quarta-feira, 24 de agosto de 2011

NOTÍCIA: ADRENALINA ELEVADA PODE CAUSAR DANOS AO DNA

Pesquisa mostra como adrenalina elevada pode causar danos no DNA

O Globo, 23-08-2011

Há anos pesquisadores publicam trabalhos que associam estresse crônico a danos cromossômicos. Agora, uma equipe do Centro Médico da Universidade Duke descobriu um mecanismo que ajuda a explicar como ocorre esta relação.

- Acreditamos que esta pesquisa é a primeira a propor um mecanismo específico pelo qual a adrenalina elevada, uma marca registrada do estresse crônico, poderia eventualmente causar um dano detectável no DNA - disse Robert Lefkowitz, professor de Medicina e Bioquímica do Instituto Médico Howard Hughes e pesquisador da Universidade Duke.

O estudo foi publicado esta semana na edição online da revista Nature. No trabalho, camundongos receberam uma infusão de um composto de adrenalina, que funciona através de um receptor chamado adrenérgico. Este modelo de estresse crônico desencadeou certos caminhos biológicos que resultaram em um acúmulo de danos ao DNA.

- Isso poderia nos dar uma explicação plausível sobre como o estresse crônico pode nos levar a uma variedade de condições humanas e desordens, que variam de algumas meramente cosméticas, como o embranquecimento do cabelo, a malignidades, que representam ameaças a nossa vida - explica Lefkowitz.

Há, assim, alterações no P53 - uma proteína supressora de tumores e é considerada uma "guardiã do genoma". Ela é uma das que evitam anormalidades genômicas.

- O estudo mostra que o estresse crônico leva à perda prolongada dos níveis de p53 - revela Makoto Hara, que trabalhou na pesquisa com Lefkowitz. - Esta poderia ser a razão para as irregularidades cromossômicas encontradas nos camundongos que sofrem de estresse crônico.

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