância do TOC com a depressão faz com que, em muitos casos, os pacientes procurem a consulta por qualquer dos sintomas freqüentes de depressão (fadiga crônica, transtornos do apetite, transtornos do sono, redução de peso, constipação, diarréia, cefaléias...).


Rituais mais freqüentes no TOC

I) Rituais de limpeza e de lavagem. Os pacientes podem chegar a lavar as mãos 20 ou 30 vezes ao dia, ou tomar um banho durante diversas horas.
2) Rituais de recontagem. Os pacientes repetem ações um certo número de vezes, a fim de prevenir sucessos indesejados. O número de vezes pode ser estabelecido por números mágicos.
3) Rituais de comprovação. Os pacientes comprovam repetidamente se a porta está fechada, se o fomo está apagado, se a tomada está desligada, etc. Em outros casos, realizam-se comprovações para segurança de não sofrerem nenhuma doença.
4) Comportamentos meticulosos. Os pacientes se asseguram de que os objetos estão na ordem adequada, ou colocados de forma simétrica.

Para maiores informações, acesse:

Veja o comportamento, apartir de um filme com Nicholas Kage:

quarta-feira, 30 de março de 2011

MENSAGEM: FORÇAS NA CAMINHADA!!!

○○○PARA REFLETIR...
(Missionária Iari Trasmontano)
 
"O Senhor te guiará continuamente, fartará a tua alma até em lugares áridos e fortalecerá seus ossos; serás como um jardim regado, e como um manancial cujas águas jamais faltam." (Isaías 58:11)

Em nossas vidas existem crises, e sempre existirão, mas quando temos o olhar fito no alvo, na vida eterna, podemos atravessar vitoriosamente todos os vales e montanhas e suportar os buracos e os pedregulhos do caminho, pois sabemos que uma enorme recompensa nos espera, que estamos no rumo certo.

Aprender a andar com o Senhor e a depender inteiramente D´Ele nos prepara para enfrentar as crises da vida, tornando-nos cada dia mais fortes e rijos, experientes e úteis ao Senhor.

A dor física e psicológica continuarão presentes, mas por trás delas está a segurança de que Deus está no controle de tudo.

Sempre vitória!

Você é importante para o Criador!!!

NOTÍCIA: EM PESQUISA- NOVA INDICAÇÃO DA CIRURGIA BARIÁTRICA

Obeso leve com diabete deve fazer cirurgia bariátrica???Federação internacional defende cirurgia de redução do estômago para quem tem IMC entre 30 e 35 e não responde ao tratamento convencional

O Estado de São Paulo, 30-03-2011
Karina Toledo


A Federação Internacional de Diabete (IDF, na sigla em inglês) divulgou documento recomendando a inclusão da cirurgia bariátrica entre as alternativas de tratamento de pacientes com diabete tipo 2 e obesidade leve, ou seja, Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 35. Hoje, a intervenção cirúrgica só é realizada em diabéticos com IMC 35 ou mais.
No Brasil, continua valendo uma resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM), segundo a qual a cirurgia bariátrica só pode ser feita em obesos com IMC acima de 40 - ou de 35, se houver complicações como diabete, hipertensão ou doença cardiovascular. A entidade afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que vai analisar o posicionamento da IDF e pode rever a regra brasileira.
O anúncio da IDF foi feito anteontem, durante o 2.º Congresso de Intervenção para Terapia do Diabete Tipo 2, nos Estados Unidos. O documento, assinado por 20 especialistas no tema, recomenda também a inclusão da cirurgia no protocolo primário do tratamento de pacientes com IMC acima de 35. Isso significa que a intervenção cirúrgica passaria a ser uma das primeiras opções dos médicos nesses casos.
Segundo Ricardo Cohen, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (SBCBM), a tendência mundial é que o IMC deixe de ser o fator mais importante para indicação da operação e passe a ser a avaliação clínica do paciente e a gravidade de comorbidades como hipertensão e apneia do sono. "Novos estudos têm mostrado que a mortalidade não aumenta à medida que aumenta o IMC. Essa não deve ser a única ferramenta para determinar o tratamento."
Segundo dados da SBCBM, cerca de 10% dos pacientes diabéticos morrem, todos os anos, de doenças cardiovasculares. Esse índice cai para 0,3% entre aqueles que passam pela operação. Cohen afirma, no entanto, que a cirurgia não é para todos. Apenas entre 5% e 10% dos diabéticos, diz, possuem uma resistência à insulina maior que a média e não respondem ao tratamento convencional. A cirurgia seria indicada nesses casos e para pacientes obesos que não conseguem emagrecer sem cirurgia.
Indicação. O presidente da Sociedade Brasileira de Diabete, Saulo Cavalcanti, não é contrário à operação, mas diz que é preciso cuidado para que o procedimento seja bem indicado. "Muita gente pensa que cirurgia é a solução mágica, que vai emagrecer e continuar comendo. Mas ela pode ter complicações."
Os especialistas da IDF reforçam que a cirurgia deve ser realizada segundo os protocolos internacionais, ou seja, dentro de um tratamento multidisciplinar, com reeducação alimentar e acompanhamento pós-operatório. E afirmam que novas técnicas cirúrgicas só podem ser exploradas na forma de pesquisa.

