quarta-feira, 3 de agosto de 2011

ARTIGO: COMO SALVAR A SAÚDE???

Como Salvar a Saúde?

(Por Enfª Patrícia Trasmontano)


O Sistema de Saúde do Brasil é alvo de constantes debates e críticas, seja pela maneira de como é gestoriado, bem como é oferecido os serviços de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde.

Deve-se considerar que este sistema está em processo de amadurecimento, uma vez que o SUS (Sistema Único de Saúde) foi criado em 1988, substituindo o SUDS (Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde), e implementado em 1991.

É provável que haja falhas em alguns setores, principalmente ao que é vinculado a repasses financeiros, mas não quer dizer que devemos subjugá-lo, pois temos setores que são modelos de sucesso pelo mundo, como o Programa de Vacinação e outros.

O sistema em si, por meio de suas diretrizes e legislações, é ótimo, mas não é passível às transformações que ocorrem na sociedade e que interferem direta ou indiretamente, sejam fatores políticos, econômicos, sociais e ambientais.

"Salvar a saúde é uma questão de resgatar as conquistas do passado histórico,viabilizar a prática no presente e criar perspectivas para o futuro que começa no 'hoje'”.

Geralmente, o sistema de saúde é apenas levado à importância, quando há a necessidade de usá-lo. E isso tem gerado muitos problemas, como a superlotação dos leitos hospitalares, as longas e demoradas filas de espera, a falta de materiais para atender a demanda das unidades, a sobrecarga dos profissionais multidisciplinares... E atrelados a essas causas, ainda há a má gestão por parte de alguns profissionais e desvio de verbas dentro e fora dos setores da saúde, que assim, configuram na insatisfação de seus usuários.

 A situação se torna mais preocupante, por que a saúde é um direito garantido pela Constituição do país, mas se ela apresenta dificuldades, é preciso que novos planos sejam traçados para que se cumpra, realmente, o que antes foi idealizado, e que agora é algo a ser vigorado.

Por isso, muitas iniciativas estão sendo criadas, estudadas e colocadas em prática, tudo em prol à saúde da população. Logo, pode ser observado, o progresso na erradicação de doenças, pelos programas de vacinação; a melhora nas taxas da mortalidade infantil, devido a ampliação gradual da cobertura do sistema de saúde e dos serviços de nutrição e aos programas sociais; a implantação do PSF (Programa Saúde da Família), prestando atendimento, prevenindo doenças, evitando internações desnecessárias e melhorando a qualidade de vida, e principalmente, os indicadores de saúde da criança; o programa de prevenção e tratamento da AIDS, tem aumentado as chances de sobrevivência dos infectados e diminuído as chances de novos casos; o reconhecimento na excelência do programa de transplantes de órgãos,  com direito universal; além de outras iniciativas.

"É necessário que haja investimentos em outras áreas!"

Ainda que seja observável o avanço em algumas áreas, é necessário que haja o investimento em outras áreas como:

- a educação (sensibilização da população em ações de higiene e prevenção de riscos e agravamentos);

- o saneamento básico (água própria para o uso; redes de esgotos que evitam a contaminação por doenças infecto-parasitárias; locais próprios para o lixo, evitando proliferação de animais e insetos hospedeiros de agentes etiológicos e, assoriamento dos rios, evitando enchentes);

- segurança (reduzindo o grande índice de mortalidade e de vítimas por violência de qualquer espécie, além de garantir os direitos como cidadão);

- alimentação (pois, uma boa nutrição contribui para a resistência a alguns patógenos e aceleram o processo de tratamento de muitas patologias);

- e redução da desigualdade social (através de oportunidades de emprego, pagamento digno dos salários e melhores condições de vida).

Além de:

- acelerar a efetividade dos novos concursados (aliviando a sobrecarga do trabalho);

qualificação dos profissionais (para prestarem melhores serviços à população, evitando erros nos procedimentos);

- capacitação continuada em todos os aspectos (em busca de uma melhor humanização no atendimento, e viabilizando o acesso dos usuários aos serviços prestados);

- e equiparação salarial por meio das três esferas governamentais (como uma forma de incentivo, reconhecimento e valorização do profissional);

- ser essencial a  ampliação (mais postos, hospitais, ambulatórios, centros especializados com tecnologia de ponta, e etc.) e a manutenção da rede, para garantirmos a maior cobertura desses atendimentos e serviços realizados.

De alguma forma, contribuirão para manter o êxito nos programas em realização, evitará gastos com doentes, e assim, resultará na melhora da saúde no país e contribuirá para a manutenção do sistema e, no investimento em outros setores de maior carência.

Em fim, uma política mais responsável e eficiente, e com a participação de toda a população, fará com que os objetivos sejam alcançados e as soluções sejam encontradas.


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