quinta-feira, 31 de março de 2011

NOTÍCIA: CORANTES ARTIFICIAIS PREJUDICA A SAÚDE

FDA avalia necessidade de alerta em embalagens de alimentos com corantes artificiais

O Globo, 31-03-2011

WASHINGTON - O FDA, órgão do governo americano responsável pelo controle de alimentos e medicamentos avalia se gelatinas, cereais e sucos coloridos artificialmente devem conter alertas na embalagem, já que os corantes podem acarretar problemas comportamentais como a hiperatividade em algumas crianças, segundo reportagem do "New York Times".
Esta semana o órgão pedirá a especialistas para revisar as provas e avaliar possíveis mudanças nesta política, o que deve incluir os avisos nas embalagens. Em um relatório anterior, pesquisadores do FDA escreveram que, enquanto crianças típicas pareciam não ser afetadas pelos corantes, as com problemas de comportamento poderiam ter os problemas "exacerbados pela exposição ao número de substâncias na comida, incluindo corantes sintéticos".

O governo americano tem reprimido os corantes artificiais por mais de um século, em parte porque alguns, além de tóxicos, também eram usados para mascarar sujeira e podridão. Em 1950, crianças adoeceram depois de comer balas de Halloween contendo corante Orange nº 1 e o FDA baniu a substância depois de exames rigorosos. Em 1976, a agência baniu o Red nº 2 por suspeita de ser cancerígeno. Muitos dos corantes artificiais usados hoje foram aprovados pelo FDA em 1931, incluindo o Blue nº 1, Yellow nº 5 e Red nº 3. Cores artificiais são desenvolvidas a partir do alcatrão de carvão, mas atualmente também são produzidas a partir de produtos de petróleo.

Nos anos 70, o pediatra alergista Benjamin Feingold, da Califórnia, tratou os sintomas de hiperatividade em crianças com uma dieta que, entre outras coisas, eliminava os corantes artificiais. Alguns estudos, incluindo o publicado no jornal médico The Lancet, descobriu que corantes artificiais podem levar mesmo crianças típicas a terem problemas comportamentais.

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