NOTÍCIA: ATENDIMENTO MÉDICO À DISTÂNCIA

Telemedicina em saúde pública ganha recursos adicionais

Valor Econômico, 30-03-2011
Cibelle Bouças


 
A adoção de dispositivos de telemedicina em órgãos de saúde pública, um processo que começou a ganhar força há um ano, vai entrar em nova fase, com a inclusão de mais recursos tecnológicos. Os resultados obtidos até agora, como a redução da mortalidade e do tempo de internação de infartados, estimularam os governos responsáveis pelos primeiros movimentos a estudar a expansão do atendimento a distância. Entre as inovações previstas para o próximo semestre estão a adoção de aparelhos de ultrassonografia a distância e a melhoria do sistema de transmissão de dados por radiofrequência.
A Prefeitura de São Paulo foi a primeira a fazer um projeto-piloto, em 2008. O programa é realizado em parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Foram instalados aparelhos de eletrocardiografia a distância em 126 ambulâncias e em quatro pronto-socorros - Saboya, Tatuapé, Campo Limpo e Ermelino Matarazzo, cobrindo uma região de 2 milhões de habitantes.
O aparelho, produzido pela israelense Card Guard Scientific Survival, é conectado a telefones, celulares ou computadores. O exame é feito no paciente onde ele estiver e os dados são transmitidos por celular para uma equipe de cardiologistas que se revezam 24 horas no Hospital São Paulo, vinculado à Unifesp.
Os dados chegam aos médicos por um software desenvolvido pela ITMS do Brasil. O laudo é repassado para o profissional que fez o exame por celular ou por internet, dependendo da gravidade do caso. O tratamento começa na própria ambulância, com um atendimento que dura menos de dois minutos. "O trabalho começou a ser feito com 30 a 40 exames por dia. Hoje, a demanda é de 200 exames por dia", diz o professor titular da Unifesp e idealizador do projeto, Antonio Carlos Carvalho.
O cardiologista e professor da Unifesp Iran Gonçalves Júnior diz que, antes do programa, a taxa média de mortalidade por infarto nessas regiões era de 21%, quando a média considerada ideal pela Organização Mundial de Saúde é de 6%. Em um ano de trabalho, o índice de óbitos caiu para essa faixa. "Os resultados mostram que o problema era grande e a solução adotada foi eficaz", diz Gonçalves.
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informou, por meio de sua assessoria, que estuda a expansão do programa para outras regiões periféricas. A prefeitura também pretende implantar, no segundo semestre, aparelhos de ultrassonografia a distância, desenvolvidos pela Epeople. Os aparelhos estão em fase de teste. A Epeople recebeu R$ 1,2 milhão em recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para desenvolver os aparelhos de eletrocardiografia e ultrassonografia a distância. A expectativa da empresa é lançar os dois aparelhos no mercado ainda este ano.
O governo federal também iniciou, em 2010, um projeto que apresentou avanços, com a implantação de aparelhos de eletrocardiografia em ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A meta é atender 1.347 municípios até 2012, com recursos de R$ 6,9 milhões.
No primeiro ano, foram implantados os aparelhos em 247 ambulância que atendem cem municípios. De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram realizados 4.621 exames no período, dos quais 1.025 foram casos graves de infarto. O exame é feito no local e os dados são enviados para uma central no Hospital do Coração (HCor), em São Paulo. O processo é o mesmo realizado pela Unifesp. As tecnologias usadas são da ITMS do Brasil e da Card Guard Scientific Survival.
Cardiologista do HCor e um dos coordenadores do projeto, Hélio Penna Guimarães, afirma que, até o fim de fevereiro, 5.068 eletrocardiografias haviam sido enviados por ambulâncias, com uma média de 450 a 500 exames ao mês. "Até o fim do mês vamos superar 5,6 mil eletrocardiografias", diz.
A transmissão de dados entre ambulância e HCor é feita por celular ou smartphone. O ministério não revela detalhes das próximas etapas do programa, mas Penna antecipou que devem ser implantados aparelhos de eletrocardiografia a distância em todas as ambulâncias de suporte avançado com médico a bordo - elevando de 241 para 396 o total de veículos equipados com a tecnologia.
O ministério também pode mudar a tecnologia de transmissão de dados, adotando uma faixa de radiofrequência mais adequada. "O barulho da rua é captado pelo aparelho atual e provoca distorções no exame. Com a mudança, esse ruído deixará de existir", diz Penna.
Dados do Ministério da Saúde indicam que 300 mil pessoas morrem por ano de doenças cardiovasculares. Do total, 50% ocorrem no trajeto entre a casa e o hospital, o que reforça a importância do atendimento imediato.

REPORTAGEM: REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR - VERSÃO 2010

NOVAS DIRETRIZES DA REANIMAÇÃO CARDIO PULMONAR
Fonte: Redação Revista Emergência , 19/10/2010. Nessa segunda-feira, 18, foram publicadas as novas diretrizes de RCP (Ressucitação Cardiopulmonar) estabelecidas segundo consenso do ILCOR (Aliança Internacional dos Comitês de Ressussitação), entidade que congrega as principais organizações da área no mundo. Publicadas pela AHA (American Heart Association) e pelo ECR (Conselho Europeu de Ressuscitação) as diretrizes, por enquanto, estão disponíveis apenas em inglês. No Brasil, a publicação ocorrerá até novembro, pela SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia).

A principal ênfase das novas orientações está na compressão torácica. Desde 1996, profissionais eram orientados a seguir o ABC da ressuscitação, prevendo o uso de insuflações como primeira ação. Agora, as diretrizes recomendam que a ordem do socorro atenda à sigla CAB, que significa, em inglês: compressão, vias aéreas e respiração. É recomendado que, diante de uma pessoa inconsciente e que não respira, o leigo peça a alguém para telefonar para o 192 e inicie imediatamente a compressão do peito, isso é, a massagem cardíaca.

Durante a conferência do conselho do ILCOR, realizada em fevereiro nos Estados Unidos, foram debatidas as mudanças baseadas em evidências científicas para atualização das diretrizes. Ao alcançar um acordo sobre as declarações da ciência, o ILCOR formulou diretrizes que orientam as condutas em Suporte Básico e Suporte Avançado de Vida em atendimento à PCR (parada cardiorespiratória).

Em entrevista dada à Revista Emergência na edição 23, Sergio Timerman, doutor em Cardiologia, membro do ILCOR e da AHA, ressaltou  a importância das recomendações que confirmam a segurança e a efetividade das abordagens atuais, reconhecem outras abordagens como ineficientes e apresentam novos tratamentos resultantes da avaliação baseada em evidências. Também lembrou que os cientistas do ILCOR e organizações-membro consideram que as novas recomendações sejam mais eficientes e as intervenções mais fáceis de serem aprendidas do que o baseado no conhecimento atual, pesquisas e experiências.

O CONSENSO E AS DIRETRIZES DA AHA E ECR PODEM SER VISUALIZADAS NO  SITE DO ILCOR:
MAIS INFORMAÇÕES, ACESSE AO SITE:
MANUAL COMPLETO:

ASSISTA A COMPARAÇÃO DA ANTIGA E DA NOVA MANOBRA:



AJUDE A SALVAR VIDAS!!!

MAS NÃO SE ESQUEÇA,
ACIONE O TELEFONE DE EMERGÊNCIA (192).

ARTIGO: NÓS ENFERMEIROS QUEREMOS DIREITOS, JÁ!!!

☺☺☺CARTA A CLASSE DE ENFERMAGEM
Enfermeira Rejane
(FONTE: COREN-RJ)

Colegas da Enfermagem,

Desde o primeiro dia do meu mandato tenho me empenhado na luta pela conquista das 30 horas semanais e pela implantação de um piso salarial justo para a enfermagem do Rio. Assim, diante da discussão da proposta trazida pelo Governador para a fixação dos novos valores dos pisos regionais, em primeiro lugar empreendi ações em defesa da Enfermagem.

Imediatamente iniciei uma negociação com o Governo do Estado, com a Presidência e com a Comissão de Trabalho da ALERJ, para expor as razões e defesa de emenda aditiva de minha autoria, que inclui os profissionais de nível superior da Enfermagem na faixa 9 do projeto de lei que, tem previsto o valor mínimo de R$ 1.586,46.

Acredito que essa emenda deve ser aprovada com o apoio da Casa (Alerj) e para isso, meu gabinete já está fazendo um trabalho de esclarecimento dos argumentos de defesa dessa emenda a todos os Deputados. 

O trabalho feito pelo meu mandato demonstra que, quando a Lei nº 5627 definiu os pisos regionais do estado em 2009, deixou de contemplar o piso dos Enfermeiros, gerando não só uma injustiça para com esses profissionais que compõe uma categoria essencial para a população, como significativos prejuízos financeiros a esses profissionais de nível superior.

Em algumas unidades da capital e principalmente nos hospitais do interior, tal omissão gerou a quebra do indispensável sentimento de equipe e o surgimento de ruído entre seus membros, uma vez que muitas vezes os salários dos enfermeiros pactuados nos acordos coletivos é ainda mais baixo que os pisos regionais devidos aos demais membros da equipe.

É sabido que os acordos pactuados e as convenções coletivas para os trabalhadores e trabalhadoras da Enfermagem são limitados pela impossibilidade que os sindicatos de classe têm em sustentar propostas de greves, paralisações ou redução de jornada quando estão diante de graves conflitos salariais, ou de outras questões relativas aos interesses divergentes entre os trabalhadores e patrões, pois não podem deixar de garantir os serviços de saúde à população. Assim sendo, os pisos hoje praticados na rede privada ainda estão num valor MENOR do que aquele que foi consagrado no passado pela Lei nº 5627/09.

Hoje, quarta-feira, dia 30 de março de 2011, a ALERJ vai começar a votar o PL n° 189/2011 – Mensagem n° 11/2011 e a discutir a emenda da Enfermagem e outras emendas relativas ao projeto.

Uma das emendas que também defendemos é aquela apresentada pelo movimento sindical (representado por todas as centrais sindicais) que está propondo que além do índice de 6,86% de reajuste encaminhado pelo Governo do Estado no projeto inicial, se inclua também um acréscimo de 4,5%, a título de recomposição das perdas acumuladas ao longo dos últimos anos, elevando o reajuste de todas as categorias previstas no projeto para 11,67%, aí incluídos os Auxiliares e Técnicos de Enfermagem.

É fundamental que os profissionais de enfermagem tenham seu direito ao piso reconhecido e também que possamos conquistar um reajuste digno para todas as faixas do piso regional.

Observamos que há ainda uma emenda estabelecendo uma política duradoura de reajuste para o piso, semelhante à do salário mínimo nacional que contemple a inflação do período mais a variação do Produto Interno Bruto de dois anos antes, com duração até o ano de 2015, que merece nosso apoio, pois beneficia todos os trabalhadores de nosso estado.
Durante a campanha eleitoral uma das principais palavras de ordem que unificava a categoria foi “Chegou a hora da Enfermagem mostrar a força que tem!”

Nossa hora é agora, precisamos estar unidos e conscientes de que somente com mobilização e luta conquistaremos nossos espaços e vitórias. Vamos juntos fazer aprovar nossas propostas hoje dia 30 de março – quarta-feira – a partir das 13:00 horas no Plenário da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro.

terça-feira, 29 de março de 2011

REPORTAGEM: AMBIENTE DE TRABALHO, GERADOR DE DOENÇAS

Pressão no trabalho é a segunda causa de licençasEstresse e depressão estão entre os problemas psicológicos principais vividos no meio corporativo

O Estado de São Paulo, 29-03-2011
Felipe Oda


Transtornos mentais atribuídos ao sofrimento no trabalho são a segunda causa de afastamentos temporários no País provocados por problemas de saúde, segundo um levantamento feito pelo Jornal da Tarde nos dados do Ministério da Previdência Social. A pressão no ambiente corporativo e a jornada sobrecarregada são alguns fatores que contribuem para esse adoecimento.
No ranking das principais doenças que afetam os trabalhadores brasileiros, com base nos dados referentes ao biênio 2008-2009, os problemas psicológicos perdem apenas para as lesões osteomusculares, como é o caso da Lesão por Esforço Repetitivo (LER). Depressão e estresse aparecem entre os distúrbios mentais mais comuns do meio corporativo.
"Além da pressão e do excesso de trabalho, dificuldade de promoção, falta de autonomia e identificação com a chefia são alguns dos motivos", lista o psiquiatra Duílio Antero de Camargo, médico do trabalho do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas (IPq-HC). Diante da importância crescente do tema, Antero vai lançar, em maio, o livro Terapia Ocupacional (leia mais ao lado).
No caso da advogada Alaíde Boschilia, de 48 anos, as dificuldades no trabalho se transformaram em sinais físicos. Funcionária de um escritório de advocacia, ela conta que o corpo, além da mente, também sofreu por causa da pressão psicológica. "O ambiente era muito hostil. Meu chefe gritava e tratava todos os funcionários mal", lembra. "Comecei a vomitar todos os dias antes de ir trabalhar, perdi peso, tive furúnculos embaixo dos braços, espinhas e manchas na pele."
Alaíde suportou as agressões emocionais por oito meses, até que resolveu procurar um novo emprego. "Estava afastada havia cinco anos do mercado e precisava voltar a trabalhar, mas demorei a perceber que o próprio emprego estava me fazendo mal", diz.
Para José Atílio Bombana, coordenador do Programa de Atendimento e Estudos de Somatização, do Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), os sintomas de Alaíde foram "reações de um organismo estressado". "Submetidos aos ‘estressores’, que também podem ser a violência e o trânsito, cada pessoa tem uma maneira de reagir", diz.
Observar com atenção os sinais emitidos pelos corpo quando o emocional não vai bem é uma das recomendações do médico do trabalho Gilberto Archêro Amaral, diretor da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT). "Insônia, cansaço, desinteresse e diminuição do relacionamento com outras pessoas são sinais de sofrimento provocado pelo trabalho."
Amaral ressalta, contudo, que "a todo momento o indivíduo sofre agressões", de forma que o trabalho, em algumas situações, pode ser apenas mais uma delas.
"Não podemos atribuir só ao trabalho o fato de um indivíduo adoecer. Os transtornos mentais são multifatoriais", explica o médico.
Segundo Bombana, a "estrutura interna de cada pessoa" determina a maneira como ela reage ao estresse. "Entre o trabalho e a doença, existem as características individuais que definem como será a reação do indivíduo. Algumas pessoas lidam bem com cobranças e até crescem quando são muito exigidas no trabalho", completa.

Sentir-se útil faz bem para a saúde psicológica

A pressão é comum no trabalho, afirmam os especialistas ouvidos pela reportagem. Mas qual é o limite entre as exigências da profissão e o abuso? "Cada pessoa tem um nível de tolerância", fala José Atílio Bombana, coordenador do Programa de Atendimento e Estudos de Somatização, do Departamento de Psiquiatria da Unifesp.
Gilberto Archêro Amaral, diretor da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT), diz que a pressão, em alguns casos, pode ser até benéfica. "Obriga uma resposta do organismo e do indivíduo. Para alguns, pode ser um estresse, mas para outros a pressão pode fazê-los produzir mais e melhor", afirma. "A doença também é uma resposta do organismo sobre a incapacidade de a pessoa reagir à pressão", completa Amaral.
Bombana afirma que é importante observar alguns sintomas. "Quando a pessoa passa mais tempo pensando em situações fora do trabalho em pleno expediente é um bom sinal de que alguma coisa não vai bem" (leia mais acima).
Para se manter mentalmente saudável no emprego, o especialista da Unifesp ressalta a importância de a pessoa sentir-se útil. "A produtividade é fundamental para que a cabeça da pessoa esteja bem no trabalho."

PINGUE-PONGUE
Duílio Antero de Camargo (psiquiatra e médico do trabalho do instituto de psiquiatria do HC): ‘Jeito de reagir a cobranças é individual’

Como e quando o trabalho pode prejudicar a saúde?
Depende de três fatores: biológico, social e psicológico. E da forma como cada pessoa reage a situações de estresse e cobranças. Para diagnosticar o distúrbio ocupacional é preciso comprovar o nexo causal: conhecer os motivos que estão adoecendo o indivíduo e ver se podem ser provocados pelo emprego ou por situações externas ao meio corporativo.

Quais situações do ambiente corporativo são capazes de provocar transtornos mentais nos funcionários?
Pressão, dificuldade de promoção e relacionamento com colegas de trabalho, falta de autonomia e afinidade com a chefia são algumas das principais situações estressantes. Mas tudo dependerá da maneira como cada indivíduo reage aos estímulos e aos outros fatores, social e biológico. O importante é a empresa diagnosticar o funcionário adoecido para poder ajudá-lo. É melhor afastá-lo por um período do que mantê-lo na atividade com sua capacidade produtiva comprometida.

lista PRESTE ATENÇÃO!
Entre os principais sinais dos distúrbios mentais comumente associados ao sofrimento no trabalho, tais como estresse e depressão, estão:
link Desânimo
link Insônia
link Cansaço
link Desinteresse
link Diminuição no relacionamento estabelecido com os colegas de trabalho
link Irritação
link Dores musculares sem outros motivos aparentes
link Dificuldade de concentração nas atividades exigidas pelo emprego

NOTÍCIA: LAPTOP'S - É PREJUDICIAL A SAÚDE?

Doença do laptop dá dores nos punhos, cotovelos e costas

Folha de São Paulo, 29-03-2011
JULLIANE SILVEIRA

O uso prolongado dos notebooks tem aumentado os casos de dores e lesões em ligamentos e articulações. O formato do aparelho dificulta uma boa postura durante a digitação e pode causar problemas nos ombros, cotovelos, punhos e na coluna, além de dor de cabeça.
Preocupado com a popularização dos PCs portáteis entre estudantes norte-americanos, o especialista em reabilitação Kevin Carneiro, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), cunhou o termo "laptoptite" em analogia a doenças como a tendinite para designar os problemas causados pelo aparelho.
"A diferença para os desktops é que, no notebook, o monitor e o teclado estão conectados, o que dificulta o posicionamento do corpo", disse Carneiro à Folha.
No Brasil, a tendência é a mesma. Em 2010, as vendas de notebooks superaram pela primeira vez as de desktops _foram vendidos mais de 7 milhões de computadores portáteis, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica.
A preferência pelos laptops é impulsionada pela queda nos preços e a facilidade no transporte. Os efeitos já são vistos nas clínicas.
"Recebo muitos pacientes com dores. A maioria dos problemas é de postura. A pessoa deita na cama e quer resolver tudo no laptop: não dá para ficar sem dor", diz Paulo Randal Pires, presidente do Comitê de Mão da Sbot (Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia).
A professora universitária Patrícia Alfredo, 29, já sente o ônus da mudança. Trocou o desktop pelo notebook há seis meses e já convive com dor no pescoço, cotovelo e na cabeça e tensão nos ombros.
"Uso a mesma mesa do desktop e adquiri um suporte. Mas, por mais que eu tente posicionar o computador direito, meu braço nunca fica totalmente correto." Mesmo assim, ela continua usando o notebook. "A tentação é grande, é muito fácil e carrego para todo lado."

MENOS TEMPO
Um estudo publicado em fevereiro na revista "Ergonomics" por pesquisadores da Boston University Sargent College, nos EUA, mostrou que usar o notebook por mais de quatro horas por dia já traz riscos de dores e lesões.
"O ideal seria usar esse tipo de computador só para emergências e viagens", diz Raquel Casarotto, professora de fisioterapia da Faculdade de Medicina da USP.
A pesquisa também avaliou o impacto do uso de cadeiras adequadas, suporte e teclado sem fio na redução de dores de 88 universitários durante três meses. O grupo que usou os acessórios apresentou menos problemas.
Como o monitor do notebook é fixo, não dá para deixá-lo na altura ideal sem a ajuda dos acessórios. No improviso, o usuário força o pescoço para baixo, tensionando ombros e coluna.
Os punhos também ficam mais tensos, porque é mais difícil apoiá-los no laptop. A posição errada altera a circulação sanguínea e afeta a nutrição dos tecidos, o que pode causar inflamações.
O ideal é acoplar um teclado ao aparelho, para melhorar a posição das mãos, e usar um suporte para elevar a tela à altura dos olhos.
A altura das teclas deve permitir que os ombros fiquem relaxados _por isso, o notebook não deve ser usado no colo, na cama ou em mesas altas, como as de jantar.
Quanto menor o aparelho, maiores são os riscos. Teclas pequenas obrigam o usuário a adotar uma postura restrita, comprimindo músculos e gerando tensão em todo o corpo.
"Um amigo se encantou com um notebook superpequeno, do Japão. Em três semanas de uso, desenvolveu uma inflamação dos tendões do cotovelo", diz Casarotto.
Atenção também aos tablets, que devem ficar apoiados em mesas. Segurá-los causa dores nos punhos e nos dedos. Mesmo na mesa, o pescoço fica curvado para baixo, piorando a postura.
"Ler no tablet não traz riscos, também não é proibido digitar rapidamente. Mas usá-lo sempre para navegação trará problemas, porque o aparelho precisaria ser colocado na vertical, o que é inviável", diz Casarotto.

NOTÍCIA: VOCÊ JÁ SE SENTIU REJEITADO???

A dor da rejeição

Agência Fapesp, 29-03-2011

A dor da rejeição não é apenas uma figura de expressão ou de linguagem, mas algo tão real como a dor física. Segundo uma nova pesquisa, experiências intensas de rejeição social ativam as mesmas áreas no cérebro que atuam na resposta a experiências sensoriais dolorosas.

“Os resultados dão novo sentido à ideia de que a rejeição social ‘machuca’”, disse Ethan Kross, da Universidade de Michigan, que coordenou a pesquisa.
Os resultados do estudo serão publicados esta semana no site e em breve na edição impressa da revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
“A princípio, derramar uma xícara de café quente em você mesmo ou pensar em uma pessoa com quem experimentou recentemente um rompimento inesperado parece que provocam tipos diferentes de dor, mas nosso estudo mostra que são mais semelhantes do que se pensava”, disse Kross.
Estudos anteriores indicaram que as mesmas regiões no cérebro apoiam os sentimentos emocionalmente estressantes que acompanham a experiência tando da dor física como da rejeição social.
A nova pesquisa destaca que há uma interrelação neural entre esses dois tipos de experiências em áreas do cérebro, uma parte em comum que se torna ativa quando uma pessoa experimenta sensações dolorosas, físicas ou não. Kross e colegas identificaram essas regiões: o córtex somatossensorial e a ínsula dorsal posterior.
Participaram do estudo 40 voluntários que haviam passado por um fim inesperado de relacionamento amoroso nos últimos seis meses e que disseram se sentir rejeitados por causa do ocorrido.
Cada participante completou duas tarefas, uma relacionada à sensação de rejeição e outra com respostas à dor física, enquanto tinham seus cérebros examinados por ressonância magnética funcional.
“Verificamos que fortes sensações induzidas de rejeição social ativam as mesmas regiões cerebrais envolvidas com a sensação de dor física, áreas que são raramente ativadas em estudos de neuroimagens de emoções”, disse Kross.
O artigo Social rejection shares somatosensory representations with physical pain (doi/10.1073/pnas.1102693108), de Ethan Kross e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da PNAS em www.pnas.org/cgi/doi/10.1073/pnas.1102693108.

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